quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rótulo e Conteúdo

Isaías 58.1-14

Introdução. É comum ouvir-se de quando em vez: “Cuidado! As aparências enganam”, “nem tudo que reluz é ouro”; “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Estes ditos populares têm seu lugar nas ações humanas. Falam do caráter de pessoas que se revela na sua vida prática.
O Mestre dos mestres ensina: “pelos frutos se conhece a árvore”. O capítulo em estudo nos fala exatamente disto. O culto que era prestado tinha aparência de piedade, porém sua motivação era outra. Havia uma espécie de “culto-barganha”. Havia o propósito de alcançar favores ao invés de adoração por amor, por temor piedoso. Os “adoradores” aparentavam piedade, fidelidade, mas seu viver não traduzia tais sentimentos. Havia dicotomia entre culto e ação.

1- Denúncia ordenada por Deus: Isaías 58.1,2.
“Clama em alta voz... como de trombeta... anuncia ao meu povo... sua transcrição... os seus pecados”. Há muita coisa importante aqui: Deus ordena ao profeta denunciar transgressão e pecados aos que vinham ao culto.
Era o seu povo (meu povo). Gente que havia sido escolhida; recebera leis, mandamentos e tinha sacerdotes, levitas, profetas, etc., cuidando dela, assistindo-a, ensinando-a.
Quando consideramos, assim, um alerta ressoa em nossa percepção: estava havendo falha na ministração ao povo? Que fora feito das reformas de Joás (2Cr 24.1-14); de Ezequias (2Cr 29.1-30); de Josias (2Cr 34.1-35. 19), etc. O registro de 2Crônicas 34. 8-21 dá a entender que houve negligência, pois o Livro da Lei estava abandonado e foi encontrado (v.14). Esse fato produziu o avivamento do reinado de Josias.
Ou o povo não levava em conta os ensinos que lhes eram ministrados? Parece que as duas ocorrências tiveram lugar. Nos nossos dias também... Deus se está agradando das ministrações e cultos que marcam nosso contexto? Os líderes precisam ser zelosos, fiéis na sua ministração. O povo de Deus precisa obedecer à Palavra assim ministrada e praticá-la.
O conteúdo do verso 2 deixa claro que o povo não vivia em justiça (como se fosse um povo que praticasse a justiça); o povo havia se desviado da Palavra de Deus (isso não aconteceria se não tivesse abandonado a ordenança do seu Deus).
Que proveito havia na prática de ritos e viver de maneira ímpia, injusta?

2-Queixas contra Deus: Isaías 58.3.
Esse povo além de prestar um culto egoísta, ainda se queixava do Senhor, atribuindo-lhe indiferença, desinteresse, ou, quem sabe, incapacidade para operar a retribuição esperada. As perguntas (queixas) dirigidas a Deus chegam a ser afrontosas:
• Por que temos jejuado e não atentas para isso?
• Por que temos afligido as nossas almas e não o sabes?
O Povo Israelita costumava celebrar fatos, eventos de sua história, para expressar seu reconhecimento a Deus. Lembravam a libertação do cativeiro egípcio, por meio da Páscoa; a peregrinação de quarenta anos no deserto, por meio da festa dos Tabernáculos; a doação da Lei no Sinai, por meio do Pentecoste; e outras, como a festa das expiações, conforme Lv 16.29-34; 23. 1-44; Nm 29.7, etc. Problemas surgentes na vida do povo levavam-no, também, a jejuns, ao oferecimento de holocaustos, etc. (Jz 20.26; Jr 36.5-10, etc).
Aqui não há uma especificação relativa a festas ou emergências. Parece-nos que se refere à rotina de atividades religiosas como nos capítulos 1 e 59. O povo tinha suas necessidades. Recorria à ajuda de Deus, usando como meio de movê-lo o jejum, o assentar-se sobre saco de cinzas, como expressão de humilhação, aflição, etc., mas apenas ritualidade. Nada fluía de um coração devoto e sincero. O verdadeiro temor, quebrantamento, etc. estava ausente (Sl 51.17). É impossível enganar a Deus (Sl 139. 1-16; Hb 4.13)
Não há no texto qualquer condenação ao Jejum. Jesus o praticou; Paulo o praticava; a igreja em Antioquia (na Síria – At 13) o praticava. A repreensão é dirigida ao superficialismo, ao ritualismo, à hipocrisia que estava ocorrendo. Deus aceita o culto verdadeiro, alegra-se nele, porém abomina, rejeita a hipocrisia, o “culto-barganha”.*

3-A resposta e a rejeição às queixas: Isaías 58.3b,4,5.
É maravilhoso o nosso Deus. Ele ouve as queixas daquela gente e, pacientemente, mostra o erro, classifica-o como transgressão e pecado, e corrige bondosamente. Duas respostas revelam a rejeição da motivação imprópria dessa busca de Deus. Quatro perguntas revelam que não foi essa prática que o Senhor pediu. Com simplicidade o Senhor conduz o povo à consciência de seu erro (pecado e transgressão), mostrando-lhe a seguir a adequada forma de vida que deveria ter.
– No dia em que jejuais prosseguis nas vossas empresas (na busca de vossos interesses) e exigis que se façam todos os vossos trabalhos. Certamente faziam seus jejuns, ofereciam seus sacrifícios no sábado, mas impunham aos seus servos a realização de tarefas pesadas visando ao aumento de suas riquezas, praticando a opressão.
– Jejuais e fazeis contendas, tendes desentendimentos (rixas) pessoais. Agredis (feris com punho iníquo) uns aos outros, etc. É difícil admitir que uma comunidade se disponha a cultuar o Senhor, agindo com tais motivações erradas, com tais atitudes.
O resultado é a rejeição dessa postura: “Jejuando vós assim como hoje, a vossa voz não se fará ouvir no alto” (no céu)... A questão não é indiferença ou incapacidade da parte de Deus (3a), mas atitude equivocada, motivação pecaminosa por parte dos “adoradores” (Is 59.1,2; 1.11-17; Gn 4.3-7; Tg 4.1-3, etc.). Deus, por sua própria natureza (justiça, santidade, verdade...) não pode aceitar tal adoração distorcida, equivocada, egoísta – “culto-barganha”. O culto verdadeiro, sincero, devotado, Deus aceita (Is 57.15; Gn 4.7; Jr 29.11-14). Porventura poderá o Senhor aceitar e retribuir todas as manifestações de cultos e adoração de nossos contextos atuais sob a alegação de contextualização? É necessário entender o que é a contextualização verdadeira e a contextualização clientelista*.

4- Perguntas reveladoras do erro dos “adoradores”: Isaías 58.5.
Há muitas perguntas que o próprio Deus faz, cujo propósito é tornar a pessoa consciente de sua situação pessoal. O Senhor conhece todas as coisas de maneira completa, absoluta (Gn 3.9,11,13; 4.9,10). No texto acima, Deus procura conscientizar o povo de que Ele não escolheria, não pediria, não aceitaria tal prática errada, distorcida, imprópria.
- Seria esse o Jejum que escolhi? É como se o Senhor quisesse lhes fazer pensar, refletir se Ele (Jeová) seria capaz de tal contradição (Zc 7.5-8).
- O dia em que o homem aflija sua alma? Qual o resultado de afligir-se, impor-se desconforto, penitenciar-ser fisicamente, flagelar-se como muita gente ainda hoje o faz?
- Consiste em inclinar a cabeça como o junco emurchecido pelo calor? Sentar-se sobre saco de cinzas? Que proveito em efetuar todo esse ritual e continuar com a maldade aninhada na alma, continuar na prática da iniquidade?
- Chamarias tu a isso Jejum e dia aceitável ao Senhor? As respostas a todo esse questionamento que o Senhor levanta é um categórico não. Jeová é o Deus da verdade, da justiça, da sinceridade, nunca das expressões exteriores, ritualistas, travestidas de adoração.

5- O jejum que Deus escolheu (O Culto Verdadeiro). Isaías 58. 6,7.
Novamente o Senhor volta ao método interrogativo para fazer Israel entender que o culto que Ele requer e aceita brota de um coração contrito, quebrantado (Sl 51.17; Is 57.15; Jr 29.12,13). Esse culto é expressão devocional sincera. O adorador adora conscientemente, sua alma se derrama naturalmente por reconhecer que o Senhor é digno de louvor, honra, glória (Sl 96.1-13; 100.1-5; Ap 4.8-11; 5.11-14).
O Senhor mostra por intermédio do questionamento que a atitude sincera, a prática da justiça, as atitudes piedosas devem estar em pleno acordo com os atos de culto (Mq 6.8; Ml 1.5,6; Os 6.6; 12.6; 1Sm 15.22).
Após mostrar o erro, o Senhor vai corrigi-lo, mostrando a atitude adequada para seu povo servi-lo, adorá-lo. Por meio de perguntas e respostas, ensina que o verdadeiro Jejum (culto) se manifesta por coerência entre adorar e viver. Vejamos o verso 6:
Acaso não é este o jejum que escolhi?
1-Que soltes as ligaduras da impiedade?
2-Que desfaças as ataduras do jugo?
3-Que deixes ir livres os oprimidos?
4-Que despedaces todo o jugo?
Agora a resposta a todas essas questões é um categórico sim. Que proveito haverá em deslocar-se ao Templo (ou qualquer local de culto), apresentar sacrifícios, jejuar, ajoelhar-se, aparentar quebrantamento, piedade, enquanto continua no pecado, na exploração, opressão de escravos ou trabalhadores (até mesmo no dia do repouso)? Deus repudia, reprova a injustiça social, a exploração, a opressão (Am 4. 1-5; Os 4. 1-3; 9.17; Jr 34. 8-22).
Vejamos agora o verso 7:
1- Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto?
2- Que recolhas em casa os pobres e desamparados?
3- Que vendo o nu, o cubras (o vistas)?
4- E não te escondas da tua própria carne; de teus próprios irmãos; de tua própria gente (Ne 5.10-12; Lv 25.25-35; Dt 15.12-18)?
O Antigo Testamento registra o cuidado que o Senhor manifesta com os necessitados (pobres, órfãos, viúvas, etc.) e ensinou seu povo a praticar a beneficência, lembrando-lhe o sofrimento experimentado no Egito (Mq 6.8; Is 1.16; Jr 4.14; Am 5.14,15).

6- A Justa Retribuição do Senhor à Prática da Justiça: Isaías 58.8-12.
A Bíblia inteira mostra a soberania de Deus orientando, dirigindo a história, cujo protagonista é o ser humano, Sua imagem e semelhança. Sua soberania se expressa numa condicionalidade relacional: “SE... ENTÃO”.
Vimos acima que Deus rejeitou a adoração imprópria, deixou de atender as reivindicações do seu povo por não atenderem seus ensinos. Não era culto autêntico, era um culto reivindicatório, “culto-barganha”.
Agora neste conteúdo o Senhor ensina o modo correto de adorá-lo. E as expressões de vida devem corresponder ao novo do povo: “Povo do Senhor” (2Cr 7.14). Vejamos:
Então romperá a tua luz como a alva (Pv 4.18). Haverá uma mudança completa. Os aspectos negativos da situação anterior serão mudados em expressões benditas da comunhão com o Senhor. Verão o Deus bondoso, cuidadoso, zeloso, pronto e poderoso.
E a tua cura apressadamente brotará. Se o povo (Israel) abandonar o superficialismo, a atitude egoísta, afastar-se da mera religiosidade e praticar o que é bom, então Deus operará sua justiça e mudará sua condição (2Cr 7.14; Jr 30.15-22).
E a tua justiça irá adiante de ti. A postura adequada, recompensada pelo Senhor, o fará seguir praticando o bem, realizando sua tarefa como Deus preparou.
• E a glória do Senhor será a tua retaguarda. Deus foi guia na condução de seu povo ao sair do Egito e também o protetor de sua retaguarda. Continuará a sê-lo se andar nos seus ensinos (Êx 14.19,20; Nm 15.16; Is 52.12; 63.8,9).
• Então clamarás e o Senhor te responderá... Eis-me aqui. O Senhor tem prazer em ouvir, atender seu povo. Mas é necessário estar adequadamente sintonizado com Deus (2Cr 7.14; Jr 33.3; 29.11-14).
• Se abrires a tua alma ao faminto, e fartares ao aflito. A liberalidade da alma generosa para socorrer os necessitados é o oposto do egoísmo. Na expressão aqui, seria como andar em trevas, na escuridão. O Egoísta (avarento, insensível) vive afastado do Senhor, da Luz.
• Então a tua luz nascerá nas trevas... como o meio-dia. A ação benevolente, misericordiosa reflete o caráter de Deus (Pv 4.18; Sl 37.6; 2Sm 23.3,4).
• O Senhor te guiará continuamente opondo-se às queixas do povo de não ser considerado, não ser atendido, Deus diz, por intermédio do profeta, que havendo mudança (conversão, abandono do pecado), Ele cuidará do seu povo continuamente.
• E te fartará até em lugares áridos. Estará Deus querendo lembrar ao povo do suprimento que seus antepassados receberam por quarenta anos no deserto? Nenhum Israelita morreu de fome, de sede, de nudez, de enfermidade. Morreu uma grande quantidade por rebeldia.
• Fortificará os teus ossos. Deus não somente farta com subsistência. Também com saúde. Ele prometeu que se houvesse obediência, nenhuma enfermidade viria sobre seu povo.
• Serás como um jardim... como manancial cujas águas nunca falham. Linda figura para habitantes da Palestina. Ambiente árido, desértico. Mas os que forem fiéis, permanecerem no Senhor, serão tais.
• Os descendentes serão abençoados: Serão a raiz de muitas gerações. Reconstruirão (restaurarão) os lugares assolados pelos babilônios. Vale a pena um estudo cuidadoso de como o Senhor cumpriu esta Palavra por meio de Neemias e Esdras.

7- O Sábado desvirtuado. Isaías 58.13,14.
A palavra sábado é um aportuguesamento da palavra hebraica, cujo significado em português é repouso, descanso, etc. A palavra não é sinônimo de sete. O repouso, de acordo com o registro de Gênesis (Gn, 2.1-3), ocorreu no sétimo dia. A ênfase, entretanto, está no significado, na finalidade, não no dia específico. Alguns destaques:
•Deus o estabeleceu e o justifica em Êxodo 20 e Deuteronômio 5.
•Estabeleceu-o como dia necessário ao descanso, à restauração física, mental, espiritual:
1-Abençoou-o: Fê-lo para nosso bem. Jesus afirma que o sábado foi feito por causa do homem.
2-Estabeleceu-o para repouso e culto; santificou-o. Separou-o para Si mesmo exclusivamente. No verso 13 há observações sobre o sábado, o dia do repouso, porque estava sendo profanado pelos israelitas. Pensavam estar procedendo bem, a ponto de se queixarem e requererem recompensas do Senhor, mas usavam o sábado em proveito próprio.
•Se desviares do sábado (do dia do repouso) o teu pé;
•E deixares de prosseguir nas tuas empresas (atividades de interesses pessoais) no MEU SANTO DIA (pertencente ao Senhor exclusivamente);
•Se ao sábado (dia de repouso) chamares deleitoso, ao santo dia do Senhor;
•Digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos (propósitos pessoais);
•Nem te ocupando nas tuas empresas (cuidando de empreendimentos pessoais);
•Nem falando palavras vãs (prometendo fidelidade e não cumprindo). “SE... ENTÃO”.
Os resultados são descritos no verso 14 e podemos resumi-los na seguinte frase:
Tu serás bendito do Senhor em todos os aspectos de tua vida.

APLICAÇÕES

1- O povo de Israel (nos dois reinos) era descendência de Abraão, Isaque e Jacó. Foi formado para ser fiel e servir ao Senhor. Recebeu leis, preceitos, mandamentos e líderes para o apascentar (reis) e para os guiar espiritualmente (sacerdotes e profetas). Mas desviou-se, como estamos vendo na lição de hoje. Precisamos ficar atentos, como povo de Deus em nosso tempo e contexto, evitando cairmos nos mesmos erros.

2- Hoje, como então, Deus chama, prepara e envia líderes para cuidar do seu povo. É necessário que atendamos os ensinos que recebemos, tendo cuidado de discernir se realmente são alicerçados na Palavra de Deus.

3- Precisamos nos conscientizar do que é culto, como adoração ao Senhor, tanto no devocional, pessoal, como no familiar e no coletivo. Há diferença marcante entre “show” de entretenimento travestido de culto e culto genuíno, preparado e desenvolvido com o propósito de honrar, exaltar, glorificar ao Senhor, num espírito de verdadeiro respeito, de reverência à Trindade Santa.

4- Precisamos estar precavidos com tanta pregação “novidadeira” nos veículos de comunicação de massa apresentando outro Cristo que não é aquele do evangelho. Este é o Filho de Deus, que veio buscar e salvar os perdidos; que requer renúncia, arrependimento, vida nova; santidade e serviço. Aquele outro (o da mídia) é falsificado por seus apresentadores atuando apenas para o contexto terreno e material.

5- Precisamos valorizar, respeitar, santificar o domingo, o dia do repouso para os cristãos. Nada mudou de seu significado e finalidade. Jesus nos diz no Evangelho de João que nosso amor a Ele se manifesta por nossa obediência a seus ensinos. Esses grupos que ao invés de dedicar todo o dia a Ele, aproveitando os cultos, a alegria do convívio familiar, visitando necessitados, evangelizando, etc. se aplicam a coisas menos importantes, cuidado!


Glossário: Notas Explicativas:

* “Culto-Barganha”: Nunca me deparei com esta expressão em qualquer publicação, nem mesmo a ouvi em qualquer comunicação oral. Desde meus tempos de seminário, com o propósito de conhecer diretamente a verdade sobre muita coisa sensacionalista, visitava lugares desse tipo de “manifestações espetaculares”. Numa delas havia muitos deficientes físicos e nenhum foi curado. Mas as “promessas” de curas e solução de problemas mediante certas quantias mínimas sempre eram feitas. E dava resultado. Os ajudantes (obreiros) recolhiam bastantes e boas ofertas.
Certa feita, após acompanhar por algumas semanas os estudos de livros das chamadas “T.J.”, fiz uma pergunta. Fui descoberto e expulso como “espião”. Mas o colhido naquelas semanas com mais alguma pesquisa me rendeu bom grau na monografia.
Presentemente alguns grupos fazem sucesso com suas “manifestações espetaculares” e em pouco tempo já ostentam bom status. Os “milagres” requerem boas doações em moeda, veículos, imóveis, etc. É como se o Senhor tivesse “loteca” ou algum “baú da prosperidade”. Os tais líderes (milagreiros) nos quais favores são trocados, e os frequentadores apostam na possibilidade de serem agraciados. Assim estava acontecendo com aquela geração Israelita, de Isaías 58. Bom, eu chamei aquilo e as presentes “cerimônias”, de “culto-barganha”, ou seja: “toma lá, dá cá”. Mas se alguém tiver uma designação mais adequada, use o meu e-mail e me ajude. Obrigado.

• Contextualização Clientelista.
A palavra contextualização tem uma função muito especial no âmbito da comunicação. Eu a uso muito nas minhas aulas de Missiologia (Missões Transculturais). Desde o Seminário me senti atraído pelo estudo da comunicação.
No âmbito da Missiologia a Contextualização é aplicada à Comunicação e Relacionamento Transcultural. Como estabelecer boa comunicação do evangelho e um bom relacionamento com um outro grupo cultural.
Bem, a gente anda por aí, visitando, pregando, palestrando, etc. Vê-se muita coisa, coisa estranha também, do ponto de vista bíblico quanto a culto e adoração.
Contextualizar é o recurso ou método que a igreja usa para tornar a mensagem de Salvação inteligível (entendida) e relevante à sua comunidade. Isto é contextualização verdadeira. Quando, ao contrário, ela é usada para atrair gente, sem considerar Deus como objetivo do culto, torna-se contextualização clientelista. É aquilo que o Senhor Jesus conceitua como “porta estreita, caminho apertado” e “porta larga, caminho espaçoso”.




LEITURAS DIÁRIAS

segunda-feira Tg 4.1-6
terça-feira Gn 4.1-7
quarta-feira Dt 15.1-11
quinta-feira Ml 1.1-14
sexta-feira Jr 34.8-22
sábado Sl 96.1-13
domingo Is 58.1-14

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