segunda-feira, 10 de setembro de 2012

LUTANDO PELA SANTIDADE

Texto: Neemias 13. “Não existe atalhos para a santidade”. (A. W. Tozer) Chegamos ao final do nosso estudo. O último capítulo não relata uma grande celebração ou as famosas recomendações tão comuns nas epístolas escritas por Paulo. Os fatos narrados neste capítulo 13 revelam os acontecimentos relacionados ao período em que Neemias esteve ausente de Jerusalém. Quando ele teve que prestar contas ao Rei Artaxerxes, após cerca de doze anos. Não temos o registro do tempo em que ele permaneceu na corte até conseguir uma nova autorização para o retorno a Jerusalém (2.1,6,13.6). Neemias ao invés de narrar uma recepção calorosa e festiva, narrou a “degradação” espiritual que havia tomado conta dos judeus. As coisas foram de mal a pior durante o período em que esteve ausente. As atitudes das pessoas contrariava a vontade de Deus. Ele precisou agir rapidamente. Novamente podemos perceber a firmeza espiritual de Neemias, agora mais maduro, ele teve que se envolver numa desgastante reforma que exigiu dele firmeza (V.8,11,17,27) e muita oração (V.14,22,29,31). Neemias trabalhou e se arriscou ousadamente para que o povo retornasse ao caminho da santidade. Seu intento era levar o povo de volta ao centro da vontade de Deus. OS EQUIVOCOS PRATICADOS PELOS JUDEUS 1°) Uso indevido das dependências do templo (V.4-9) – O sacerdote Eliasibe era o encarregado dos depósitos do templo (12.44). Ele também era um parente próximo de Tobias, o mesmo que participou da oposição a reconstrução dos muros (1.10; 4.3; 6.1; 6.12). Eliasibe cometeu o erro de ceder a Tobias uma grande sala, que deveria ser usada para guardar os dízimos e as ofertas. Neemias, muito aborrecido, primeiro desocupou a sala, depois tratou de purificá-la e por fim, designou-a para o seu verdadeiro fim (V.9). 2°) A falta de sustento para os que trabalhavam no templo (V.10-13) – Num momento de grande quebrantamento (Lição 11), um acordo havia sido feito: “Não negligenciaremos o templo do nosso Deus” (10.39). Infelizmente eles não estavam cumprindo os votos. O resultado foi à falta de recursos para os que serviam no templo. Os levitas deveriam morar no templo e receber pagamento pelos trabalhos desempenhados. Mas, devido a grande negligência na entrega dos dízimos, Eles tiveram que abandonar seus postos e retornar para suas terras em busca do sustento. Ao saber do que estava acontecendo, Neemias repreendeu os oficiais, convocou os levitas e os recolocou em seus postos e por fim, designou pessoas de confiança para administrar a distribuição dos recursos entregues pelo povo. 3°) A negligência do sábado (V.15-22) – Novamente eles estavam descumprindo um voto feito (10.31). O sábado deveria ser um dia apenas para honrar a Deus e para descanso. Mas os judeus estavam profanando o sábado pelo comércio. Observar o sábado era um sinal especial do povo israelita (Ex. 31.12-17). Segundo o Comentário bíblico Broadman: “Desconsiderar ou violar o sábado era romper com o pacto e atrair a ira de Deus sobre a comunidade”. Neemias reprendeu os nobres lembrando-lhes as tristes consequências dos pecados cometidos pelos antepassados. Ordenou que as portas da cidade fossem fechadas no por do sol de sexta-feira e abertas apenas quando o sábado tivesse terminado. Ele confrontou os comerciantes que estavam negociando do lado de fora da cidade e ameaçou prendê-los. Por fim, ele convocou os levitas, dando-lhes o encargo de zelar pela guarda do sábado. 4°) O envolvimento com estrangeiros (V.23-30) - Mais um voto não estava sendo cumprido (10.30). Neemias ficou furioso com a mistura de idiomas que ele havia percebido nas crianças. Ele não “incitou” o divórcio por parte daqueles que habitavam com estrangeiras. Ele estava apenas defendendo uma postura diferente em relação aos próximos relacionamentos. Mas com o filho do sumo sacerdote Joiada foi diferente (V.28). Neemias agiu com autoridade expulsando-o. Ele por ser da linhagem sacerdotal não poderia se relacionar com estrangeiras (Lev. 21.4,7,14). Ele havia casado com a filha de Sambalate um declarado opositor de Neemias. Ele foi mais severo com aquele que provavelmente seria um futuro líder espiritual do povo. LIÇÕES PARA OS NOSSOS DIAS. 1. Diante do pecado visível no meio do povo, um líder espiritual deve agir em busca da santidade. Deve se esforçar ao máximo para conduzir as pessoas de volta ao centro da vontade de Deus - Quando o assunto é o pecado, não podemos cair na armadilha da passividade. Já estudamos sobre isso na lição 11. Charles R. Swindoll declarou: “Nenhum líder deve brincar com o erro”. Ao comentar as atitudes de Neemias neste capítulo, ele destacou as seguintes qualidades: 1. Neemias enfrentou o erro diretamente. 2. Neemias lidou severamente com o erro. 3. Neemias trabalhou por uma correção permanente. 4. Neemias sempre acompanhava o erro com oração. Outros servos de Deus agiram de forma semelhante à Neemias ao confrontar os erros: Moisés (Êx. 32); Samuel (I Sam. 15); Jesus (Jo. 2); Pedro (At. 5); Paulo (II Cor. 6); João (III Jo.9). Diante do pecado revelado, nós também precisamos agir em busca da restauração que vem do Senhor. Precisamos aplicar a orientação de Paulo em Gl 6.1: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado”. É missão de cada salvo conduzir as pessoas à reconciliação com Deus (1Jo 1.9). A busca pela santificação deve ser constante. Jamais será uma tarefa simples. Uma vida de santidade exigirá renúncias, perseverança e fé nas promessas de Deus. “O caminho da santidade que leva à felicidade é um caminho estreito; só há lugar para um Deus santo e uma alma santa andarem juntos”. (Thomas Brooks). 2. Nossos votos precisam ser acompanhados dos nossos atos – Salomão declarou: “Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir” (Ecl. 4,5). Em nosso estudo observamos algumas falhas dos israelitas que infelizmente ainda estão sendo repetidas por muitos servos de Deus. 1. Alianças que profanam o sagrado (I Cor. 3.16). 2. Não se envolver no sustento da obra de Deus (Mal.3.10). 2. Negligência quanto a adoração (Jo. 4.23) 3. Jugo desigual (II Cor. 6.15). Não podemos esquecer as nossas responsabilidades diante do nosso Deus. Tudo aquilo que plantamos, colhemos (Gl 6.7). 3. A verdadeira santidade será precedida de oração, obediência às leis de Deus e firmeza – Paul S. Rees afirmou: “O problema de muitos cristãos é que eles estão mais preocupados com sua doutrina da santidade do que com o fato de serem revestidos da beleza da pureza de Cristo”. Para que haja uma verdadeira santificação na vida do crente e consequentemente da igreja, será preciso uma decisão. Somente os inconformados com o mundo (Rom.12.2) serão íntimos do Senhor (Jo 14.21; Tg 4.4; I Jo. 2.15). Santificação não deve ser um conjunto de regras ou declarações teológicas, deve ser um estilo de vida por parte daqueles que já foram alcançados por Jesus. Para os que ainda não foram, é necessário primeiro uma conversão genuína aos pés de Cristo. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Qual tem sido a postura da liderança da igreja evangélica brasileira em relação aos pecados cometidos internamente? 2) Estima-se que mais da metade dos membros das igrejas são negligentes na entrega do dízimo? Qual a razão deste grave desvio de conduta? 3) Quando nos assemelhamos aos judeus em relação a negligência ao dia de culto? Quais os maiores prejuízos quando o mesmo não é observado? 4) O que tem levado os cristãos a buscarem união conjugal com incrédulos? Nossos jovens estão levando a sério as leis de Deus para o corpo e a formação da família? LEITURA DIÁRIA: Segunda – Gálatas 6.1-10. Terça – Efésios 5.1-21. Quarta – Tito 2.11-14. Quinta – Hebreus 3.12-19. Sexta – II Crônicas 7.11-15. Sábado – Hebreus 10.19-39. Domingo – Filipenses 3.12-16

CONFESSANDO OS PECADOS.

Texto: Neemias 9 e 10. “Não entendo como um homem pode ser um verdadeiro crente, se o pecado não é para ele o maior fardo, a maior tristeza, o maior problema”. (John Owen) Conta-se que um ministro pregava ousadamente a respeito do pecado. Referia-se ao pecado como uma coisa abominável que Deus odeia. Certo dia, um membro da igreja foi ao seu escritório e disse-lhe: “Nós não queremos que o Senhor fale assim tão abertamente sobre o pecado, porque se os nossos filhos e filhas ouvirem tanto sobre esse assunto, mais facilmente eles se tornarão pecadores. Chame-o um erro, se lhe parecer bem, mais não fale assim tão claramente sobre o pecado”. O ministro foi a uma prateleira de remédios, trouxe um vidrinho com uma substância marcado “veneno” e disse: “Veja o que o senhor quer que eu faça; deseja que eu mude o rótulo. Suponhamos que eu tire esse rótulo e coloque outro mais ameno, por exemplo, “essência de hortelã-pimenta”; pode o senhor prever o que aconteceria? Quanto mais brando fizermos o rótulo, tanto mais perigoso faremos o veneno”. O capítulo 9 de Neemias trata de um assunto de extrema relevância: A confissão de pecados. Vivemos num mundo dominado pelo relativismo onde cada um tem a sua verdade. Num mundo assim, o que é verdade para uma pessoa, pode não ser para outra. O que predomina é o ponto de vista de cada um. Afinal de contas, tudo é relativo! A igreja e os pregadores são pressionados a “maneirar” na exposição de sua mensagem. Termos como pecado, confissão, juízo, arrependimento, inferno, santidade, para muitos não serão bem-aceitos. É preferível ouvir sobre prosperidade, curas, bênçãos e vitórias. As pessoas estão preferindo a “autoajuda” a “ajuda do alto” que nos livra das garras do “pecado”. Enquanto Paulo aconselha em Romanos 12.2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...”, muitos preferem flertar com o pecado e ainda dizer: “Não tem nada a ver!”. Antes de continuar nosso estudo, apreciemos as definições do teólogo batista norte-americano Millard J. Erickson dos seguintes termos: Pecado - “Qualquer ação, atitude ou disposição que fracasse em cumprir ou alcançar de modo completo os padrões da justiça de Deus. Pode ser uma transgressão real da lei de Deus ou uma falha em viver segundo as suas normas”. Errar o alvo. Todos são pecadores (I Jo 1.8; Rom. 3.23; Sal.51.5). Confissão - É o reconhecimento ou admissão de pecados feitos quer a Deus diretamente, quer a outras pessoas. A Bíblia nos orienta a confessar os pecados em busca do perdão divino (Rom. 10.9; I Jo 1.9. Tg. 5.16). A Confissão de pecados dos judeus. O contato com as escrituras (Cap.8) proporcionou uma convicção coerente acerca do pecado na vida dos judeus. Eles deram sinais externos do peso que sentiam nos corações por causa dos pecados cometidos (V.1). A leitura da Lei não foi um simples ritual para ouvir acerca das coisas de Deus (V.3). Eles dedicavam um tempo de qualidade para confessar seus pecados e adorar ao Senhor. Era a lei de Deus aplicada na vida dos que lá estavam. O teólogo e pastor inglês Derek Kidner ao comentar o (V.2), atribui as ações dos judeus a observância de Lev. 20.26: “Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus”. A aceitação deste preceito, nas circunstâncias de carestia naquele tempo, subtendia um espírito de dedicação mais do que de arrogância, porque os gentios na vizinhança ofereciam boas vantagens sociais se sua amizade fosse cultivada (Nee 6.17,18). Eles abriram mão das amizades do mundo, para se tornarem mais amigos de Deus (Tg 4.4). Ingredientes de uma confissão genuína. Matthew Henry afirmou que: “Esquecer-se de Deus é a causa de toda a iniquidade dos ímpios”. Observe que o clamor dos judeus revelou uma visão coerente acerca de Deus e das consequências do pecado. 1) Deus é o criador perfeito, justo, poderoso, protetor, sustentador, orientador e que nos supre na hora das necessidades (V. 6 a 15). 2) Deus é perdoador, bondoso e misericordioso, paciente, amoroso e compassivo (V. 16 a 25). 3) Deus é o que adverte, paciente, justo e disciplinador (V. 26 a 31). 4) Eles reconheceram que o afastamento de Deus foi à causa das inúmeras calamidades que faziam parte da história dos seus antepassados (V.32-37). A mudança de comportamento Toda confissão que não gera mudança de comportamento poderá ser questionada. O quebrantamento gerou um acordo entre os judeus (9.38). Varias pessoas assinaram (10.1-29). Eles se dedicaram a rever o estilo de vida que estavam adotando e de acordo com a Lei de Deus decidiram rever as seguintes áreas da vida. Família (V.30) – Os pais prometeram não dar mais as filhas em casamento para outros povos conforme Êx. 34.12-16. Culto (V.31) – Não aceitariam transações comerciais no sábado que deveria ser dedicado para cultuar ao Senhor conforme o quarto mandamento Êx. 20.8-11. Contribuições (V.32-39) – Assumiriam a responsabilidade estabelecida na Lei conforme Êx. 23.19. Passaram a ofertar e dizimar conscientemente. Resolveram não negligenciar o templo do Senhor. A importância da vida devocional O pecado nos afasta de Deus. Precisamos buscar todos os meios possíveis para nos proteger de uma vida pecaminosa. Não podemos “flertar” com o pecado (1Jo 3.9). Uma boa vida devocional será uma forma eficaz de proteção diária. Veja o exemplo de Davi: “Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio” (Sl 5.3). Todos nós deveríamos começar o dia em oração. Se assim fizermos, estaremos mais preparados para enfrentar as batalhas espirituais durante o dia. Thomas D. Bernard afirmou: “Nosso senso de pecado é diretamente proporcional à nossa proximidade de Deus”. Quando nos afastamos da presença de Deus corremos o risco de ver o pecado como algo normal. E aí, em nossa mente poderão se alojar os seguintes mecanismos: a racionalização, a fuga e a hipocrisia. Ronaldo Lidório, no livro Liderança e integridade, explicou estes três mecanismos: Racionalização – argumenta sobre os motivos pelos quais se deve continuar pecando. Fuga – impede que a mente pense de forma objetiva sobre o pecado, tratando-o como um assunto distante, ligado apenas ao outro. Hipocrisia – lida com o pecado através de um sentimento corrompido, justificando-o com a observação de que o outro peca ainda mais. Precisamos tomar cuidado para que a falta de tempo não seja uma desculpa para nossa falta de intimidade com Deus. Precisamos dar tempo de qualidade para que Deus nos fale, nos trate e nos reabasteça. A Palavra de Deus precisa ser para nossa vida também. Deus também precisa ser percebido dentro de nosso quarto de oração. Lembremos as palavras de Jesus: “... sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5). CONCLUSÃO: A Palavra de Deus é o instrumento pelo qual o Espírito de Deus nos transforma. Ter contato com a Palavra e resistir às transformações que ela sugere, é uma forma de enganar a si mesmo (Tg 1.22-25). Precisamos nos submeter aos mandamentos de Deus. É uma das provas do nosso amor pelo Senhor (Jo 14.21). Não podemos confundir adesão com conversão. Aqueles que aderem à igreja “podem” até mesmo continuar vivendo conforme o mundo, de mãos dadas com o pecado. Mas aqueles que verdadeiramente se convertem a Cristo, serão transformados e dirão como Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Os cristãos estão dando provas de que foram transformados por Jesus? Nosso estilo de vida tem sido diferente ao do mundo? Nossa mensagem tem incomodado os ímpios? As musicas que cantamos tem feito à diferença no mundo? 2) Em II Coríntios 6.14-16, Paulo faz um alerta sobre o envolvimento dos cristãos com incrédulos. Temos levado isso a sério nos relacionamentos afetivos? No estabelecimento de sociedades? Como devemos aplicar isso hoje? 3) Quais os possíveis danos que podem surgir na caminhada da igreja se a adesão for tão aceita quanto a conversão? 4) Como vai a nossa vida devocional? Temos dedicado tempo de qualidade para o Senhor? LEITURA DIÁRIA: Segunda – Isaias 59.1-2. Terça – Tiago 4.1-10. Quarta – Salmo 51. Quinta – Efésios 1.3-14. Sexta – Efésios 1.3-14. Sábado – Romanos 8.1-17. Domingo – Romanos 12.1-21.

O RETORNO ÀS ESCRITURAS

Texto: Neemias 8 “As Escrituras não foram dadas para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida.” (D. L. Moody) Neemias compreendeu que não bastava uma cidade fortificada; era preciso investir também na reconstrução interna dos judeus, reconstruir o caráter espiritual daquelas pessoas e redirecioná-las à vontade de Deus. Talvez este novo momento tenha sido mais trabalhoso do que a reconstrução dos muros. As pessoas que lá estavam eram judias apenas de nascimento. Na cabeça delas prevalecia o estilo de vida do cativeiro. A língua e a cultura eram as dos babilônicos. No verso 8 observamos o cuidado de Esdras e dos levitas para ler, interpretar e explicar a Lei. Eles objetivavam o entendimento dos judeus. O Comentário bíblico Broadman afirmou que: “Os levitas explicaram ao povo a Lei, traduzindo-a do hebraico para o aramaico vernacular do povo”. Já o escritor Charles Swindoll explicou que: “As palavras lidas para eles eram da Bíblia hebraica. Ouviram uma Bíblia hebraica com ouvidos babilônicos. Havia uma falha de comunicação. Os escribas treinados tomaram então o texto hebraico e o tornaram significativo aos ouvidos da audiência”. Diante dos fatos narrados no capítulo 8 quando os judeus priorizaram o conhecimento da Lei de Moisés, que o Senhor dera a Israel (v.1), podemos concluir que devemos ter o mesmo cuidado investindo constantemente no conhecimento, na aplicação e estudo da Bíblia Sagrada em nossas vidas. Hoje temos o Antigo e o Novo Testamentos, que devem ser conhecidos e aplicados no dia a dia com equilíbrio, boa hermenêutica e fé. A Importância das Escrituras O saudoso pastor Valdomiro Motta relatou em seu livro “Ilustrações que ilustram” a seguinte história: “Um casal ganhou uma bíblia. O marido começou a lê-la. Uma tarde, parando a leitura ele disse à esposa: “Se este livro é verdadeiro, nós estamos equivocados”. Outro dia, aflito afirmou: “Se este livro é verdadeiro estamos perdidos”. Continuando a leitura, cheio de gozo e alegria exclamou: “Se este livro é verdadeiro nós podemos nos salvar”. A Bíblia, nossa única regra de fé e prática, quando lida e devidamente aplicada na vida, faz a diferença. Em 2012 a CBB adotou o seguinte tema: “Ser como Cristo, praticando a Bíblia”. Para que sejamos semelhantes a Cristo, Deus oferece um recurso precioso, que é a Bíblia. Ela existe para mudar a nossa vida e não apenas para uma aparência de piedade, seja no culto ou em casa. O alicerce de qualquer reforma realizada pelo Espírito Santo é o esclarecimento da Palavra de Deus ao povo. A Palavra de Deus existe para ser cumprida cuidadosamente É por intermédio da Palavra que serão revelados os caminhos do Senhor. O Salmista declarou: “Tu mesmo ordenaste os teus preceitos para que sejam fielmente obedecidos” (Sl 119.4). Duas considerações: 1°) A Palavra é do Senhor (2Pe 1.20,21) 2°) A Palavra nos habilita (2Tm 3.16,17). Um bom exemplo foi Josué, que recebeu um grande desafio de Deus e um manual para conduzi-lo à vitória. (Js 1.7,8). Assim também será conosco. Deus tem nos desafiado e nos disponibilizou um manual infalível, que se for devidamente manuseado fará a diferença. Não há limites para a penetração da Bíblia na vida do homem (Hb 4.12). A Palavra de Deus, quando aplicada na vida, produz resultados maravilhosos A Bíblia é um presente de Deus que precisa ser desembrulhado aos poucos e apreciado diariamente. Nela encontramos verdades importantes acerca de Deus e de nosso relacionamento com ele. Crer na Palavra e aplicá-la na conduta diária se constituirá no caminho da felicidade. O escritor judeu, convertido ao evangelho, Myer Pearlman afirmou: “A Palavra enterrada no fundo do coração através da meditação e oração, servirá como remédio corretivo para a vida”. O salmista chama os que aplicam a Palavra na vida de felizes (Sl 119.1,2). Por que são felizes? 1°) Sabem o caminho do verdadeiro louvor (Sl 119.7). 2°) Conseguem se manter numa conduta digna de um servo de Deus (Sl 119.9). 3°) Sabem diferenciar entre o que agrada e o que desagrada a Deus Sl 119.11). O cristão não deve confiar no coração (Íntimo da personalidade. É onde se produzem os impulsos que influenciam a conduta e as palavras). Jesus disse: “Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias” (Mt 15.19). Devemos confiar na Palavra de Deus e nos rendermos às suas verdades. Assim sendo, a Palavra de Deus funcionará como um escudo no coração daquele que crê. A postura dos que desejam ter contato com a Palavra de Deus O que podemos extrair do capítulo 8 do livro de Neemias, que estamos estudando, acerca da postura dos que desejam manusear a Palavra de Deus? 1) O contato com a Palavra de Deus exige reverência (v.3). 2) O contato com a Palavra de Deus deve ser um ato de adoração (v.6). 3) O contato com a Palavra de Deus exige entendimento (v.8). 4) O contato com a Palavra de Deus reserva momentos de extrema alegria (v.12). 5) O contato com a Palavra de Deus exige vontade (v.13). 6) O contato com a Palavra de Deus proporciona grandes descobertas (vv.14-18). A postura dos que desejam ensinar a Palavra de Deus Esdras foi um sacerdote e escriba (v.9). Ele liderou um segundo grupo de exilados e iniciou as reformas religiosas. Era considerado um mestre das Escrituras. Um pouco do seu caráter está revelado em Esdras 7.1-10. Neemias pôde contar com este valoroso homem, que nas mãos de Deus fez a diferença em sua época. Ele foi usado pelo Senhor para restaurar a devoção do povo. Foi o autor dos livros 1 e 2 Crônicas e Esdras. Segundo John White, “Esdras era um homem provido de uma ambição incomum. Seu alvo na vida era estudar, praticar, ensinar as Leis de Deus”. Lemos em Esdras 7.10. “Pois Esdras tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas”. Encontramos neste texto, três decisões que todos os que desejam ensinar a Palavra de Deus deveriam tomar observando a mesma sequência: 1ª) Estudar a Lei do Senhor. 2ª) Praticar a Lei do Senhor. 3ª) Ensinar a Lei do Senhor. Ninguém deve ensinar aquilo que não vive. A Palavra, ao penetrar nas “profundezas” de nossa mente, nos afastará da superficialidade que infelizmente tem marcado nossos dias. Sejamos como Esdras, servos com os corações comprometidos com a Palavra de Deus. CONCLUSÃO O escritor e pastor norte-americano John MacArthur Jr. no livro “Como obter o máximo da palavra de Deus” deixou o seguinte aconselho: “Se algum dia alguém o perturbar dizendo que você precisa dessa ou daquela experiência mística ou espiritual, não acredite. O Espírito de Deus, agindo por meio da sua Palavra é suficiente para torná-lo totalmente maduro em Cristo”. A Bíblia é um livro poderoso, é lâmpada, luz, alimento, refrigério, libertação, etc. Se metade dos nossos esforços empregados em atacar ou defender a Bíblia fossem investidos em vivê-la, a luz dos verdadeiros cristãos se propagaria com maior rapidez em todas as esferas da sociedade, e o mundo glorificaria ao nosso Deus. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE 1) Qual o valor que estamos dando à Palavra de Deus? Temos pregado e cantado as verdades bíblicas? 2) Olhando para vida de Esdras, qual é o seu maior desafio? 3) O que você acha da seguinte afirmação de Francis Schaeffer: “Um simples cristão com a Bíblia na mão pode dizer que a maioria está errada”. LEITURA DIÁRIA segunda – Salmo 119. 97-112 terça – João 14.15-27 quarta – Eclesiastes 12.13,14 quinta – Hebreus 4.12 sexta – Apocalipse 3.7-13 sábado – 2Pedro 1.20,21 domingo – 2Timóteo 2.14-26

MISSÃO CUMPRIDA!

Texto: Neemias 6 e 7. “Não há nada melhor do que a sensação do dever cumprido”. (Diaconisa Edith Gomes da Silva) Introdução: David W. F. Wong, usando o exemplo de uma escalada, afirmou: “Escalar uma montanha é um desfio; o mesmo vale para a descida. Os perigos e os riscos da descida são tantos e tão enormes quanto os da subida. O perigo da ‘febre pelo cume’ se aplica não somente à escalada, mas também à vida. Escalar a escada do sucesso nos desnorteia com uma obsessão: chegar ao topo. Quando o alcançamos, nos deleitamos com o brilho de nossa conquista e esquecemos que ainda há uma jornada de descida”. Chegar ao topo tem sido o fim da linha para muitos que não se preocupam com alguns detalhes após uma grande vitória. Muitos esquecem que a jornada continua e sempre teremos um novo desafio pela frente até a volta de Cristo. Como podemos permanecer de pé após uma grande vitória? Por que muitos ministérios estabilizam e entram em declínio após uma grande conquista? Já estudamos, na lição 5, as tentativas do inimigo em desestabilizar Neemias e os judeus visando à paralização da obra (6.1-14). Em nosso estudo de hoje, daremos ênfase ao caminho da vitória e como agir após uma grande conquista. Os Fatos Após 52 dias de muito trabalho, o muro ficou pronto. Antes Jerusalém era caracterizada pelas ruínas e um povoado triste. Agora eles haviam recuperado a autoestima e possuíam uma fortaleza murada (6.15). Os judeus tinham motivos de sobra para celebrar. Neemias havia conseguido liderá-los até uma nova realidade. A tarefa foi completada com velocidade tão fenomenal, que até os inimigos reconheceram “que a obra havia sido executada com a ajuda de Deus” (V.16). O CAMINHO DA VITÓRIA Nossas vitórias não são obras do acaso. Geralmente são o resultado de muita de dedicação, relacionamentos saudáveis e bom planejamento. O escritor evangélico norte-americano John Maxwell, escreveu o livro As 21 leis irrefutáveis da liderança, onde desenvolve os princípios da liderança. A 15ª é a lei da vitória. Segundo este influente líder, a vitória (sucesso) só é possível se houver a conjunção de três fatores que estão a seguir com algumas adaptações: 1) Unidade de Plano – As equipes só alcançam sucesso quando seus membros têm o mesmo plano em mente, independentemente de talentos e do potencial. Uma equipe não vence se os interesses forem diferentes. 2) Diversidade de dons – Equipes precisam de talentos diversos para alcançar sucesso. Cada um fazendo a sua parte. 3) Um líder comprometido com a vitória e que busca extrair todo o potencial dos seus liderados – Toda equipe precisa de liderança para alcançar a vitória. A unidade de plano não vem espontaneamente. As pessoas certas com a correta diversificação de talentos são fatores que não se juntam por si sós. É preciso um líder que faça essas coisas acontecerem, e também cabe ao líder dar motivação, autoridade e rumo para que venham as vitórias. OS PERIGOS DA VITÓRIA A conclusão do muro não havia eliminado o perigo para Jerusalém. Os judeus estavam regozijantes enquanto os inimigos tramavam novas investidas. Neemias sabia que o perigo ainda rondava a cidade. Ele então decidiu agir rapidamente para protegê-los. Neemias não queria perder o grande prêmio da vitória, que é a oportunidade de realizar mais. Ele sabia que sua missão ainda não estava concluída. A vitória alcançada era apenas uma batalha vencida e qualquer “cochilo” poderia botar tudo a perder. Por isso, ele tomou as seguintes medidas: 1°) Ele designou porteiros para controlar os acessos a cidade (7.1). 2°) Confiou a administração de Jerusalém a Hânani (7.2). 3°) Providenciou o repovoamento e deu sequência as reformas sociais (7.4). Para o inglês John Mason, do Exército da Salvação, declarou: “Há duas ocasiões em que um indivíduo para: depois de uma derrota e depois de uma vitória”. O pastor escocês e escritor Andrew Bonar fez o seguinte alerta: “Sejamos tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha”. John C. Maxwell fez o seguinte alerta em relação as conquistas: “Dois sentimentos normalmente surgem depois de se concluir um grande empreendimento: primeiro, um suspiro de alívio e motivos para comemorar; segundo, uma sensação de vazio... E, agora o que faremos? A medida que estamos envolvidos com determinado projeto, ele vai revelando muito de nosso caráter. O período que segue a algo bem sucedido é muito perigoso. Somos muitas vezes, tentados a nos acomodarmos, principalmente se não tivermos outra meta. Podemos nos dar por satisfeitos e baixarmos a nossa guarda. A prontidão e agilidade se enfraquecem em nós. O momento da vitória é um tempo crucial para qualquer organização” Em tempos de vitória devemos redobrar a nossa atenção (1Pd 5.6-9). Não podemos deixar brechas para o inimigo. Infelizmente muitos se perdem nesse tempo, que deveria ser de grande celebração na presença de Deus em busca da visão para a continuidade da obra. VITÓRIAS NA VIDA PESSOAL A ausência de doenças ou de problemas financeiros tem sido interpretada, para muitos, como aprovação de Deus. O contrário disso para muitos é sinônimo de pecado na vida. Em nossos dias, as casas terrenas são mais “cobiçadas” do que as mansões celestiais. Em alguns ambientes eclesiásticos fala-se mais da prosperidade material do que da salvação em Cristo Jesus. Muitas pessoas estão indo aos templos em busca de autoajuda enquanto ignoram a ajuda do alto. Tudo isso revela a nociva falta de conhecimento bíblico (Os 4.6). A busca por bênçãos materiais tem sido o “combustível” utilizado por alguns falsos “líderes espirituais inescrupulosos” que estão por aí ludibriando e explorando pessoas enquanto ampliam suas propriedades. Todo cristão deveria lembrar que apenas a nossa salvação durará eternamente. Essa é a nossa maior vitória e por isso o melhor a fazer é investir nela e procurar levar os outros a fazerem o mesmo (Rm 10.9; Jo 6.37). A nossa prosperidade na terra deve ter como parâmetro do Salmo 1. Nossas vitórias precisam estar de acordo com o futuro, com a eternidade ao lado do nosso Deus. Precisamos buscar e pensar nas coisas que são de cima (Cl 3.1,2). Os bens materiais e demais coisas deste mundo deverão ser acrescentados em nossa vida segundo a vontade de Deus, e jamais deverão nos dominar (Mt 6.33). “Que alegria tenho no meu Salvador! Tenho graça, vida e amor paternal. Tudo posso, tudo, por ti, meu Senhor; Deste mundo sou vencedor afinal.” (2ª estrofe 497 HCC – Manuel Avelino de Souza) O EXEMPLO DE PAULO Paulo afirmou: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Paulo foi um vitorioso. O valor de sua vida estava em cumprir a missão que havia recebido de Deus. Suas momentâneas vitórias jamais impediram que ele continuasse a sua jornada (1Co 9.16). Durante seu ministério sempre demonstrou humildade e conseguiu aprender a difícil lição do contentamento. Ele se considerava um vitorioso em qualquer circunstância (Fp 4.11). Ele era fortalecido por Deus (Fp 4.13). Paulo tinha convicção de que todas as coisas contribuíam juntamente para o bem dos que amam a Deus (Rom 8.28) e que nada poderia separá-lo do amor do Senhor (Rm 8.31-39). Seu lema era prosseguir (Fp 3.14). Quando percebeu que seu fim estava próximo, declarou: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). Eis um verdadeiro vencedor! CONCLUSÃO: Aprendemos com Neemias a aumentar a vigilância na hora da vitória. Caso contrário poderemos plantar as sementes das futuras derrotas. Precisamos avançar confiantes na capacidade de Deus de nos ajudar. Veremos nas próximas lições que foram necessárias algumas reformas para ajustar o povo à vontade de Deus. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Em sua opinião, quais são os maiores perigos da vitória? 2) O que você acha que devemos fazer após uma grande vitória? 3) Como devemos nos proteger das mensagens que nos afastam do verdadeiro ideal de Deus para o seu povo? LEITURA DIÁRIA: Segunda – João 6.22-35. Terça – I Coríntios 15.58. Quarta – I Pedro 5.6-9. Quinta – Tiago 4.6-10. Sexta – Salmo 127. Sábado – Salmo 128. Domingo – Efésios 4.11-16

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