quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PASTORAL FIM DE ANO – TUDO “NOVO” DE NOVO!

Passamos por mais um fim de ano. No último domingo, festejamos o Natal de Jesus com uma singela celebração, porém tão agradável e edificante! Deus continue capacitando os irmãos, que maravilha!! Agora, estamos com muitas expectativas com a chegada de um novo ano – 2011. Oportunidade para analisarmos como foi o ano que passou e projetarmos o que esperar do novo ano que se inicia.
A cada início de ano, a maioria de nós pensa em fazer diferente! Daí vem o famoso planejamento e tudo sempre termina com a velha e boa promessa de que tudo será diferente: “Vou começar aquela dieta, depois das férias, é claro!”(apesar de não precisar...);“Vou arranjar mais tempo para a leitura”; “Eu vou me policiar para dar mais atenção à minha família, à minha esposa e filho” ou ainda, “Começarei aquela poupança”... Promessas e mais promessas!
Independente das promessas que renovamos à cada final de ano, quase sempre pensamos que se tivéssemos feito outras escolhas nossa vida poderia ser diferente: “Ah!Se eu tivesse aceitado aquele emprego... Se eu tivesse feito aquele curso... Se eu tivesse feito daquele jeito! Tantas coisas teriam acontecido...”.
Tenho uma visão um pouco diferente de tudo isso. Desde que aceitei a Jesus como Senhor e Salvador da minha vida, tenho dedicado meus planejamentos a fazer a vontade Dele. Nem sempre consigo, pois como todo ser humano sou falho e o inimigo de nossas almas sempre está para me lembrar disso. Durante minha vida, até hoje, procurei seguir um conselho que ouvi na adolescência: “Sempre se arrependa do que você fez, nunca daquilo que você deixou de fazer”. Nós precisamos seguir sempre o nosso coração, porém, direcionados pela vontade de Deus, porque diz a Bíblia que o coração é enganoso. O nosso coração precisa estar sintonizado com o coração de Deus para que tenhamos condições de entendermos Sua vontade e planejarmos nossa vida à luz de Sua vontade.Como diz a Palavra de Deus na Carta do Apóstolo Paulo em Filipenses 4:6: “Não andeis ansioso de coisa alguma; em tudo porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica com ações de graça.” Ou seja, em nossos planejamentos, devemos colocar em primeiro lugar a vontade de Deus.Devemos sempre pedir que Ele nos dê a sua direção.E Ele nos dá!Infalivelmente!
Agora, que lugar Deus ocupou em sua vida no ano de 2010 que já terminou? Que lugar Deus vai ocupar em sua vida em 2011? Uma sugestão: monte seus planos, seu calendário, suas atividades de tal maneira que Deus não fique num canto qualquer de sua casa, ou no porta-malas de seu carro, ou naquela caixa velha de bagunças, de livros velhos ou de roupas velhas sem uso, esquecidas. Ele precisa estar em evidência em seu coração, em sua boca, em sua vida, em suas leituras. Então 2011 será um ano marcante na sua vida. Na minha com certeza será! Quero relatar coisas maravilhosas no seu final e estar pronto para, caso Deus assim queira, iniciar com muito mais alegria e garra. Vamos juntos?
Que neste novo ano você faça seus planos, defina suas metas e prioridades, mas não se esqueça de que Deus controla sua vida e Ele cumprirá fielmente o que prometeu, pois “Deus não é homem para que minta nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não confirmaria?” (Números 23:19) Tenha um ano abençoado e que seus planos se realizem dentro da vontade de Deus! Deus vai irrigar a sua vida, adubar a sua terra. Deus vai tomar providências para você ser a pessoa que você deve ser: uma pessoa frutífera, produtora de fruto bom. Amém!? Feliz Ano Novo!!! Com fé, Pr. Rangel

EVANGELIZAÇÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS

Texto Bíblico: Mateus 10.1-23
Fica bem claro para os que se propõem estudar a Bíblia, e de maneira objetiva o assunto Missões e Evangelização, que é necessário entender que o tema está bem presente no ministério de Jesus. Ele é o grande Mestre de palavras e de vida. Jesus veio para salvar, conforme declarou em seu ministério, mas Ele, em sua missão de salvar, deixou para os seus discípulos grande ensinamento da obra missionária e evangelizadora. Não há como apontar para um tempo de semeadura e colheita no reino de Deus sem dar devida atenção ao que disse o autor de nossa fé.

1. JESUS DESEJA QUE CONSIDEREMOS SUAS INSTRUÇÕES (vv. 5-7)
Jesus tem instruções para um evangelismo eficiente e eficaz. Fica evidente que é primordial em nossa tarefa dar atenção às suas instruções. O texto diz: “A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções...” (Mateus 10.5). Querer e tentar fazer a obra sem essa submissão é uma ironia, é um insulto ao Mestre. A nossa experiência de marketing, nossa estratégia moderna, nossa contextualização sem uma submissão às instruções de Jesus é uma falácia. Atentar para as instruções de Jesus é reconhecer que Ele é o Senhor do reino, Ele é o Senhor da obra.
Muito ativismo, muito trabalho, muitos programas e até projetos duradouros sem que estes tenham passado pelo crivo do ensino do Mestre é “malhar em ferro frio”. A obra da evangelização e missionária precisa antes de tudo passar pelo teste da obediência. O que na verdade precisamos ouvir e aprender? A que de fato precisamos estar atentos. Em que precisamos estar em sintonia com Jesus para ouvir suas instruções? O que Jesus disse que precisamos acatar? Vejamos:

2. JESUS DESEJA QUE SEJAMOS SUAS TESTEMUNHAS (v. 16)
Fazemos parte do projeto de Deus ensinado por Jesus no testemunho da fé e das Boas-Novas de salvação. Ir em direção a uma obediência incondicional de vida proclamadora no reino do Senhor há de ser o maior e melhor projeto de vida de nós, os crentes. O texto diz que Jesus os enviou. Ide, eis que eu vos envio (Mateus 10.5; Lucas 10.1). Enviar implica uma missão específica. Uma tarefa bem definida e clara. A obra missionária é bem definida e detalhada por Jesus. Não podemos pegar o simples e transformá-lo em algo engenhoso, de difícil entendimento. Somos chamados e enviados para sermos testemunhas de Jesus. Jesus disse: “Ser-me-eis minhas testemunhas” (Atos 1.8). O que é uma testemunha? É a pessoa que tem conhecimento de alguma coisa. É quem pode atestar a verdade sobre alguém ou sobre algo ocorrido. Nós somos exatamente essas pessoas designadas a narrar de forma veraz não simplesmente fatos ocorridos na história quanto à pessoa de Jesus, mas extravasar, fazer transbordar a nossa experiência pessoal com o Cristo da fé, que vai além do que é palpável e possível de observação pelos métodos chamados científicos.
Somos testemunhas de algo que está arraigado em nosso coração, no âmago de nosso ser. Por isso que Paulo diz que: “o Espírito Santo testemunha com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).

3. JESUS DESEJA QUE VIVAMOS O SEU PODER (v.1)
Poder tem sido a palavra apreciada por muitos. Tem sido a tônica de muitos. Poder tem sido a palavra eleita para iludir, embaraçar e equivocar muitos. Busca-se poder na economia, na educação, na política, na força bélica e até psicológica. O que se vê hoje na efervescência religiosa tem sido o poder da manipulação psicológica e emocional. A manipulação tem sido gritante e não podemos, portanto, quando queremos falar sobre poder, admitir esse tipo de fervura moderna. Jesus ensinou que o seu reino não é deste mundo (João18.36). Suas palavras, ensinos e atitudes precisam ser interpretados e aplicados com um diferencial.
O texto diz que Jesus deu aos discípulos autoridade. Essa autoridade estaria sobre o que parecia ao mundo físico e material impossível de ser controlado e desfeito. A autoridade dada por Jesus pertence a Ele e não aos homens. Essa autoridade continua dele. Só Jesus pode autorizar os homens a exercerem essa autoridade. Essa autoridade que se evidenciaria em sinais e prodígios (Mateus 10.1) seria em última instância não simplesmente para fazer com que os atendidos acumulassem bênçãos temporais, mas sim para que entendessem que o Messias havia chegado, o Filho de Deus, que é poderoso para fazer muito mais. Receberem naquele instante algo temporal seria para autenticar o que Jesus tinha reservado de mais precioso para aquela gente e pessoas de todos os tempos, que é a eterna e tão grande Salvação. A autoridade dada por Jesus sobre os espíritos imundos e enfermidades mostra que aquele que é capaz de cuidar do corpo, muito mais poderoso o é para limpar e libertar a vida inteira e integral. A nossa tarefa há de ser feita com autoridade e essa vem de Jesus. Não é autoridade de nossa experiência com capacidade intelectual por mais útil e importante que essa possa ser. É na autoridade e no poder de Jesus que a obra é não apenas feita, mas frutifica. Sem essa autoridade, irmãos, podemos até fazer, e nada mais. Podemos até ter uma visibilidade em nossos projetos, mas não isso enriquece o reino de Deus com o crescimento devido e medido pelo Senhor.

4. JESUS DESEJA QUE SEJAMOS FIÉIS À MENSAGEM PREGADA (v.7)
Na evangelização e obra missionária não pregamos cultura nem filosofia humana. Não criamos uma mensagem. A roupagem pode ser diversificada. A mensagem pode e deve ser contextualizada, mas precisamos ter cuidado para que a ênfase em nossa tarefa seja o conteúdo e não o pacote.
Contextualização, com métodos que venham roubar a cena do Salvador e da mensagem a ser pregada, precisa ser expurgada. Hoje o que muito se vê é a evangelização com ênfase tão grande nos métodos que Jesus e a mensagem ficam ofuscados. Não podemos descartar o veículo, o instrumento a ser usado, mas o que precisa impressionar não são as nossas técnicas e sim a mensagem de Salvação. O que precisa compungir a vida do pecador é o próprio Cristo que é apresentado na mensagem. Jesus disse: “... pregai que está próximo o reino dos céus”. Pregar é o método, que hoje pode ser de diversas formas, mas com cuidado e inteligência. O reino dos Céus é a essência da mensagem. Há quem diga que reino dos Céus e reino de Deus sejam a mesma coisa. São os defensores de que eles são usados intercambiavelmente no Novo Testamento. Outros aplicam entendimento diferente, sem, contudo, deixar confusão porque as duas expressões são próximas. Prefiro o entendimento de que reino de Deus é o próprio Cristo e de maneira clara o seu domínio no coração daqueles que pela fé e arrependimento se rendem à sua graça, que é o favor de nos fazer seus filhos, jamais por nosso merecimento e sim por obra meritória de Jesus na cruz.

PARA PENSAR E AGIR
Jesus é valioso para a nossa salvação e o é para nossa instrução. Ele deixou-nos grande exemplo sobre o ministério de evangelização e a Ele devemos seguir.
Quando somos bem instruídos e nos conscientizados do poder do alto, tornamo-nos testemunhas autênticas, vivas e comprometidas. A nossa fidelidade envolve conhecimento e obediência ao grande e maior missionário, Jesus Cristo. Você tem seguido as instruções de Jesus? Você sente-se seguro em seguir os ditames do Mestre nessa obra de apresentar a sua luz aos que estão em trevas?
Certo homem, visitando um farol, disse ao guardião: "Você não tem medo de viver aqui? É um lugar terrível para se ficar por muito tempo." "Não," respondeu o homem, "eu não tenho medo. Aqui nunca nos preocupamos com nós mesmos." "Nunca se preocupam com vocês mesmos! Como pode ser isso?" A resposta foi convincente: "Nós sabemos que estamos perfeitamente seguros e só nos preocupamos em manter nossas lâmpadas brilhando e refletindo claramente para que aqueles que estão em perigo possam ser salvos".
Amados, nós estamos seguros e bem instruídos com Cristo, e precisamos deixar que a “nossa” luz brilhe a intensidade da luz de Cristo na obra da evangelização.

LEITURAS DIÁRIAS
segunda ...Mateus 10.1-4
terça ...Mateus 10.5-11
quarta ...Mateus 10.12-15
quinta ...Mateus 10.16-23
sexta ...Lucas 19.10
sábado ...Mateus 4.23
domingo ...Marcos 1.15

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Acostumados aos respingos da graça de Deus

Texto básico: Lucas 16.19-31
Sem dúvida alguma o capítulo 16 de Lucas é um dos mais difíceis de serem compreendidos nos evangelhos e na Bíblia. Por isso antes de tirarmos preciosas lições, para compreendermos de modo mais correto esse texto, é preciso entender o que a parábola do rico e Lázaro NÃO diz:
a. Fica claro nela que não há comunicação entre os mortos e entre mortos e vivos. A condenação à consulta aos mortos não é pela sua possibilidade de ocorrer, mas sim pelo abandono de Deus que ela representa e pela janela que se abre a Satanás e seus demônios na vida de pessoas que assim fazem (2Co11.14; Ec 9.5; Is 8.19-22; Lv 20.6). A própria expressão na parábola usada por Abraão diz que para um morto voltar a falar com vivos ele precisa ressurgir (v.31);
b. De igual modo fica claro que não há trocas possíveis entre o céu e o inferno. Jesus evidencia de modo interessante o que Ele disse sobre o mordomo infiel – use as riquezas para granjear amigos eternos (v.9). O rico nem fez isso com Lázaro. Mas na verdade, mesmo que tivesse feito, é ensino bíblico que não há trocas possíveis entre o céu e o inferno, assim como não há outro lugar para se estar na eternidade. Não existe, por exemplo, um “purgatório”;
c. Jesus também não estava beatificando a pobreza e condenando a riqueza. Se riqueza fosse algo ruim em si, o céu seria comparado a uma grande favela, com valões passando... O que Jesus sempre condenou foi o amor à riqueza, o ter por ter. O ensino do Mestre também contradizia a noção de que riqueza era sinal de bênção, e pobreza, por sua vez, de pecado. Essa heresia parece que está retornando no meio do povo evangélico brasileiro. Jesus, com essa parábola, simplesmente desdiz qualquer pensamento nesse sentido.
Sendo assim por que essa história teve um fim tão inusitado?
1. Porque o rico viveu sem precisar de Deus e Lázaro só viveu porque dependeu de Deus
Não estou aqui sacralizando a mendicância. Mas sim o estado de espírito que pode estar presente em cada um desses polos apresentados por Cristo na parábola.
Provavelmente o rico, por ser rico, não precisaria recorrer a Deus. Normalmente pessoas bem-sucedidas desenvolvem um excesso de autoconfiança que se traduz pelo sentimento que impede o florescimento da presença de Deus. Essa autoconfiança é a “independência”. Num sentido bíblico, todo brado de independência é acompanhado de morte, ao contrário do que pensava D.Pedro I.
Mas não era só pela possível postura de independência que o rico pode ter preterido Deus em sua vida. A parábola diz que ele vivia nababescamente (v.19), vestido de púrpura e de linho fino. O rico vivia no luxo e à sua porta havia um homem tão miserável que os cães lambiam suas feridas (v.20). Aquele rico era sem Deus, pois não manifestou um gesto de misericórdia por aquele miserável. Lázaro tinha que viver se esforçando para pegar as migalhas.
Além disso, ele nunca deu importância à Lei e aos profetas (vv.29,30). Ele sabia o que era a Palavra, mas não a vivia. Assim era também com sua família. Erraram por não conhecer “as Escrituras nem o poder de Deus” (Mc 12.24). Alguém vazio da Palavra é alguém vazio também de Deus.
Já Lázaro... esse tipifica aquele que vive pela fé. Gente que trilha o caminho da confiança que gera dependência. Seu próprio nome era uma confissão de fé. Lázaro quer dizer “Deus é a tua ajuda”. Enquanto viveu, Lázaro não teve ajuda de ninguém. O homem mais indicado para ajudá-lo nem tomou conhecimento dele. Sua única companhia visível na terra era de inoportunos cachorros. Porém parece que anjos estavam a servi-lo, pois assim que morre os anjos o acolhem para conduzi-lo ao céu (v.22). O rico tinha autoconfiança. Lázaro tinha uma confiança do Alto.
Entendo que se Lázaro tivesse saído debaixo da mesa e fosse para debaixo do céu (v.21) sua vida teria sido melhor. Ficar debaixo da mesa, da influência dos outros é ser fadado a comer migalhas. É ter uma vida construída pelas sobras. Mas ficar debaixo do céu... hum... era receber o Maná. O que você prefere? Ficar debaixo da influência de alguém ou debaixo de Deus?
Uma pena que a pobreza de Lázaro não o tenha aproximado ainda mais de Deus...
Quem é que Deus está colocando perto de você para que exerça misericórdia com essa vida?
2. O rico desfrutou da providência de Deus, enquanto Lázaro creu no Deus da Providência
Há uma cara doutrina bíblica que vem sendo esquecida por muitos. Trata-se da doutrina da providência. Por ela entende-se que há ações e cuidados de Deus que acabam recaindo sobre justos e injustos, sobre bons e maus, indistintamente.
Uma pessoa ímpia, perversa, que acorda em sua casa e se depara com um lindo dia, está sendo atingida pela providência divina. A chuva que cai, refresca a terra e abastece os reservatórios é sinal do cuidado de Deus (Ec 9). Uma vez a Palavra pregada sendo ouvida até mesmo por um ímpio que atenda suas recomendações, vai fazer a vida desse iníquo melhorar um pouco.
Quando se diz também que Deus está no controle da História, como recentemente juntou (anos 80-90) vários líderes mundiais para promover uma abertura no mundo comunista, estamos falando da providência divina. Quando um milagre atinge uma pessoa que não é crente, mas que recebeu a intervenção divina, falamos da providência divina. Como esquecer, por exemplo, aquele pedreiro que estava num andaime na parte final da construção de um prédio e que caiu de uma altura de 7 andares após uma rajada de vento numa piscina e não teve nada na queda, nem tampouco morreu afogado (sim, porque ele não sabia nadar!)? Isso é providência divina.
Mas a providência mesmo sendo maravilhosa e gigantesca, é só um aspecto de Deus. São gotas do Senhor! O rico desfrutou como ninguém dessa providência. Tudo o que o mundo tem para oferecer ele aproveitou. Paisagens paradisíacas, conforto, comodidade... tudo isso estava a seu alcance. E Ele podendo ter o Rio da graça (AP 22, Ez 47) continuou preferindo as “gotas”. Por isso é revelador o pedido que ele fez a Abraão de poder molhar a língua com uma gota que caísse do dedo (v.24).
A água que tem no céu é a água da vida, o rio da graça que corre do trono de Deus. O rico vivera toda sua vida com gotas. E agora na eternidade queria suportar seu tormento com gotas. Ora, o inferno é o lugar para quem experimentando as gotas da providência divina e aprovando-as (mesmo porque não tem como não gostar delas), não quis beber, se encharcar com o Rio da graça de Deus.
Conclusão
A parábola do rico e de Lázaro nos remete para algo inexorável da nossa vida: a morte. Ela alcança e alcançará a todos: ricos ou pobres, cultos ou indoutos, sãos ou doentes, bons ou maus, justos ou injustos. Interessante é que a equidade que a morte impinge a toda a humanidade como experiência é bem expressa pelos angolanos, que conhecem o cemitério como “lugar da igualdade”.
Essa parábola deve nos levar a uma santa insaciedade. Se o respingo é bom, é maravilhoso, quanto mais ser encharcado por esse rio. Mas para ser completamente imerso nesse Rio, você precisa assumir Jesus como a água da vida (Jo 4).
O Reino de Deus mata a sede existencial do homem por intermédio do Rei, que é Jesus. Não termine estes estudos sem se definir, sem tomar uma posição clara de ter a Jesus como seu único e suficiente salvador. Faça isso agora!
E se você já o tem, torne-se mordomo de Cristo. Os bens que Deus confiou a você são para servir aos outros. Desafio você a levantar a cabeça e ver quem está pegando as “migalhas da sua casa”. Será que é um amigo de seus filhos que tem uma família toda disfuncional e que vê sua casa como um oásis? Será que tem um pobre/mendigo de plantão ao seu alcance? Aprenda a usar o que está sob seu cuidado para abençoar outros. E assim brilhará o Sol da justiça sobre você (Is 58.8-12).
Leitura Diária
segunda-feira... Rm 5.12-21
terça-feira... Rm 6.1-14
quarta-feira... Rm 6.15-23
quinta-feira... Jo 1.1-18
sexta-feira... 1Pe 5.5-11
sábado... Ef 2.1-10
domingo... Lc 16.19-31

sábado, 18 de dezembro de 2010

PASTORAL CHEGOU O NATAL !


“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”. (Is 9:6)
É o que sinaliza o mês de dezembro. Lu¬zes e enfeites em todos os lugares.
O comércio se agita buscando com certo frenesi clientes em potencial.
Tudo e todos em nossa volta; rádio, tele¬visão, jamais gritam: chegou o natal!
O que nós cristãos, não podemos esque¬cer é o verdadeiro significado e valor do natal. O que torna o natal tão extraordi¬nária tem a ver com o que chegou no na¬tal.
No primeiro natal chegou Jesus. Naquela manjedoura em Belém chega o Salvador da Humanidade; Aquele prometido nas profecias do Antigo Testamento, separa¬do na Eternidade para resgatar a criatu¬ra perdida, transformando-a em filha do Deus Altíssimo.
No primeiro Natal chegou a Salvação. A humanidade perdida e condenada a morte eterna tem, na manjedoura, a es¬perança de salvação da alma através da vinda do Messias prometido.
No primeiro Natal chegou a Salvação. A humanidade perdida e condenada a morte eterna tem, na manjedoura, a es¬perança de salvação da alma através da fé simples no Salvador Amado.
No primeiro Natal nasceu a luz para iluminar a história de cada um de nós e aquecer o coração de todos quantos fize¬rem de Jesus a luz de sua vida e Salvador de sua alma.
No primeiro Natal nasceu a paz que exce¬de todo entendimento. O Príncipe da Paz nasce para inundar de paz à alma crente que, assim, pode experimentar bonança na tempestade e alivio na provação. A paz nasceu com Jesus!
No primeiro Natal nasceu a alegria. A alegria de viver na história com a eter-nidade no coração. A alegria de morar no céu na “...casa de meu Pai há muitas moradas...”
O Natal sempre chega na vida de quem recebe Jesus. Sempre é Natal com Jesus Cristo na mente e no coração. (Extraído)
Amados, já posso desejar um Feliz Natal a todos vocês, pois esta semana comemoraremos o Natal!Celebremos a Salvação, Celebremos Jesus o nosso maior presente! Pois Natal sempre chega na vida de quem recebe Jesus!! Celebremos Jesus!! Feliz Natal!
Com
fé, Pr.Rangel

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Duras constatações e uma doce verdade!


Texto básico: Lucas 16.1-13
Imagine um político corrupto sendo elogiado pelo Senhor por agir com sagacidade (v.8). Roubou mas foi elogiado... Será que Jesus realmente está ensinando um padrão ético do “mal menor”? Teria Jesus se tornado pragmático? Seria Ele o senhor da parábola?
Estes questionamentos aparecem porque estamos diante de uma das parábolas mais difíceis de compreensão em toda a Bíblia. Ela é uma parábola no seu sentido mais estrito e uma das poucas do evangelho de Lucas. A questão é tão séria que Juliano, o Apóstata a usou para inferiorizar a fé cristã e Jesus Cristo.
1. As soluções inadequadas que apareceram até agora
Estar diante de um texto tão desafiador fez com que muitos tentassem harmonizá-lo. Disseram por exemplo que o mordomo que funcionava como um agenciador das terras do seu senhor, com autoridade para negociar, quando subscreve valores mais baixos do que os contratados estaria beneficiando aquele fazendeiro, porque o contrato além de estar com juros (com usura, que era condenável por Deus – Dt 15.7,8), tinha também um valor de comissionamento, que cabia ao “mordomo”. Era comum já nessa época gente que emprestava o nome para negócios escusos, representando algum patrão. O administrador da fazenda era esse homem autorizado a ganhar dinheiro para o patrão espoliando os arrendatários, sabendo que caso houvesse algum problema, o patrão sairia livre. Por isso o senhor teria louvado a fidelidade do mordomo a Deus, o que resultou num patrão abençoado... será?
Outros dizem que o senhor da parábola nada tem a ver com Cristo. Mas Joaquim Jeremias indaga com razão que se esse senhor da parábola não é o Senhor da História, daria aquela sanção a quem lhe acabara de dar mais prejuízo? Parece que não. Além do mais como explicar a identificação com Deus que vem sendo feita no cap.15 para logo depois dizer que o senhor da parábola não é o Senhor? Quem faz essa distinção esquece que em Lucas kurios (grego – Senhor) é usado para Deus e Jesus somente.
Pensando assim o foco da parábola seria tão somente um ensino de Jesus sobre como lidar com as riquezas. De fato o Mestre pontua este assunto na parábola (v.9). Não dá para administrar o que é dos outros se não conseguimos administrar o que nos foi confiado (1Cr 29.14). Não dá para Deus confiar as riquezas eternas (muito) para aqueles que foram infiéis no pouco, na administração de bens durante a vida aqui (v.9).
Jesus não está dizendo aqui que vamos “residir” com amigos na eternidade, porque trouxemo-los para nós por meio de dinheiro. No entanto Ele quer dizer que os recursos que chegam às nossas mãos deveriam ser aplicados segundo a ótica do Reino, que é a visão da eternidade. Mas seria só isso?
Por fim há uma última ideia que assevera que Jesus não teria elogiado a trapaça daquele mordomo, mas sim sua astúcia. Sua preocupação com o futuro, seu modo firme de agir num momento crítico o teria dignificado. Um homem injusto se dignificando... nada mais em desacordo com a mensagem bíblica (Sl 32;51;Rm 3.23, 6.23). De fato Jesus não estava isentando aquele homem dos meios que ele usara para atingir seu fim.
Por isso quero convidá-lo a fazer uma leitura impregnada do combustível do Reino de Deus, que é a graça de Jesus.
2. Quando se pensa em Reino, o mordomo tipifica a vida de cada ser humano
A parábola é clara ao mostrar que aquele mordomo tinha tudo para dar certo. Tinha espaço para desenvolver seu trabalho, era conhecido dos arrendatários e tido como fiel representante do dono da fazenda. Contudo em algum momento de sua trajetória ele se tornara escravo também das riquezas. Alguém que defrauda o patrão normalmente o faz por conta da motivação de ter o mesmo padrão de vida que ele. Por isso Jesus afirma que ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo (v.13).
Fato é que muitos perdem a fidelidade justamente nessa hora de confronto com o conforto que as riquezas podem oferecer. E essa infidelidade do mordomo mostra que todo gerenciamento que fazemos nesta vida é imperfeito. Não só no tocante a recursos financeiros, mas sobretudo a relacionamentos. Isso porque todos os relacionamentos neste mundo acabam se transformando em encontro de contas.
Interessante que a palavra “denunciar” no v.1 é diabletê (grego – calúnia). Essa palavra tem sua origem no grego diábolos (caluniador), de onde vem o nome do nosso inimigo – o Diabo. O acusador sempre fará denúncias sobre essa infidelidade que os servos do Senhor manifestam.
Alguns são infiéis na visão de mordomia. Administram os bens do Senhor, o que Ele permite que se tenha, como se fossem seus. Outros são infiéis na aplicação dos recursos (dízimos e ofertas), jamais dando primazia ao Reino, mas sim destinando a ele, quando muito, as sobras. Outros são infiéis nos talentos e dons que Deus dispensou sobre sua vida. Ao invés de empregarem os dons na obra do Senhor, acabam somente usando em benefício próprio. Por que aquele mordomo da parábola não manifestou sempre aquela disposição?
Reconhecer essa incapacidade crônica de ser absolutamente fiel é o primeiro passo para ser alvo da graça.
3. Para o Reino conta não a nossa perfeição, mas o nosso melhor
O senhor daquele mordomo assim que verifica a denúncia, o despede. A expressão para “prestar contas da tua administração” (v.2), mostra uma ordem vigorosa e uma demissão imediata. A partir daquele momento aquele administrador não tinha mais autorização para falar em nome do dono.
Mesmo assim ele age, defraudando ainda mais seu senhor (veja os versos 4 e 9). Nesse sentido, o agente pensou sobriamente sobre si; e o fez de modo autêntico. Sua ação visava a um aproveitamento pessoal, mas também trazia um benefício moral para o dono das terras. Se o fazendeiro não desautorizasse a ação daquele “ex-mordomo”, ele seria reconhecido pela sua grande generosidade, marca distintiva de um nobre. Ele então procura fazer com que aqueles trabalhadores que ocupavam a terra do seu senhor recolham o valor que deviam ao senhor.
Comentando esse trecho da parábola, o pastor Caio Fábio afirmou, “quem não tem tudo para dar a Deus, dá tudo o que tem”. Deus não espera portanto nossa perfeição, mas o nosso melhor. Será que você tem dado o seu melhor para Deus e no Reino de Deus?
4. No Reino vale a misericórdia, não as riquezas
Aqui chegamos ao clímax da revelação do texto sagrado. Jesus contou essa parábola aos discípulos para que eles evitassem um comportamento réprobo dos fariseus: a avareza (v.14). Para esse grupo, ser rico era sinal de bênção divina e, portanto, de caminho seguro até o “seio de Abraão” (v.22). Contrapondo a isso Jesus ratifica que alguém preso ao dinheiro não entrará no céu porque já escolheu servir a outro senhor. Exemplo disso é que no v.13, “devotará” pode ser traduzido como apegar-se-á, agarrar-se-á a alguém.
Aquele homem precisou confiar tudo à misericórdia infalível do seu senhor, o qual era duro no acerto de contas, mas era de igual modo generoso. Nesse sentido o louvor de Jesus não seria a sagacidade daquele agente, um homem que agiria pensando no futuro. A aprovação do Mestre estava no olhar do passado: aquele mordomo conhecia profundamente a misericórdia do seu senhor.
Aqui a parábola se liga à história da redenção humana. Jesus, por amor e misericórdia, pagou o preço na cruz do Calvário para salvar cada um de nós, mordomos, que pela nossa fidelidade jamais receberíamos aprovação do Senhor.
Conclusão
O Reino de Deus não se constrói com riquezas. No Reino e para o Reino, os recursos não importam mais do que a misericórdia, do que o amor. Uma pessoa que já conheceu o amor de Deus pode muito bem, numa hora de crise, confiar totalmente nas misericórdias do Senhor, que se renovam cada manhã.
Leitura Diária

segunda-feira... Is 1
terça-feira... Jr 2.1-19
quarta-feira... Sl 89.1-24
quinta-feira... Sl 89.24-52
sexta-feira... Sl 117
sábado... Lm 3.22-26
domingo... Lc 16.1-13

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Os extintores do amor

Texto básico: Lucas 15.11-32
Pode parecer um contrassenso falar de amor e extintor. Isso porque nossa visão cultural sobre o amor é moldada a partir de um aquecedor. Mas há atitudes que funcionam como extintores do amor. Elas podem esfriá-lo até o ponto em que se torna difícil “reaquecê-lo”. Talvez o melhor exemplo bíblico disso seja a conhecida parábola do filho pródigo.
Esse era o caso do pai. E Jesus revela as vísceras de uma casa que na parábola não tinha qualquer resquício do resultado do amor, que é a unidade. E é ali que notamos as três atitudes que funcionam como extintores do amor.
1. O desejo de abrir a porta da casa do pai (v.12)
Esse primeiro extintor está ligado ao filho pródigo. Seu movimento era egoísta, pois não ansiava abrir a porta da casa do pai para que outros entrassem. Antes, pelo contrário, queria era sair. Seu olhar estava tão somente voltado para si. E quem assim vive torna impossível o cultivo do amor.
Viver para si é uma expressão de arrogância. Esse individualismo acaba tirando espaço para o outro, na medida em que se coloca numa posição de superioridade sobre os demais. E como isso faz mal ao amor! Lembro-me do hino : “Muitas vezes a arrogância, murcha e mata o amor.”

Segundo alguns comentaristas, aquele filho mais moço deve ter ficado impressionado com os relatos que judeus da Diáspora (foi a dispersão dos judeus pelo mundo depois da destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.), que viviam pelo Mundo Antigo, contavam quando vinham a Jerusalém. Coisas que somente na cultura helênica eram permitidas e valorizadas enchiam os olhos e a mente de uma juventude que não tinha muito contato com esse “submundo do entretenimento”. Aquela ilusão foi tão alimentada que esse pecado, sendo concebido (Tg 1.15) gerou separação na própria casa. Aquele filho mais moço se tornou indiferente. Note bem: quando há discussão numa família é sinal de que as pessoas ainda se importam. Quando as discussões cessam é porque a indiferença já tomou conta dos corações. O amor, a essa altura, morreu.
Aquele filho manifestou sua indiferença enterrando sua família em vida. Pedir a sua parte da herança (v.12) era afirmar que sua casa tinha morrido. Já imaginou passar por uma dor dessas?
Fato é que alimentar a alma com coisa que não presta acaba gerando ilusões. No caso do filho pródigo, criou nele o desejo de amar o que não devia ser amado, e desprezar aquilo que não podia ser rejeitado. E aquele rapaz foi descobrir na pele que nem todo desejo sacia; alguns, na verdade, matam de fome! E fez isso de forma humilhante: foi apascentar porcos. Para um judeu, apascentar porcos era uma espécie de estágio final da vida. Ele tinha sido indiferente com seu pai e agora recebia a indiferença dos “seus amigos”.
Poucas coisas danificam e destroem mais o amor que a ameaça de abrir a porta. Por isso não apague o amor jogando sobre ele água com a ameaça de abrir a porta. Mesmo porque a parábola do filho pródigo mostra que por pior que estejam as relações familiares é melhor tolerar o “mau cheiro por algum tempo” do que encarar a morte lá fora (Gn 6). Em outras palavras: vale a pena lutar pela reversão dessa situação difícil. Dentro da casa, o Pai está com você. Por isso, sair não é a melhor opção.
2. O desejo de fechar a porta da casa do pai (vv.25-29)
Agora passamos a focar o irmão mais velho. Para alguns ele parece ser um protótipo de vida santa e íntegra. Um modelo a ser imitado. Mas, na realidade, ele era tão mau ou pior que seu irmão pródigo, pela sua avareza.
O avarento é fechado por natureza. Não consegue se abrir para os outros, nem tampouco abrir o que tem. É incapaz de dizer o que o incomoda, assim como é incapaz de agir para transformar o incômodo. O texto mostra que o irmão mais velho não estava muito feliz. Se o pai transbordava amor, ele como avarento que era mantinha a cisterna tampada, impedindo de receber e viver esse amor.
Ele se via como um escravo. A palavra que ele usa (v.29) é o grego doulos, que significa servo ou escravo. Ora, como um filho pode se achar na condição de um escravo? Ainda mais tendo um pai tão amoroso? Muito envolvimento com a “fazenda”, com a obra do pai e pouco envolvimento com ele... Tornou-se, então, uma pessoa pesada, enfastiada e dessa feita desprovido de qualquer interação.
Se ele pudesse fecharia a porta da casa do pai. Transformaria o ambiente onde estava num prolongamento do seu estado de alma: completamente fechado. E o amor é incompatível com o lacre, com o confinamento. Amor oferece as sandálias (v.22) para aquele que volta. Sabe o que significava calçar os pés? Era dizer que aquele filho que voltava era livre para ir embora caso desejasse.
Naquele momento aquele irmão mais velho estava sendo um extintor sobre a ambiência familiar. Ele não usa a palavra irmão. Cita o mais novo como um qualquer. É incrível que na parábola somente o pai e os empregados usem o termo irmão. Isso mostra que entre eles dois (pródigo e mais velho) havia tal separação e dissensão que praticamente não se consideravam irmãos. Quem sabe até esse não tenha sido um dos motivos do retardo da volta para casa do filho pródigo... Quem sabe não fora esse o motivo de ele querer ser tratado como a um empregado, como se tivesse ciência prévia de que seu irmão mais velho não o acolheria? Será que existe alguém para quem você precisa mostrar amor?
O amor abre-se para o novo. Ainda que sejam novidades que surjam em antigos relacionamentos. Onde há amor há acolhimento, hospitalidade. Onde há amor Deus é percebido e o Diabo, envergonhado. Aliás, a maior forma de envergonhar o inimigo é viver a essência de Deus: amar. Abrir a porta para acolher incendeia o amor. Fechar a porta para banir, extingue-o.
Se alguém de sua casa (família ou igreja) errou, não feche a porta. Não haja com presunção, julgando peremptoriamente. O irmão mais velho nem vira ou ouvira seu irmão mais novo e já havia um pesado juízo em sua boca. Seja manso (Gl 6.1,2), exerça a misericórdia. Lembre-se: famílias e igrejas que amam têm a cara de Deus.
3. O desejo de não passar pela porta do pai (vv.17,26)
Mas talvez a coisa mais chocante dessa parábola seja a figura dos empregados. Estamos falando de um Pai que era extremamente amoroso. De alguém que exalava amor. Por que aqueles empregados não ousaram, pedindo a filiação também? Um “empregado” acabara de se tornar filho...
Cabe aqui ressaltar a figura do servo e do trabalhador naquele tempo. E para isso vou evocar uma figura do Brasil Imperial, que era o trabalho escravo e imigrante. Qual era a diferença entre os dois? Era basicamente a assiduidade, a perpetuidade. O escravo do Brasil Imperial, assim como o servo dos tempos de Jesus era alguém cuja vida pertencia ao seu Senhor. Por isso o servo trabalhava sempre na casa do pai, do seu senhor. Já o trabalhador era como o imigrante: vinha para a colheita como por uma temporada. Era gente que estava atrás da bênção do pão (v.17).
Não é assim que acontece com muitos? Gente que convive com famílias mas que não se deixa ser transformada em filhos. Filhos que foram adotados, amados, desejados, mas que pelo fato de não serem legítimos, recusam essa filiação.
O que não dizer de gente que anda sempre perto da família de Deus? Gente que circula pela casa, que usufrui do pão (Palavra), mas que não ousa pedir a filiação? Reconhece até que Deus é amor, porém sua atitude aciona o extintor. Será que esse é o seu caso?
Conclusão
Na parábola do filho pródigo só há um exemplo a ser seguido: o do pai. Pai que restaurou a dignidade (roupas novas), a autoridade (anel), e a liberdade (alparcas nos pés) do filho mais novo. Guarde bem isso: a justiça própria afasta e até mata (At 7). O amor restaura. E não é obra de esteticista. É restauração profunda.
Esse pai aguardava ansiosamente a volta do filho a ponto de esperar e olhar todo dia para a porteira da fazenda. Por isso que ele avistou seu filho ainda longe e correu até ele (v.20). Pai que se lança ao pescoço de um filho, num ato de humilhação para aquele tempo. Mas quem está preocupado com humilhação quando se ama intensamente?
A grande verdade é que Deus se humilhou (Fp 2.5-13) por amar você! Ele foi e ainda é mal interpretado por muitos por conta desse ato. Mas o que importa agora é que resposta você dará a esse amor.
Quero terminar dizendo que para aqueles que aceitam está reservada uma experiência única: a de sentir Deus correndo em sua direção e se atirando ao seu pescoço! Você quer isso?


Leitura Diária

segunda-feira ...1Jo 2.15-17
terça-feira ...Tg 4.4-10
quarta-feira ...Hb 6.4-12
quinta-feira ...Hb 10.19-39
sexta-feira ...Jo 3.1-21
sábado ...1Co 13.1-13
domingo ...Lc 15.11-32

Pastoral


Dezembro é Especial.
Dezembro não é um mês qualquer. Em dezembro, alguns trabalham mais que nos outros meses, não importa que estejam cansados.
Em dezembro, alguns alternam períodos de atividade e descanso, sobretudo os
estudantes.Em dezembro, alguns se arrastam para o ano seguinte, como se a virada do calendário virasse a vida.Em dezembro, alguns se agitam, passando seus dias e noites entre compras e agitações.Em dezembro, alguns ficam alegres, ao ritmo das luzes natalinas nos prédios, enquanto outros perdem qualquer motivo para saírem de casa, tomados por tristeza que não sabem explicar.Em dezembro, alguns pensam em Jesus, cujo nascimento é anunciado por sinfônicas vozes.Em dezembro, alguns fazem uma avaliação do ano, pondo na caderneta de crédito/débito o que fizeram e o que não conseguiram realizar.Então, se for trabalhar mais em dezembro, não faça do seu trabalho um ídolo. Trabalho é o que é: trabalho.Se for descansar, não se canse.Se for olhar para o próximo ano, lembre-se que o próximo ano pode chegar e terminar igual ao de agora. As mudanças não são automáticas, mas resultado de desejo, decisão, dedicação, disciplina e dignidade.
Se for se agitar, tenha em mente que a vida não é uma festa constante.Se for ficar alegre, não procure o prazer que seja fugaz e, se for fugaz, que não deixe consequências das quais venha a se arrepender.Se for ficar triste, pergunte se há motivo para a tristeza, que, quase sempre, é filha da comparação. Neste caso, não compare suas alegrias com as alegrias dos outros, seus presentes com os presentes dos outros, seus sucessos com os sucessos dos outros, alegrias essas, presentes esses e sucessos esses que você sequer sabe se são reais, embora possam ser. Se for pensar em Jesus, abra o Novo Testamento e desça ao fundo de suas páginas,para ser renovado com o retrato que sua própria leitura vai revelar.Se for fazer uma avaliação do ano, não pense no próximo ano, mas nos próximos cinco anos.
(Texto Extraído Pr.Israel Belo de Azevedo)

E acrescento, com todo respeito ao texto do querido Pr.Israel, que o mês de Dezembro é especial também, por ser o mês que assumi o pastoreado aqui na IBEC. São 2 anos de descobertas, limitações, comunhão, amor e sonhos!
A maioria dos fazendeiros diz que onde se planta é quase tão importante quanto o que se planta. Uma semente tem potencial, mas, se for plantada em solo ruim, não vingará. Em Mateus13:20-23 vemos que os solos da parábola de Jesus representam diferentes tipos de vida.O salmo 37.3-5 nos desafia a confiarmos no Senhor. Como o nosso tempo de vida é limitado, precisamos permanecer dentro da vontade de Deus, confiando, deleitando-nos e entregando-nos ao caminho divino. Ele é o único que pode reconstruir nossa vida e redirecionar nossa vontade quando ela colidir com a dele.
Todos nós temos talentos. Sim, todos nós! Você tem técnicas e habilidades que podem
mudar a vida de outras pessoas se você as colocar em prática. Não importa quanto tempo tenhamos para viver juntos, ele será apenas alguns segundos comparados com a eternidade. Nossa vida só tem sentido se entendemos que é uma preparação
para a eternidade. Por isso precisamos investir tempo no que é eterno e não temporário.
Quero dizer a você, amado irmão e amada irmã que precisamos nos unir nesta nova caminhada que se inicia, já passamos da experiência, das apresentações, agora é hora de juntos, unidos usarmos nossos talentos e dons na Obra do Senhor e assim colhermos frutos saudáveis. Nosso objetivo maior, ser uma igreja que adore a Deus,
que se interesse pela inclusão de vidas no Reino, que integre as pessoas num convívio sadio pela prática de atos familiares, sociais e espirituais que satisfaçam a vontade de Deus. Amo vocês e que possamos ter prazer em fazer a vontade de Deus sempre! Juntos avançaremos!!!! Parabéns a todos!! Com fé, Pr. Rangel

2º ano do pastor Rangel na IBEC

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