quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

EVANGELIZAÇÃO, UM COMPROMISSO PESSOAL

Sentir e colocar em prática a responsabilidade de compartilhar o evangelho foram fatores para o crescimento do cristianismo no primeiro século. É preciso reascender essa responsabilidade, compromisso e privilégio. Muitas vezes essa tarefa é desenvolvida pelos “profissionais do evangelismo”. Os crentes precisam pedir a Deus que avive esse compromisso. A nossa missão evangelizadora começa onde estou e como estou (Atos 1.8). Quantas vezes ficamos numa atitude contemplativa e outras vezes murmuramos diante de circunstâncias sociais, políticas e econômicas desfavoráveis e esquecemos que temos que agir hoje e agora. Não há tempo para esperar por coisas melhores para então agirmos. “Quem fica observando o vento não plantará, e quem fica olhando para as nuvens não colherá” (Eclesiastes 11.4). Paulo disse: “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho” (1Coríntios 9.16). Ele tinha enorme consciência de sua responsabilidade pessoal e usa uma expressão que tem o sentido de obrigação e punição. Aqui de maneira mais clara tem o sentido de obrigação, porque pregar o evangelho precisa ser um ato de obediência. “Pois sobre mim pesa essa obrigação” (1Coríntios 9.16). O crente não pode deixar de falar de Cristo. Esse foi o entendimento e decisão dos apóstolos. “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4.20) Quais são as palavras que mais saem da sua boca? São palavras de irritação, palavras ditas só por falar, palavras que ridicularizam e comentários desastrosos? Ou sua boca fala do amor de Deus e da salvação em Cristo Jesus?
Vejamos o exemplo de Filipe para compreendermos um pouco sobre esse nosso compromisso pessoal e o que ele envolve. Filipe pode ser uma motivação a todos nós. Quem era Filipe? Um evangelista (Atos 21.8). Não confundir com o apóstolo. Junto com Estêvão, era um dos sete “homens acreditados, cheios de espírito e de sabedoria”, escolhidos para a distribuição de alimentos entre as viúvas cristãs em Jerusalém (Atos 6.1-6).
Quando houve grande perseguição em Jerusalém ele foi para Samaria e ali proclamou o evangelho. Foi levado pelo Espírito Santo à estrada de Gaza para falar com o etíope e depois viajou para Azoto e Cesaréia. Era comprometido pessoalmente com o evangelismo. É um exemplo.

1. O COMPROMISSO PESSOAL É RESULTADO DE OBEDIÊNCIA (vv. 26,27)
“E o anjo do SENHOR falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi...”.
O mundo moderno vive muitos tipos de crise. Creio que podemos incluir a crise da obediência. Hoje as pessoas estão transgredindo tudo aquilo a que precisan obedecer. Filhos não obedecem aos pais, alunos não ouvem seus professores. Cidadãos que não obedecem às leis e regulamentos. Essa crise de obediência não pode, de maneira alguma, afetar nosso compromisso de falar de Cristo. Somos chamados para essa tarefa. O que é obedecer? É seguir um comando. É seguir um desejo de alguém. É submeter-se à vontade de alguém para cumprir algo. A obediência, portanto, é uma atitude do coração, da alma e da mente em direção a uma autoridade maior, superior, no nosso caso o nosso Deus. Isso é feito de coração sem nenhum legalismo farisaico, religioso ou tradicionalista, porque o legalismo coloca a ordem acima da autoridade. No nosso caso a autoridade está acima e por isso obedecemos. A ordem vem de Deus.

2. O COMPROMISSO PESSOAL É RESULTADO DE SENSIBILIDADE (vv. 29,30)
O que é sensibilidade senão a tendência inata do homem para se deixar levar pelos afetos ou sentimentos de compaixão e ternura? É capacidade de ver mais do que com os olhos físicos, é ver com os olhos espirituais as coisas que o cercam. “E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te e este carro”. O Espírito disse, mas Filipe teve a sensibilidade de ouvir. Antigamente Deus falava de várias maneiras (Hebreus 1.1). Hoje Deus fala por intermédio de sua Palavra, que é testemunha da vida de Jesus, revelação completa de Deus. Jesus disse: “Quem vê a mim vê o Pai” (João 14.9). A grande questão aqui não está no mérito indiscutível de Deus falar. O Espírito falou. A questão nobre e destacável foi o fato de Filipe ter entendido que era Deus quem lhe dirigia o comando. Somente vidas sensíveis e perceptíveis à voz do Senhor a identificam. É preciso ter sensibilidade para ver as circunstâncias e necessidades de forma diferente da comum. É preciso acompanhar os acontecimentos de tal forma que esses sejam admitidos como oportunidades de testemunhar. O compromisso pessoal com a obra missionária e evangelística se desenvolve e se firma quando há sensibilidade espiritual em nós. Aí iremos nos achegar às pessoas.
3. O COMPROMISSO PESSOAL É RESULTADO DE PREPARO (vv.30-36)
Compromisso exige preparo e dos bons. Fazer a obra sem preparo é querer acertar na fatalidade. Desejar fazer, querer fazer, buscar fazer sem preparo é como ter apetite e não saber comer.
O texto ensina que Filipe era preparado para a tarefa e por isso não hesitou em seu compromisso de obediência. Ele identificou que o texto lido pelo eunuco era do profeta Isaías e de imediato foi ao âmago da questão. Disse: “Entendes tu o que lês”. Não basta ler, não basta saber textos de cor, é preciso entender o que se lê. O grande problema hoje no lidar com as Escrituras é a questão hermenêutica. Há pobreza de conhecimento na interpretação de textos. Não se sabe aplicar princípios de interpretação, não se sabe diferenciar tipos de literatura bíblica (poética, profética, histórica etc). Interpretam parábolas como se interpretam narrativas e aí por diante. É preciso preparo para que o nosso compromisso se torne eficaz. Filipe era um evangelista preparado. Soube interpretar Isaías 53 como sendo uma profecia sobre Jesus e seu sacrifício vicário e expiatório na cruz do Calvário.

4. O COMPROMISSO PESSOAL É RESULTADO DE APLICAÇÃO CORRETA SOBRE A FÉ (v. 37)
O evangelista precisa ter um compromisso pessoal de conduzir uma pessoa a Cristo e ensinar-lhe toda verdade de Deus. Filipe foi um perito espiritual no assunto. “lícito, se crês de todo o coração. E respondendo ele disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Levar a pessoa a crer. Esclarecer sobre a fé faz parte do nosso compromisso pessoal com a evangelização. Há muita gente apegada a fé temporal. Crendo em Cristo apenas para esta vida aqui. Isto é tornar-se o mais infeliz de todos os pecadores (1Coríntios 15.19). Alguns buscam a Cristo apenas com uma fé intelectual. Um assentimento, uma anuência, uma aprovação sobre as coisas de Deus. É admitir que Deus é bom, que Deus existe, etc., mas sem ter nenhum compromisso de entrega subjetiva e objetiva a Jesus. É preciso fazer uma aplicação correta sobre a fé, a fé salvadora, quando alguém transfere para Jesus a sua confiança de vida eterna.

PARA PENSAR E AGIR
Um menino pescava junto a um rio quando um grupo de adolescentes chegou com varas, molinetes e iscas especiais. Logo que chegaram, eles entraram na água, refrescaram-se, um empurrou o outro, riram muito e lançaram suas linhas de pescar, rebobinando e lançando novamente várias vezes, mas não conseguiram pegar nada. O menino, sentado com sua vara de pescar preparada de um galho de árvore, a tudo assistia com atenção. De vez em quando ele fisgava um peixe. Um dos outros meninos, finalmente, perguntou: "Como você consegue isto? Nós temos iscas especiais e não conseguimos pescar nenhum peixe!". O menino, levantando os olhos, respondeu: "Eu estou pescando porque preciso do peixe. Vocês estão apenas brincando".
Quem sabe esteja faltando um pouco mais de concentração e seriedade em nosso trabalho de evangelização.
Amados, não podemos brincar de pescar, não é verdade? A obra missionária e da evangelização não pode ser uma brincadeira, um lazer, uma aventura. É preciso muita seriedade nessa luta intensa de tirar, para a maravilhosa luz de Cristo Jesus, pessoas que estão caminhando para a perdição.


LEITURAS DIÁRIAS

segunda ...Atos 8.29-31
terça ...Atos 8.32-35
quarta ...Atos 8.36-38
quinta ...Atos 4.20
sexta ...Eclesiastes 11.4
sábado ...1Coríntios 9.16
domingo ...Atos 4.20

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Passa de 660 o número de mortos na região serrana do Rio



O número de mortos por causa da catástrofe que arrasou a região serrana chegou a 668 no fim da tarde desta segunda-feira (17). A informação foi passada pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil e pelas prefeituras das cidades atingidas.

Nova Friburgo continua sendo a região mais afetada, com 308 mortos. Em Teresópolis foram encontrados 276 corpos, em Petrópolis 58 e em Sumidouro 20. A Defesa Civil não confirmou, mas a Prefeitura de São José do Vale do Rio Preto informou que seis pessoas morreram no município.

O número de desalojados e desabrigados também assusta. Em Petrópolis são 6.400; em Nova Friburgo, 5.190; em Teresópolis, 3.000; e em Sumidouro, 500.

Outros municípios, como Areal e São José do Vale do Rio Preto, também sofreram com as chuvas, embora não haja um número oficial de desabrigados e desalojados.

Tragédia das chuvas

O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.

No final da noite desta sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais) e voluntários, também estão ajudando e recebem doações.

Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) são enterrados em covas improvisadas. Hospitais estão lotados de feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes.

Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado.

- Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.
Fonte R7

A MENSAGEM MISSIONÁRIA

Texto Bíblico: Atos 13.26-52


O que pregar é tão importante quanto como e a quem pregar. Mensagem é uma notícia. No caso aqui são as Boas-Novas. O evangelho de Jesus Cristo. A obra missionária tem uma mensagem para ser dita e vivida. A mensagem missionária há de ser a mensagem da Palavra de Deus. A Palavra é a expressão que resume a essência da revelação divina para o homem. Atos 13.49 diz: “E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região”. A igreja que se propõe fazer missões tem compromisso com esta mensagem. Esse compromisso pressupõe compromisso de vida e experiência com o que se vai dizer e antes de tudo compromisso com quem anunciou e encarnou o verbo, Jesus Cristo.

1. É A MENSAGEM QUE EXALTA A SOBERANIA DE DEUS (vv.26,29, 33,36)

Uma boa filosofia de história é que Deus dirige a história; não determina, mas pode intervir na história. Dessa forma Paulo dá o seu testemunho no anúncio da mensagem diante dos judeus no início de sua caminhada missionária. Ele cita e assim deixa claro que os acontecimentos de Jerusalém eram frutos da soberania do Senhor Deus. O apóstolo fala dos patriarcas, menciona os profetas, cita a doação de um rei para mostrar que o Senhor estava e continua no controle de tudo. Todo acontecimento no entendimento paulino era resultado da soberania de Deus. Tudo ocorria para o cumprimento das Escrituras: “Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito...” (v.29). Nada pode frustrar os desígnios do Criador. Deus é soberano.
A mensagem missionária precisa ser essa, não na contramão da história, mas com uma leitura lúcida mesmo quando tudo parece perdido e inaceitável. Mesmo quando os parâmetros sejam diferentes dos nossos. Deus é sempre Senhor de tudo e de todos.
O missionário e a igreja de Jesus estão precisando saber ler a história tendo como ponto central e nevrálgico a soberania de Deus.

2. É A MENSAGEM QUE PROCLAMA A SALVAÇÃO DADA POR DEUS (vv. 26,30,32,37,39)
A obra missionária existe por causa da mensagem cruz de Cristo e em função dela. A religiosidade humana por mais importante e significativa que possa ser para a vida humana no que tange a sua identificação transcendente, torna-se oca, vazia sem a mensagem da cruz.
É nela que a igreja e a obra missionária se firmam, se fundamentam e subsistem. A mensagem proclamada de salvação dada por Deus é importante porque nela há de forma mística e real ao mesmo tempo a identificação com o sofrimento de Cristo. A igreja como corpo de Cristo vive a encarnação do evangelho num contexto conflitivo. Estamos, mas não somos do mundo. Este contexto conflitivo traz dor e sofrimento. A Cruz é uma mensagem de dor e sofrimento, o que é vivenciado pela igreja e proclamado por missões.
A mensagem de salvação é importante para a igreja porque nela está presente a mensagem terapêutica de Deus, disponível a todos, que é o perdão. Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Mesmo a maior e mais profunda ignorância espiritual e suas consequências precisam do afago e eficácia do perdão. Essa mensagem realça que o perdão é algo necessário, mesmo não sendo merecido. O perdão presente nessa mensagem proclamada na obra missionária é dispensado não no merecimento do infrator, mas em sua necessidade. Perdoa-se porque se precisa do perdão e não porque se merece o perdão. Esse é um aspecto da mensagem que em missões está comprometido, mas que a igreja tem estado longe de compreender e praticar. A igreja põe em prática essa mensagem quando vive na condição de uma comunidade terapêutica no Reino de Cristo, aplicando de forma eficiente e eficaz o mistério do perdão revelado na Cruz.
Atrelado a esse aspecto do perdão está presente o conhecimento missionário sobre o que é e o que significa a ignorância espiritual. A cruz, nas palavras de Jesus, evidencia isso. Muito mais do que a consciência dos fatos, das atitudes, é a consciência psicológica e espiritual desses atos. Jesus ensina isso, indo além, ao dizer: “porque não sabem o que fazem”. Eles não tinham consciência real daquela participação vergonhosa e de suas consequências, mesmo assim precisavam da aplicação do perdão, ainda que, repito, não merecendo. Entendemos que a aplicação do perdão abre os horizontes para entendermos que de fato somos e o que de fato cometemos. O perdão além de remover o erro, ao mesmo tempo, o faz latente e compreensível em sua maior extensão. A igreja missionária precisa saber lidar, trabalhar com a ignorância humana quanto à fé e a revelação de Deus. Missões trabalha em busca dos que ignoram as coisas do Senhor. Somente quando a igreja está bem identificada com a mensagem da cruz é que isso é possível, porque trabalhamos em busca dos que não conhecem as coisas de Deus, o homem natural.
Precisam de Deus, mas não conhecem a Deus. Precisam de Deus, mas não reconhecem as coisas de Deus. Precisam de Deus, mas são ignorantes sobre Deus, por isso a mensagem do perdão precisa ser a aplicação inconfundível por quem deseja cumprir a missão terapêutica.

3. É A MENSAGEM QUE REQUER UMA RESPOSTA A DEUS (vv. 42,43, 48,50)

Qual foi a resposta daqueles que ouviram a mensagem? Aqui está presente o livre-arbítrio diante da mensagem que salva. Os judeus aqui neste caso rejeitaram, mas os gentios receberam a Palavra de Salvação.
O texto diz que os “gentios alegraram-se e glorificavam a Palavra do Senhor e creram”.
A resposta à mensagem missionária é individual, pessoal e passa pelo aspecto decisivo. O homem pode escolher vida eterna como pode rejeitar vida eterna. Não façamos, porém, da rejeição de alguns o ponto final de nossa tarefa. Deus deseja que todos venham ao conhecimento da verdade (1Timóteo 2.4). Enquanto houver vida e oportunidade, falemos de Cristo. O que rejeita hoje é o que aceita amanhã. Mas o texto ensina que existe a liberdade de escolha. Jesus mesmo disse que seria uma escolha. Seria para quem quisesse (Mateus 16.24).
Vivemos um tempo missionário em que se glorifica o homem, as pessoas, o planejamento, o promotor, o divulgador e não a Palavra. O circunstancial é adornado, badalado e evidenciado. Placas comemorativas pra lá e pra cá. Homens exaltados de forma exacerbada. Os gentios em sua resposta a uma mensagem fiel foram fiéis e num ato de fé e alegria destacaram a mensagem recebida e não o mensageiro. Vivemos uma época do personalismo na pregação. O bom pregador é aquele faz alguém rir, que domina as técnicas de comunicação e que quando tudo termina o auditório se lembra mais do pregador do que a mensagem. Lembra-se mais das “piadas” do que do texto bíblico. Decide-se mais por querer voltar para ouvir o pregador, do que por seguir a Jesus. Nada contra as técnicas e boa comunicação, mas essas não podem exceder a mensagem. Aplica-se aqui o princípio ensinado por João, que disse: “Importa que Jesus cresça e que eu diminua” (João 3.30). Essa deveria ser a divisa, a oração de todos os que estão comprometidos com a mensagem missionária. Quando isso ocorre essa palavra é divulgada por todo lugar. A palavra missionária, a mensagem missionária é mais importante do que o pregador missionário.

PARA PENSAR E AGIR
A pregação da palavra traz alegria ao coração do missionário. A nossa grande alegria está no fato de sermos fiéis a esta Palavra, que é única. Gentios creram, aceitaram, abriram o coração em resposta, outros, porém, especificamente judeus, rejeitaram e perseguiram Paulo e Barnabé, mas os discípulos experimentaram intensa alegria e vida plena do Espírito.
A mensagem precisa dar alegria. Obediência e fidelidade a essa mensagem deve ser motivo de alegria. Quando há ou quando não há aceitação do evangelho, nada pode mudar a alegria em sermos fiéis.
Se você tem testemunhado, pregado, falado de Cristo e o tempo passa e tem havido aceitação, alegre-se. Mas se o caso é inverso, alegre-se também. Sua fidelidade a esta mensagem trará sempre alegria transbordante.

LEITURAS DIÁRIAS
segunda ...Atos 13. 26-28
terça ...Atos 13. 29-31
quarta ...Atos 13. 32-37
quinta ...Atos 13. 38-41
sexta ...Atos 13. 42-43
sábado ...Atos 13. 44-49
domingo ...Atos 13. 50-52

Geólogos comparam enchentes no Brasil a vulcões e terremotos


Diante da falta de planejamento urbano e da ocupação de encostas perigosas, a tragédia em curso na serra fluminense tende a se repetir em outras áreas, advertem especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Moradores de Teresópolis caminham por rua coberta de lama, ao lado de trator que ajuda na limpeza da região

Eles sugerem a implementação de sistemas de alerta para a população, a desocupação de áreas arriscadas e o planejamento urbano de longo prazo. E, ainda, que as chuvas recebam do Estado brasileiro atenção semelhante à que países com atividades sísmicas e vulcânicas dispensam aos desastres naturais.

Sem tudo isso, outras áreas de risco em todo o País – como encostas de solo raso sobre grandes blocos rochosos, sem rede de esgoto e galerias pluviais – podem sofrer, em verões futuros, o sofrido nos últimos anos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. “A prevenção aqui tem que ser semelhante à de terremotos no Chile e a de vulcões no Japão”, opina o geólogo Marcelo Motta, professor da PUC-RJ. “É preciso que haja continuidade aos planos de mapeamento de risco, remoção das pessoas que vivem em áreas perigosas, planejamento da ocupação urbana e execução desse planejamento”.

Motta, que está participando das vistorias das regiões afetadas pelas chuvas recentes na serra fluminense, diz que há populações vivendo em áreas perigosas nas áreas sul, centro e norte da região serrana do Rio. “(Áreas montanhosas) são como uma manteiga derretida. São perigosas, mesmo com florestas. Em áreas assim, não adianta dizer ‘moro aqui há 40 anos e nunca aconteceu nada’, porque o perigo existe”, diz.

“A impressão é que repetimos a mesma fita (de tragédias) todos os anos”, diz o geólogo Antonio Guerra, da UFRJ, que também fez estudos na serra fluminense. “Mas falta vontade política para colocar em prática os conhecimentos da academia”. Ele opina que não é necessário remover a população de todas as encostas do país. Mas, a partir do mapeamento feito nos municípios, é preciso tirar as pessoas das áreas consideradas de alto risco.

Em geral, diz Guerra, essas áreas têm “solo de pouca profundidade, em cima de blocos rochosos (que podem deslizar). E muitas dessas encostas não têm galerias pluviais e rede de esgoto”. Ou seja, a água de uso humano é depositada no próprio solo, que depois fica saturado com as chuvas. Nesse cenário, o deslizamento é quase certo.

Sistemas de alerta
Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Coppe-RJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ), defende a criação de sistemas de alerta para avisar populações em áreas de enxurradas. Ele sugere alertas sonoros, conectados por fiação própria, que avisariam os habitantes para a iminência de temporais e deslizamentos. “Isso não é feito da noite para o dia, mas tem que começar. E é preciso aliar isso à detecção de temporais, com mais radares meteorológicos”, diz o diretor do Coppe, instituição que, a pedido do governo Lula, sugeriu formas de prevenção de desastres em Santa Catarina após as enchentes de 2008.

Mas o sistema de alerta, por si só, não resolveria o problema em zonas de alto risco, opina ele. “Para construções em encostas, não há alerta que resolva. Essas construções são derivadas da cultura brasileira de que ‘comigo nunca vai acontecer nada’”.

Antonio Guerra, que fez um projeto piloto de alerta para um bairro de Petrópolis, sob encomenda estatal, estima que alertas adaptados às necessidades de cada município custariam ao redor de R$ 1 milhão, por meio de convênios com universidades, e poderiam ser preparados em até dois anos. “É um custo muito menor do que o das verbas liberadas para o atendimento de emergência”.

Mapas de risco
Apesar de alguns dos municípios serranos fluminenses terem planos de identificação de risco desde 2007, as imagens da tragédia mostravam “a ocupação humana em áreas de escoamento”, diz Elson Antonio do Nascimento, professor de engenharia civil da Universidade Federal Fluminense (UFF) que trabalha com planos de áreas de risco e encostas.

“Mas não vemos mobilização estratégica, de longo prazo. Os municípios têm planos municipais, mas não os implementam. As iniciativas se diluem”, opina. Para Pinguelli Rosa, “muitas vezes os moradores não são avisados de que um plano identificou que eles estão em área de risco. É preciso fazer as informações chegarem à população”.

Chuvas na região serrana
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Editorial " O que você está construindo?"

A construção civil é o setor da economia mais aquecido do
momento. É cada vez maior o número de obras por todo país.
Mas o objetivo deste texto não é falar desse mercado. Quero
comparar a nossa vida a uma grande obra, onde temos um
papel fundamental: Construir.
Para se construir qualquer coisa, primeiramente é necessário um projeto. Qual é o objetivo dessa obra? Precisamos
acordar já sabendo o que temos que construir naquele dia.
Mas ter um projeto apenas, não basta. Pra que ele saia do
papel, alguns materiais são indispensáveis.
O cimento é o amor que fixa e une. Ele é imprescindível desde o alicerce até o acabamento. Sem o amor, nada pode ser construído.
O ferro é a fé que sustenta toda estrutura. Sem ela as paredes não são capazes de
suportar a força do vento e podem facilmente desabar.
O tijolo é a paciência. São necessários muitos blocos para levantar a obra, porém eles
não podem ser colocados todos de uma vez. É preciso um por um. Com a paciência você
entende que a vida é construída em etapas, dia após dia.
A alegria é a tinta. Não importa se a obra é grande e imponente, sem a pintura tudo fica
feio, sem graça. A alegria realça, renova e destaca.
A sua obra ainda não começou ou está parada porque lhe falta algum desses materiais?
Então é hora de recorrer ao grande Engenheiro, Jesus Cristo. Ele tem o projeto certo pra você e vai te indicar onde encontrar o amor, a fé, a paciência e a alegria. O engenheiro o mostra o que fazer, porém cabe a você construir.
Paz e sucesso! (Fonte: www.lagoinha.com)

MOTIVAÇÕES TEOLÓGICAS PARA A OBRA MISSIONÁRIA


A obra missionária em sua essência e dimensão, bem como sua natureza e alcance, precisa ser entendida à luz de conceitos bíblicos e motivações teológicas para que no dinamismo do cumprimento de nossa tarefa possa haver uma sintonia do coração que obedece com o coração que manda. Estaremos prontos a obedecer na condição de servos ao mandado do Senhor absoluto quando essa obra tiver o crivo teológico, que é dimensão bíblica dessa tarefa. A obra missionária não se faz apenas com o coração, com sentimento, com ardor e vibração. Todo esse sentimento necessário não pode ser ímpar.
O apóstolo Paulo, o grande missionário do primeiro século e que deixou exemplo de vida e ensino para as igrejas de todos os tempos, nos faz entender mais e melhor as motivações teológicas para essa nobre tarefa. Vejamos, pois, o que diz o texto bíblico em foco.

1. ASPECTO ANTROPOLÓGICO DA MISSÃO (vv. 1,2,3,11,12)
Fazer missões passa pelo desafio de nossa compreensão a respeito da situação do homem sem Deus. Neste texto Paulo primeiramente sonda as profundezas do pessimismo acerca do homem; depois retrata a condição humana; e não está falando de um povo particularmente decadente, ou de um segmento degradado da sociedade, nem mesmo do paganismo extremamente corrupto. É verdade que ele começa com um vós enfático, indicando primeiramente seus leitores gentios da Ásia menor, mas passa rapidamente a escrever: “que todos nós andamos outrora da mesma maneira", assim acrescenta a si mesmo e os demais.
Temos aqui, portanto, o conceito de Paulo acerca de todos os homens sem Deus. Ele diz: “estávamos mortos”. Esta é uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo. A origem dessa condição está nos delitos e pecados. Significa o desvio do caminho do Senhor. É dar um passo falso. Diante de Deus, o homem sem Cristo é tanto rebelde como um fracassado. Está alheio à vida de Deus. Mesmo parecendo estar vivas, diante do cotidiano, por tudo que fazem ou que sucede todos os dias, podemos dizer que tais pessoas, se Cristo não as salvou, estão mortas. Estão cegas para a glória de Cristo Jesus. Não amam a Deus. Uma vida sem Deus, por mais sadia física e mentalmente que seja, é uma morte em vida, e as pessoas que assim vivem estão mortas enquanto vivem. Esse é um grande paradoxo existencial porque pessoas que foram criadas por Deus e para o Senhor, vivem sem Deus. A condição do homem sem Cristo é a de viver escravizado, dominado por uma mentalidade pessoal tomada pela concupiscência da carne, que são os desejos errados da mente, e por atuação demoníaca (príncipe da potestade) que domina este mundo. A Bíblia identifica o diabo como sendo a fonte de tentações sendo ele mesmo um leão e assassino. Paulo diz ainda que o homem sem Cristo não apenas vive escravizado mas também condenado. O pecado faz os maiores estragos na vida do homem.
Para fazermos missões não podemos fechar os nossos olhos para esta realidade deprimente na vida do homem e na sociedade. A situação do homem sem Cristo é assustadora. Se fecharmos os olhos para a realidade da situação do homem sem Cristo e tudo o que isso significa, cairemos no erro de termos uma mensagem missionária descontextualizada do aspecto antropológico.

2. ASPECTO SOTERIOLÓGICO DA MISSÃO (vv. 4-8, 13-18)
Fazer missões passa pelo desafio de nossa compreensão da obra salvadora de Cristo Jesus. Quando Paulo agora diz: Mas Deus... (“mas” é uma conjunção adversativa) essas palavras contrapõem a condição desesperadora da humanidade caída à iniciativa graciosa e ação de Deus. Éramos objeto de sua ira, mas por causa do grande amor com que nos amou teve misericórdia de nós. Agora somos salvos, traz a ideia da ação e suas consequências dessa ação redentora. Há consequências permanentes de Deus salvar o homem. Somos salvos e permaneceremos salvos para sempre. Paulo diz: “Nos deu vida juntamente com Cristo” (v.5). “Juntamente com ele nos ressuscitou” (v. 6a). “Fez-nos assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (v.6b). Paulo então menciona que Deus deu vida, ressuscitou e nos fez assentar. Porque somente o amor e misericórdia podem triunfar sobre o ódio e toda desgraça advinda do pecado. Salvação é mais do que perdão, irmãos. Salvação é libertação da morte, da escravidão. Salvação é remover a culpa que o pecado traz.
A obra missionária é realizada com realeza espiritual quando essa experiência é vivenciada de forma subjetiva, mas que se objetiva quando a compartilhamos. Por isso Paulo diz:” para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (v.7). Precisamos continuar mostrando “a suprema riqueza da graça de Deus”.

3. ASPECTO ECLESIOLÓGICO DA MISSÃO (vv.19-22)
Passa pelo desafio de nossa compreensão o fato de que em Cristo fazemos parte de seu corpo. Trabalhamos para engajarmos vidas no corpo de Cristo, que é a igreja do Deus vivo. O desfecho é maravilhoso, ímpar, porque da condição de perdidas essas vidas passam para a condição de salvas; da condição de criaturas, para serem filhos de Deus; da condição de escravizados, agora para livres, e de condenados, agora justificados. Isso nos insere no corpo de Cristo. Paulo aqui neste texto (vv.19,20) apresenta pelo menos três qualificações exclusivas das pessoas que se beneficiam da salvação oferecida por intermédio da fé em Jesus Cristo. Imaginem então o que a obra missionária, a proclamação do evangelho, proporciona àqueles que se rendem a Cristo.
Leia o verso 19: ”Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos”. Em Cristo somos cidadãos celestiais. O apóstolo Paulo refere-se à cidadania celestial que alcançamos por meio de Jesus. Nos tempos do Novo Testamento a cidadania romana era muito valorizada e garantia status a quem a tivesse por direito de nascimento ou por aquisição mediante compra. Há um episódio na vida de Paulo que magistrados teriam ficado preocupados pelo fato de o terem açoitado, sendo ele cidadão romano (Atos 16.37-39). A cidadania romana deu o direito de Paulo ir ao tribunal de César (Atos 28.10-12). Mas o que é importante enfatizar é que todo direito e condição que uma cidadania possa dar ao homem é algo ínfimo diante dos direitos da cidadania eterna. Paulo diz: “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3.20).
Em Efésios 2.16, Paulo observa que Jesus, ao morrer na cruz, destruiu toda a inimizade, referindo-se à separação que o judaísmo fazia questão de fomentar, entre judeus e gentios. Note no capítulo 3, verso 6, que a mesma temática é abordada – os gentios desfrutam do mesmo status que os judeus na família de Deus, já que a cruz de Cristo, para ambos os povos, é o meio de adentrar esta aliança.
Na família de Deus todos são iguais (Gálatas 3.26-29), não importando origem, condição econômica, sexo ou idade. Louvado seja o Senhor por isso!


PARA PENSAR E AGIR
A teologia missionária é essencial como forma de uma motivação que traz consciência na obra pelo conhecimento que temos da Palavra. A grande motivação para a obra missionária é a Palavra.
Precisamos fazer missões porque o homem sem Cristo está perdido e estará perdido para sempre se morrer nessa condição. Cremos que esta é a condição do homem sem Jesus? Isso nos incomoda? Vamos em busca do pecador.
Somente a salvação em Cristo Jesus muda a condição do homem. Salvação real e genuína, que o livra da condenação do pecado. Não é uma reforma política e social, nem mesmo educacional ou psicológica, é o novo nascimento em Cristo. Firmemos esta convicção em nossa vida para que possamos proclamar essa única solução de vida.
Vivamos uma motivação missionária oferecendo uma nova posição para os pedidos arrependidos. Trazê-los para a família de Deus deve ser um fator motivacional.

LEITURAS DIÁRIAS

segunda ...Efésios 2.1-3
terça ...Efésios 2.4,5
quarta ...Efésios 2.6,7
quinta ...Efésios 2.8-10
sexta ...Efésios 2.11,12
sábado ...Efésios 2.12-17
domingo ...Efésios 2.18-22

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Culto 02-01-2011



A CHAMADA MISSIONÁRIA DA IGREJA

Texto bíblico Atos 11 e 13

A obra missionária na vida da igreja primitiva surgiu por parte de uma igreja não judaica. A igreja de Antioquia da Síria nasceu em decorrência da perseguição desencadeada quando do apedrejamento de Estevão em Jerusalém (Atos 7.54-60). Antioquia foi fundada por Seleuco, e em homenagem ao seu pai, que se chamava Antíoco, a cidade recebeu esse nome, por volta do ano 300 antes de Cristo. Antioquia era uma cidade de renome e de grande importância na época. Era a capital da Síria, considerada a terceira cidade em importância no Império Romano. A cidade tinha como marca registrada pelo menos três fortes características, que a faziam mais conhecida ainda: sua riqueza, cultura e imoralidade. Mas Antioquia foi marcada pela presença do evangelho e veio a ser um polo importante na expansão missionária. A igreja surgiu, conforme dados bíblicos, com alguns pormenores. Certo Nicolau deixou o paganismo e passou a fazer parte da sinagoga em Antioquia. Durante a perseguição de Estêvão e após sua morte, vários cristãos subiram até Antioquia, a aproximadamente 500 km de Jerusalém, e ali chegando iniciaram o trabalho de evangelização, ganhando judeus e gregos, e a partir daí o crescimento desse trabalho foi tão grande a ponto de despertar os apóstolos, que enviaram Barnabé até lá para constatar o que estava ocorrendo. Este, vendo a maravilhosa manifestação da graça de Deus, buscou Paulo para atuar ali. O que podemos destacar dessa igreja como sendo o nascente missionário?

1. UMA IGREJA COM VISÃO COOPERATIVA (Atos 11.27-30)
A visão cooperativa em Antioquia é algo que já evidencia o compromisso da igreja com outros. Tem a capacidade de enxergar além da sua fronteira. Não vê apenas o que está dentro de seu arraial, mas consegue ver além. Mostra que seu compromisso está além dos seus compromissos domésticos. “Naquele tempo surgiu grande fome por todo o mundo” (v.28) e então os crentes de Antioquia resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judeia. Resolver é algo que implica decisão. É achar uma solução para algo. A igreja de Antioquia, em se tratando de ajuda, foi determinada, diligente. Somente uma igreja com essa visão cooperativa poderia de fato se tornar um exemplo missionário no primeiro século. Missões requer que tenhamos essa visão. Missões se faz com cooperação, visão do todo e não somente da gente. Missões acontece quando conseguimos ver mais. Quando temos a sensibilidade para socorrer os carentes. Jesus disse, diante de uma imperiosa necessidade detectada: “Dai-lhes vós de comer” (Mateus 14.16). O compromisso de ajudar uma multidão faminta era dos discípulos. Conseguiram o que parecia o mínimo, mas que nas mãos do Senhor Jesus alimentou milhares. Nesse caso, também houve cooperação. André, que foi em busca de solução, o menino que apresentou o seu lanche e após o milagre da multiplicação os discípulos distribuíram o alimento.

2. UMA IGREJA QUE SE DEIXA SER CONDUZIDA PELO SENHOR (Atos 11.21)
A mão do Senhor era com eles. Como é extraordinário quando a igreja é de fato conduzida pelo Senhor. O resultado não poderá ser outro, senão uma igreja missionária. A mão do Senhor estava com eles. O salmista já dizia: “Se não fora o senhor que esteve ao lado” (Salmo 124.1). A mão do Senhor (antropomorfismo na teologia), é a forma humana atribuída a Deus. Costumamos dizer que espírito não tem forma, e Deus é Espírito. A verdade é que não podemos limitar Deus. Não podemos determinar as manifestações de Deus. Usamos, é claro, uma linguagem conhecida por nós para recebermos uma mensagem vinda do Senhor, que comunica com a gente de forma compreensível. Mas Deus tem mais do que mãos, porque o seu agir é tão benevolente e seguro, tão eficaz e gracioso que atinge o que humanamente é inatingível. A sua maneira de agir em nós não circunscreve o exterior e o que é palpável às nossas mãos. A ação de Deus é algo tremendamente místico (não confundir com misticismo). É algo que envolve razão oculta e incompreensível em sua totalidade. A igreja tem essa direção segura e abençoada. É uma condução divina e não humana ainda que usando recursos humanos. E aí entra a sensibilidade dos que a dirigem para saberem discernir bem o que é simplesmente humano e o que é divino com recursos humanos. A igreja conduzida, dirigida pela mão do Senhor é operosa, crente, madura, sensível, capaz, abençoada e abençoadora. É inteligente, segura, fiel. É missionária porque o Senhor sempre com suas mãos conduzirá a sua igreja para o seu coração e quando somos levados pelo Senhor para o seu coração o que vamos encontrar? Amor profundo aos perdidos.

3. UMA IGREJA BEM ENSINADA NOS PRINCÍPIOS DE DEUS (Atos 11. 23,26)
Missões se faz com paixão, com gana, com amor, mas Missões se faz com conhecimento. Não creio que para se fazer missões tenhamos que nos calçar no “pode-se fazer de tudo”. Não cabe a permissividade teológica e doutrinária em função da obra missionária. Alguns dizem e argumentam que a permissividade ocorre em função do amor. Como se fosse verdade a premissa de que quem ama mais conhece menos. A verdade encontrada em Antioquia é o inverso disso. O texto diz que Barnabé “exortava a todos a que com firmeza de coração, permanecessem no Senhor... E por todo um ano, se reuniam naquela igreja e ensinaram numerosa multidão”. A obra missionária de uma igreja requer que todos tenham firmeza. Não se pode plantar a mensagem do evangelho em coração e geograficamente, sem que haja firmeza. É preciso proclamar, ensinar com convicção e fé. Há quem pense que se possa separar a fé da doutrina. Pois é pela doutrina que se avalia se a fé é conhecida. Uma igreja verdadeiramente missionária é aquela que prega, proclama, envia, tem ardor missionário baseado numa fé robusta, segura, inconfundível e que não deixa dúvida em seus ouvintes e convertidos quanto à segurança da Salvação, certeza de vida eterna, méritos exclusivos de Jesus na salvação e tantos outros postulados de nossa fé. Igreja missionária é, portanto, aquela que ama o ensino, ama a Palavra e cresce no conhecimento.

4. UMA IGREJA SENSÍVEL AO CHAMADO MISSIONÁRIO (Atos 13.1-3)
Tudo que anteriormente acontece na vida da igreja não pode ter outro resultado que não este. Uma igreja chamada a sair numa tarefa de testemunhar e ganhar o mundo para Cristo Jesus. Um momento que podemos caracterizar como culminante acontece em Antioquia, quando agora alguns membros daquela igreja são sacados para o contexto do mundo numa ação evangelizadora. É importante dizer que os que agora são enviados já serviam ao Senhor. Isso era algo rotineiro, constante. O texto diz: “E, servindo ao Senhor e jejuando...". Quando temos consciência de que somos servos do Senhor, Ele nos proporciona em sua obra e reino algo mais. O chamado será consequência na vida de quem já serve e se consagra, ou de alguém que tem noção de que precisa servir. Somos servos no reino de Deus. No reino de Deus só existem dois tipos de pessoa. Servos e Senhor. O Senhor é somente Jesus, e nós somos servos. Quando alguém não aceita a condição de servo isso implica a não vinculação ao reino de Deus. Cabe à igreja ter a sensibilidade para saber que a obra missionária é resultado da ação do Espírito Santo. É uma obra espiritual. É uma obra do Espírito na vida da igreja. Cabe à igreja obedecer e separar os vocacionados para a obra missionária. O texto diz: “... Separai-me, agora Barnabé e Saulo...”. Foi obra do Espírito e não vontade simplesmente humana. Não foi fruto da imaginação ou de marketing, mas é o próprio Espírito que conduz a chamada.

PARA PENSAR E AGIR
É muito comum hoje ver igrejas voltadas para dentro delas mesmas. Igrejas cujo programa tem sido voltado apenas para suas realizações domésticas. Esquecem de olhar para os campos que estão brancos para ceifa. Qual tem sido a sua visão missionária? Doméstica ou mundial?
A igreja tem compromisso com a evangelização do mundo e não podemos negligenciar isso.
Urge, neste tempo, que as nossas igrejas se tornem cada dia mais missionárias diante dos desafios mundiais e avanços de religiões descomprometidas com o evangelho.
Deus está chamando as nossas igrejas. Quem tem ouvidos ouça e atenda a esse chamado.
LEITURAS DIÁRIAS
segunda... Atos 11.1-18
terça... Atos 11.19-24
quarta... Atos 11.25-30
quinta... Atos 13.1-3
sexta... Atos 13.4-5
sábado... Atos 13.6-7
domingo... Atos 1.9

Cantata de Natal



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Igreja Batista Ebenézer. Uma igreja que AMA você!