terça-feira, 27 de julho de 2010

Aprenda a esperar no Senhor

Quando nos antecipamos em decidir as coisas, na verdade, estamos imbuídos de uma ansiedade humana que cria uma pequena abertura para a atuação do diabo. E o nosso problema é exatamente esse: reservamos um lugar pequenino em nosso coração para satanás e ele sabe que tem livre acesso ao coração todo. A ansiedade vem a destruir outras áreas na vida de uma pessoa. Por exemplo: ela mexe diretamente com a fé. Quem acha que DEUS está demorando muito para realizar um propósito, de certa maneira condiciona as ações do Espírito Santo em suas vidas. Outro perigo é querer acreditar que DEUS já respondeu as nossas petições sem que isto tenha acontecido verdadeiramente. DEUS responde, como viva voz, ao coração dos seus filhos amados. Quem, como filho nascido do Espírito Santo, ainda não tenha ouvido a voz do PAI? A Bíblia afirma “as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27).

O missionário Jonh Hyder ganhou 100.000 indianos para CRISTO porque agia segundo os propósitos do coração de DEUS e ouvia a Sua voz. E até para almoçar pedia permissão ao PAI. DEUS revela os seus propósitos através também de sonhos, de louvores, na igreja (na pregação e através de outros irmãos); enfim, há uma unicidade naquilo que DEUS responde, seja lá de onde venha. O que não devemos é nos precipitarmos a essa voz, sem queixas e sem murmurações. Esperar pela voz do Senhor é a principal virtude da obediência cristã. Em Salmos 27:14 diz: “Espera no Senhor; sê forte, anima-te, e espera no Senhor”. Também os salmos 37:34 acrescentam: “espera no Senhor; e guarda o seu caminho. Ele te exaltará para herdares a terra (...)”. E dos salmos 40 vem a confirmação: “Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (vers.1). Dessa forma, está mais que provado que aquele que espera alcança todas as promessas de DEUS.

O Senhor nos dá liberdade de agirmos debaixo de Sua soberania; portanto, podemos arbitrariamente decidir os rumos que queremos para a nossa vida. Cuide em obedecer tão somente. Quanto à ansiedade: “Lançai sobre DEUS toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pedro 5:7-8). A ansiedade faz residência na mente, a qual estimula as ações precipitadas. Por isso, eleve seus pensamentos a DEUS. Aprenda a descansar no Senhor. Depois que as ansiedades tiverem saído, o Senhor te dará tudo novo. Todos os cristãos sabem e crêem que DEUS tem o melhor para nós; porém muitos insistem em preferir o que está imediatamente abaixo desse melhor; por exemplo, a direção permissiva de DEUS. A permissão nunca é boa, mas é necessária. Ela é uma forma encontrada por DEUS de fazer com que o homem, impaciente em esperar, descubra-se a si mesmo incapaz de descortinar suas veredas. Como ELE fez com Adelaide. Há muitos crentes se decepcionando, nos templos, até mesmo com pessoas consideradas cristãs. Muitos em relacionamento principalmente. Pecam pela impaciência e por não saber esperar.

DEUS quer do homem a sua total entrega, mas ele só deseja de DEUS alguns cuidados especiais como saúde, trabalho, segurança etc. Na hora de decidir algo, não tem paciência de orar, pedir e esperar. Acha que “está demorando muito” ou “que já está velho demais para esperar”. Assim é no trabalho, na vida sentimental e até na esperança de conversão de muitos. A nossa vida espiritual pode ser destruída por um pequeno detalhe. Olhem para o exemplo de Saul: constituído rei sobre o povo de Israel não teve paciência em esperar 7 dias por Samuel para oferecer holocausto e ofertas pacíficas. Foi orgulhoso, precipitado, mentiroso e dele se afastou o Espírito de DEUS. O seu fim foi um dos mais trágicos das histórias bíblicas. Enfim, a nossa vida pode ser comparada a planta de um grande edifício, cujo desenho arquitetônico foi planejado por DEUS antes da fundação do mundo, no tempo em que ELE considerou necessário.

Quem se atreve a dar um retoque diferente daquele que foi posto por DEUS terá excluído o brilho perfeito da vontade perfeita. Logo a deformidade aparecerá nas paredes. Aquele que já sofreu pela precipitação sabe muito bem do que estou escrevendo. Retire de sua mente todas as expectativas e ouse em apenas sonhar os sonhos de DEUS, ouvindo a Sua voz. Descanse. “Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra, e vive tranqüilo. Deleita-te no Senhor, e ele te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” (Salmos 37:3-5). Amém, Senhor JESUS!!!

8º Aniversário da IBEC

segunda-feira, 26 de julho de 2010

DEUS – AQUELE QUE ESCUTA O AFLITO

Texto Básico: Salmo 116
Estar em momentos de aflição é uma experiência que muitos dos irmãos já passaram, e, com certeza, lembram-se da angústia que essas ocorrências provocam. O estudo de hoje nos reporta a uma experiência dessa natureza na vida do salmista. Seu contexto geral sugere-nos que o salmista tinha passado por grandes tribulações em sua trajetória de vida, mas Deus ouvira seu clamor em meio a toda a aflição. As bênçãos foram grandiosas, de tal forma que o salmista não podia guardar para si o que recebera. Os sentimentos são intensos e toda a congregação de Israel, todo o povo, precisava partilhar do poder do Senhor e aprender que Deus socorre os aflitos, cabendo a estes serem agradecidos, irrompendo em brados de júbilo.
1. A angústia relembrada (vv.1-4)
O salmo começa com uma declaração ímpar de amor a Deus motivada por Ele ter atendido ao apelo urgente do salmista, livrando-o de uma situação que ameaçava até mesmo sua vida (“cordéis de morte me cercaram...” – v.3). O primeiro dever do homem é amar a Deus, e amar é cumprir toda a lei. A aflição vivenciada era tão grande que o salmista não apenas pede ao Senhor de forma displicente, ele clama na confiança de que Iavé ouve, “toma consciência” de sua necessidade e recebe sua oração. O poeta não somente se lembra de uma ocasião passada, como também dela tira segurança duradoura (ele ouviu) e faz uma resolução para durar a vida inteira, no sentido de confiar exclusiva e explicitamente em Deus: “invocá-lo-ei enquanto viver” (v.2).
O quadro presente nos versos 3 e 4 é o mesmo do Salmo 18.4,5, retratando alguém que foi apanhado e preso sem que tivesse como fugir, não alguém que escolheu seu caminho no meio de muitos perigos. A palavra traduzida como “angústias” tem, em outros textos, o significado de “apuros”, como se o salmista estivesse sendo perseguido, caçado pelo sheol que objetivava infligi-lo terror. “Na poesia do Antigo Testamento, a morte e o inferno (sheol) são agressivos, tentando agarrar os vivos para desgastá-los com doenças ou esmagá-los com depressão; assim, também, a triste situação do cantor poderia ter sido uma doença desesperadora ou (como sugere o v.11), uma experiência que fere ou desilude”. O único refúgio diante do violento ataque é o Senhor. As palavras são enfáticas: “então invoquei o nome do Senhor...” (v.4) e indicam a urgência da oração, pois falam de um clamor constante, visto serem repetidas nos versos 13 e 17. Como é bom sabermos que a oração pode intervir limitando o sofrimento humano, pondo fim às suas angústias e pesares, pois podemos experimentar que verdadeiramente “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16).
2. As misericórdias relembradas (vv.5-11)
Aquele que clama tem a alegria de ver a oração respondida e o cenário modificado. Piedade e justiça são atributos divinos (v.5). O poeta se identifica com os simples (v.6), que no hebraico é pethaim, que algumas versões traduzem como “pequeninos”. Não são os egocêntricos, os “espertos”, os sofisticados ou poderosos que se tornam alvo do cuidado divino, mas aqueles que não têm nenhum mérito, os “pequeninos”. Por todo cuidado a ele dispensado, o salmista exclama: “volta, minha alma, a teu repouso” (v.7), ou seja - “fica em descanso de novo, meu coração”. A sequência de agonia e choro é interrompida pela ação divina, revertendo o curso da vida do salmista. Tiago reafirma essa forma de ação divina: “... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg.4.6b). Este conceito vai de encontro à cultura dominante em nossos dias, que exalta os poderosos e adula-os de diversas maneiras, colocando de lado aqueles menos favorecidos. Num mundo assim, tais palavras são confortadoras para todos os desvalidos. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os pobres (simples, humildes) de espírito, porque deles é o reino dos céus” (MT 5.3).
A libertação (ou salvação) de Deus é completa. O poeta relembra a tríplice misericórdia divina (v.8): a alma foi livrada da morte; os olhos foram livrados da tristeza e os pés foram livrados do tropeço. Ele estivera à beira do sepulcro, perto de tombar dentro dele, mas o braço firme de Iavé se estendeu e o trouxe de volta à terra firme. Agora, ele pode “andar na terra dos viventes”, na presença de Deus, numa vereda de paz, testemunhando das misericórdias recebidas. Todos nós, filhos de Deus, podemos esperar isso dele, visto participarmos do seu amor, de sua aliança e de suas promessas. Mêncio, filósofo chinês do séc. III a.C., disse que quando o céu estava prestes a conceder alguma bênção especial a um homem, primeiramente lhe enviava uma provação severa. São dele essas palavras: “a vida origina-se na tristeza”. Mesmo submetido às pressões da vida, o salmista não perdera a fé, não deixara de acreditar na libertação divina. “Sentir-se esmagado ou desiludido, e dizer isto, mesmo nos tons irrestritos do pânico (...) não é prova de que a fé está morta; pode até comprovar sua sobrevivência, assim como a dor é sinal de vida. Na realidade, assim como a dor clama para a cura, a perturbação enfrentada com franqueza clama por Deus”. Tenha sempre isso em mente: Deus jamais fecha os ouvidos ao clamor e à angústia daqueles que o buscam em sinceridade.
3 – A gratidão pelas misericórdias (vv.13-20)
Encontramos nos versos 12-14 a expressão máxima da graça divina e da resposta humana. Como retribuir ao Senhor? “Tomarei o cálice da salvação...” pode se referir a uma libação de vinho vertida em um vaso que ficava sobre o altar, ato concomitante ao sacrifício oferecido a Iavé (cf. Ex 29.40), através do qual o adorador dispunha seu louvor e sua vida. Os votos seriam pagos na presença de todo o povo, servindo assim para testemunhar dos atos misericordiosos de Deus (vv.14,18). O salmista queria que todos participassem de sua gratidão e bendissessem a Deus juntamente com ele, razão pela qual se dispõe a pagar os votos entre a multidão, seja no templo, seja no meio da cidade (v19). Quando somos gratos a Deus estamos testemunhando, pois aqueles que nos cercam contemplam a realidade do cuidado e amparo divinos, sendo Deus glorificado por isso.
A gratidão do servo de Deus não se limita às misericórdias recebidas nesse tempo presente, mas estende-se também àquelas que têm alcance e escopo eternos. O verso 15 é um dos mais citados nos “cultos fúnebres”: “preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”. A palavra traduzida por “preciosa” é Yakar, no hebraico, que significa brilhante, clara, excelente, valiosa, preciosa, custosa. Mas em que sentido a morte pode ser considerada preciosa e extensão da misericórdia do Senhor? Algumas respostas podem ser consideradas: 1. A morte é valiosa quando coroa uma vida de propósito, espiritualidade e dependência de Deus, presenteando a pessoa com o descanso dos labores terrenos (cf. Ap.14.13). 2. A morte é valiosa quando completa uma vida valiosa, pois uma vida vazia e sem propósitos implica uma morte também vazia. 3. A morte é preciosa quando for a porta da vida eterna, pois introduz a alma às riquezas plenas da salvação e da vida eterna. 4. A morte do servo de Deus é preciosa, pois significa o triunfo da vida além da morte biológica, implicando a transformação corpórea para um corpo incorruptível (1Co 15.53,54), transformando a pessoa à imagem e semelhança de Deus (Ef 4.13, 1Jo 3.2).
Para pensar e agir
Todos passamos por problemas de diversas naturezas, que produzem angústia e sofrimento. Não hesite em derramar sua alma diante do Todo-Poderoso. Lembre-se do que diz um de nossos cânticos: “e, apesar dessa glória que tens, tu de importas comigo também”.
Nunca deixe que apenas os problemas e angústias preencham sua mente. Recorde as bênçãos, relembre as graças recebidas, os livramentos e as misericórdias de Deus. “E hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez”.
Preencha seu coração com os louvores a Deus e deixe que seus lábios irrompam em gratidão por todas as misericórdias. Você e eu precisamos aprender a fazer o que cantamos: “te louvarei, não importam as circunstâncias, adorarei somente a ti, Senhor!”.

Leitura Diária

segunda-feira Salmo 4
terça-feira Salmo 6
quarta-feira Isaías 54.7-17
quinta-feira Lamentações 3.18-26
sexta-feira Efésios 2.1-10
sábado Salmo 116.1-12
domingo Salmo 116.13-20

segunda-feira, 19 de julho de 2010

DEUS – AQUELE QUE A TUDO TRANSCENDE

Texto Básico: Salmo 139
Você alguma vez já teve aquela sensação de não conseguir descrever adequadamente alguma coisa, consciente de que as palavras não podem reproduzir toda a plenitude do que está vendo? Este é o sentimento que Davi revela neste salmo, mostrando-se embevecido com o Ser de Deus. Entretanto, qualquer palavra ou pensamento que se tenha acerca de Deus sempre ficará aquém do que Ele é. Observemos que apesar de toda magnificência do Ser de Deus, Ele permanece sendo intensamente pessoal, o Deus que sempre se importa; e é capaz de, individualmente, sondar cada coração. Por todas essas razões, este é considerado um dos mais belos poemas do saltério.
1. Transcende todo conhecimento (vv.1-6)
As profundas verdades teológicas do salmo são apresentadas como expressões de adoração vívida e concreta. A compreensão que Deus tem do ser humano é pessoal e ativa, não meramente intelectual. O termo hebraico para “sondar” tem o sentido de “espalhar”, “peneirar”, numa referência à atividade de mineração ou exploração de uma região. O minerador adentra as profundezas da terra, para encontrar valiosas pepitas; da mesma forma, Deus perscruta o âmago da alma humana. O salmista vê sua alma e sua vida inteira como um “livro aberto” diante de Iavé tanto para guiá-lo (v.10) quanto para exercer total controle, mesmo antes de seu nascimento (v.11).
Algumas expressões no salmo apóiam estas afirmações:
a) Conheces o meu sentar e o meu levantar (v.2): se coisas triviais feitas pelo homem não escapam ao conhecimento de Deus, muito mais Ele atenta para os atos morais realizados pelas pessoas. O Senhor conhece não apenas os atos realizados, mas as motivações que levam a tais atos, visto que Ele consegue enxergar no fundo da alma humana.
b) De longe entendes o meu pensamento (v.2): tanto pode significar que mesmo “distante” no céu Deus pode conhecer o pensamento dos homens como a antecipação do que o homem irá pensar. No hebraico, a palavra “pensamento” está no singular, sugerindo o significado de “propósito”, “intenção”, “motivação”, podendo incluir em seu significado tanto os processos do pensamento como seus objetivos e resultados.
c) Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar (v.3): Deus “investiga” e conhece a vida diária e o teor geral da vida humana, seus alvos, propósitos e motivações.
d) Sem que haja uma palavra (...) tudo conheces (v.4): Deus conhece o pensamento e também as palavras antes de serem proferidas.
e) Tu me cercas em volta (v.5): “cercas” tem o sentido de “sitiar”, “fechar dentro”. O termo traz também a ideia de proteção e providência, visto ser acompanhado da declaração de que a mão de Deus está sobre o salmista. O pleno conhecimento de Deus é inacessível e extraordinariamente elevado para que possa o salmista possa compreender: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim”.
2. Transcende todo limite espaço-temporal (vv.7-12)
Diante do Deus que tudo conhece, parece haver uma ambiguidade por parte do salmista; além de admiração, brota um sentimento de impropriedade e temor, levando-o a tentar esconder-se. Mas a resposta é uma só: não há lugar algum onde o homem possa ficar oculto a Deus. Usando o recurso do paralelismo de antítese o poeta fala da impossibilidade de fuga da face de Deus. a) céu x abismo (v.8): antítese usada para falar que Deus está no mais alto como também no mais baixo; os extremos verticais não podem esconder uma pessoa da sua presença. b) asas da alva x extremidades do mar (v.9): Asas da alva é uma referência à alvorada. O Sol nasce no Oriente e, geograficamente, o mar fica no Ocidente da Palestina, mas nesses extremos ou entre eles não há qualquer lugar que proporcione esconderijo da face de Deus. c) trevas x luz (vv.11,12): Se a escuridão deixa tudo encoberto aos olhos humanos, seria assim também com Deus? De forma alguma, pois seus olhos não dependem da luz para enxergar; para Ele escuridão e luz são a mesma coisa, ou ainda, a sua presença magnífica expulsa toda escuridão.
A conclusão é impressionante: não há lugar algum que possa servir de esconderijo para o homem. No v. 8 ele diz: “... eis que tu ali estás também”; no v.9 ele afirma: “ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá”; no v.11 ele finaliza: “... trevas e luz são para ti a mesma coisa”. Os extremos da Terra não podem esconder o homem de Deus, nem ainda a escuridão. Por um lado, isso deve levar-nos a um profundo e reverente temor, pois nada escapa a seus olhos atentos e a sua presença imediata; por outro, nos traz paz, pois, sendo Ele sempre presente, estamos protegidos por sua mão, que repousa sobre nós.
3 – O Deus criador da vida humana (vv.13-18)
A revelação agora é ainda mais surpreendente: Deus não apenas vê o invisível e penetra o inacessível, como também é operante antes mesmo da dimensão temporal humana. O Senhor que controla o universo é também aquele que controla o desenvolvimento de um feto no ventre de uma mulher. A palavra “rins” (v.13) tem aqui o sentido geral de partes internas do ser concebido. A expressão “entreteceste-me” (v.13) é usada pelo poeta para comparar o trabalho de padrões e cores complexos de um tecelão ou bordador, com a ação de Deus “costurando” o feto no interior da mãe. Por mais que a ciência avance e possa descrever todos os processos de multiplicação celular da concepção ao nascimento, ainda estará ali algo inexplicável, poeticamente sublime, uma intervenção divina nessa misteriosa criação: “... de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado...” (v.14).
As expressões dos versos seguintes reforçam a ação maravilhosa de Deus. O v.15 traz a expressão “tecido nas profundezas da terra”, que está em paralelo sinonímico com a expressão “no oculto fui formado”, designando a gestação no ventre da mulher, onde Deus atua “esmeradamente”. O v.16 tem duas possibilidades de significado que podem ser abraçadas paralelamente: a) os dias da vida humana são todos planejados de antemão pelo Senhor; b) ou que as etapas do desenvolvimento embrionário são cuidadosamente planejadas e executadas por Deus. Não há expressão melhor para descrever isso do que a deixada pelo salmista: é algo admirável e maravilhoso! Cada detalhe no nosso corpo é fruto de uma ação esmerada de Deus (v.15), não uma combinação aleatória de genes, DNA... e os pensamentos que Ele tem para cada ser humano são tão numerosos quanto preciosos.
4 - O Deus inquiridor da vida humana (vv.19-24)
A visão da transcendência de Deus não se coaduna com a realidade terrena de homens miseráveis e maus. Quando Davi desperta de sua visão (v.18) irrompe em clamor a Deus para que elimine a maldade na terra, passando de um estado de contemplação para uma firme resolução. A linguagem veemente do salmista não é um ódio inconsequente, mas demonstração de um zelo sincero por Deus, em que os inimigos declarados de Iavé tornam-se inimigos declarados de Davi (v.21).
Davi se dispõe também a enfrentar o mal que, porventura, exista dentro dele. “Sonda-me, conhece-me, prova-me”, são expressões que reportam à sensibilidade do poeta e à profunda consciência que tinha de suas necessidades. Ele sabia que o seu coração era enganoso (v.23) e não podia depender de uma autoavaliação; era necessário ser sondado, inquirido no mais íntimo de seu coração, para que fossem pesadas suas ações e motivações.

Para pensar e agir
Você consegue perceber que Deus sabe tudo a seu respeito; onde anda, o que ouve, o que vê, o que diz e até o que você pensa?
Olhe para você mesmo agora e veja-se como uma obra esmeradamente trabalhada por Deus desde a sua concepção. Você não é fruto do acaso, seu desenvolvimento embrionário foi planejado e executado pelo maior geneticista do universo: o Todo-Poderoso Senhor. Cada célula do seu corpo tem um toque especial dele; seus dias estão todos defronte dos olhos vigilantes de Deus. Por isso, seja bom mordomo de seu corpo, da sua vida, suas oportunidades.
Leitura Diária
segunda-feira Romanos 11.33-36
terça-feira Isaías 40.10-31
quarta-feira 1Corintios 1.20-25
quinta-feira Jó 42.1-6
sexta-feira Salmo 139.1-6
sábado Salmo 139.7-12
domingo Salmo 139.13-24

DEUS – AQUELE QUE FAZ MARAVILHAS

Texto Básico: Salmo 66
Este salmo é um hino de ação de graças, usado na liturgia do culto israelita, provavelmente acompanhado por instrumentos musicais, sacrifícios e votos. No transcurso do salmo, o autor vai estreitando o foco; começando pelo convite a toda a terra a reconhecer as maravilhas de Deus, passando pela convocação do povo para reconhecer as grandiosas obras realizadas na história em seu favor e culminando no reconhecimento pessoal do que Deus tem operado em favor dele mesmo. O reconhecimento das obras realizadas por Iavé produz louvor, admiração, gratidão e honra por parte do adorador, lembrando que o nosso Deus continua a atuar de forma soberana, poderosa, justa, misericordiosa e graciosa em todo o universo, na comunidade e em nossas vidas.
1. Faz maravilhas no mundo (vv.1-4)
O reconhecimento da soberania universal de Deus está presente em todo o Saltério (por ex.: 47.7,8; 65.2; 98.4; 100.1) e, neste salmo, nada menos do que todas as terras (v.1), designando dessa forma todos os habitantes, são convocadas a louvar o Senhor. A preocupação principal do salmista é que toda a terra venha “cantar a glória do seu nome” (v.2). Nome (shem) fala da fama da pessoa nomeada e reconhecê-la é ato de louvor. Com isso o salmista ensina a lição de que a adoração a Deus nunca é trivial e eventual, mas sim algo grandioso, que deve demonstrar vitalidade. A relação é clara: aquele cuja fama do nome é grandiosa deve receber louvor condizente com esta glória. Adoração grandiosa para um Deus grandioso.
Israel reconhece as maravilhas divinas por ato de adoração, ao passo que os infiéis fá-lo-ão por uma submissão inevitável (te lisonjeiam os teus inimigos – v.3; comparar Sl.18.44). A forma verbal “lisonjeiam” (kahasu) significa, basicamente, mentem; tendo aqui a conotação de adulação, servilismo. Diante do imenso poder de Deus, os inimigos não têm outra atitude que submeter-se a Ele. É o mesmo sentimento que Paulo irá apresentar em Fp 2.10,11, em que todo joelho contundentemente se dobrará diante de Jesus Cristo. O salmista diz a mesma coisa no verso 4: “toda a terra te adorará e te cantará louvores”. Embora os tempos verbais estejam no futuro, também podem ser traduzidos para o português no imperativo ou no presente.
2. Faz maravilhas no meio do povo (vv.5-12)
Relembrar as bênçãos de Deus tem um caráter educativo sobre as gerações mais novas, que podem compreender a motivação de tão grande adoração. A travessia do mar Vermelho e do Jordão foram dois episódios marcantes na vida do povo e comprovaram de modo decisivo que Deus tem o poder e o desejo de zelar pelos seus (v.6) enquanto esse mesmo ato serve de julgamento dos rebeldes (v.7). O mesmo mar que se abriu e foi salvação para os israelitas foi o mar que sepultou o exército de Faraó (Ex 14.15-31). Recordar tais eventos ensina que Deus agiu e continua agindo na história de Israel e da humanidade realizando atos de salvação em prol do seu povo. Destarte, todos os povos são convidados a manter-se afastados dos arrogantes e a não seguir o seu mau exemplo. Pelo contrário, devem oferecer sacrifícios de ação de graças, bendizendo e glorificando a Deus pelas maravilhas operadas, preservando a vida e guardando em todas as horas (vv.8,9).
As maravilhas de Iavé não se resumem a atos de libertação, pois a disciplina que Ele realiza também é seu amor em ação. Os versos 10 a 12 falam sob essa perspectiva, empregando diversas metáforas que expõem a ação disciplinadora de Deus. Provação e libertação fazem parte de um projeto único de ação de Deus. As provações de Deus, mesmo severas, não objetivam abalar ou aniquilar o seu povo, mas têm o poder de purificá-lo, refiná-lo, à semelhança do que o fogo faz com a prata (v.10) (comparar 1Pd 1.7). Para deixar clara a intenção restauradora da disciplina, o salmista encerra o v.12 dizendo que após as vicissitudes o Senhor leva os dantes oprimidos a um lugar de abundância (ou “lugar espaçoso”, “lugar de transbordamento”, “lugar de alívio”, dentre outras possibilidades de tradução). É sempre assim, em qualquer época e situação: a salvação da parte de Deus é sempre abundante, conceito exarado de forma bem clara no Salmo 23.5 “... unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda” (comparar Rm 8.18).
3 – Faz maravilhas na vida de um homem (vv.13-20)
É interessante que o clímax do salmo chegue com a descrição das atitudes de um só adorador diante de Deus. As ações de graças de uma só pessoa sobrepujam aquelas prestadas por todo o universo e pela nação. É um paradoxo dos caminhos de Deus, que se compraz nesse relacionamento pessoal, mesmo sendo inesgotável qualquer superlativo que usemos para falar de seu amor, seu poder, sua glória, enfim, de qualquer de seus atributos. Nada mais significativo do que reconhecer que o Deus que faz maravilhas em todo o universo, na vida de todo um povo, é também aquele que faz maravilhas na minha vida. É o Deus individual, que está perto, pode ser encontrado no ambiente mais íntimo da vida de uma pessoa, até mesmo em seu pensamento. Deus age na história do mundo, na história de um povo, mas também na história da minha vida.
Essa intimidade, essa proximidade, essa pessoalidade de relação pode ser vista no ato de pagar os votos. A gratidão pessoal leva o adorador a oferecer-se integralmente a Deus, pois as ofertas apresentadas são “holocaustos”. O que diferenciava o holocausto das ofertas mais comuns de ação de graças era que estas formavam a base de uma festa, ressaltavam a alegria da comunhão, enquanto aquela falava de uma dedicação total da oferta. Nada do holocausto ficava para o sacerdote ou o adorador. Tudo era queimado no altar. É uma oferta que reflete uma atmosfera de gratidão mais submissa que propriamente festiva, como que espelhasse a compreensão do ofertante da gravidade que acabara de ser removida e a grande dívida que tinha com Iavé. Creio que o poeta sacro descreveu muito bem esse sentimento na letra do hino “Jardim de Oração”: Quando tudo perante o Senhor estiver / E todo o meu ser eu lhe consagrar / Só então hás de ver, que o Senhor tem poder / Quando tudo deixares no altar.
O convite coletivo de Israel (v.5) corresponde ao vinde, e ouvi do v.16. Israel dirige seu convite ao mundo inteiro, enquanto o adorador convida todas as pessoas, individualmente. Hoje, é a igreja quem testemunha dos atos de Deus e convida todos os homens para seu reino; no plano individual, cada salvo acrescenta seu testemunho quanto ao cuidado único, pessoal, íntimo e continuado que o Senhor lhe tem proporcionado. Esse cuidado íntimo pode ser percebido no emprego da 1ª pessoa do singular em todos os versos que ora destacamos: eu contarei o que ele tem feito por mim
(v.16); a e ele (eu) clamei, exaltado pela minha língua (v.17); Deus me ouviu, minha oração (vv.18,19). A palavra final do salmista que descreve as maravilhas de Deus no mundo e no meio do seu povo se volta para a maior de todas as maravilhas: o Deus que busca e chama os seres humanos para um relacionamento pessoal com Ele. Como bem diz um dos cânticos de nosso repertório: E apesar dessa glória que tens / Tu te importas comigo também.
Para pensar e agir
Reflita: você é capaz de perceber os atos maravilhosos do Senhor no universo, preservando-o pela força do seu poder, ou tem sido levado pelas falácias dos sábios segundo esse mundo que pregam ser toda essa harmonia fruto de uma série de acontecimentos fortuitos? Você pode recordar-se das maravilhas que Deus tem realizado em sua igreja, sua família e sua vida? Ao fazê-lo, que sentimentos brotam em seu coração? Deixe sua voz, seu coração, todo o seu ser abrir-se em glorificação a Deus pelo que Ele é e pelo que faz. Agradeça-lhe do fundo da alma porque você pode dizer: Ele tem feito maravilhas na minha vida!

Leitura Diária

segunda-feira Jó 9.1-10
terça-feira Deuteronômio 6.20-25
quarta-feira Salmo 40
quinta-feira Salmo 75
sexta-feira Daniel 6.25-27
sábado Salmo 78
domingo Salmo 66

terça-feira, 6 de julho de 2010

DEUS – A FORTALEZA

Textos Básicos: Salmos 46 e 91
Se alguém está em perigo busca um abrigo para preservar sua integridade ou sua vida, pois precisa de abrigo, proteção, refúgio e segurança. Os salmos que estudaremos hoje nos apresentam Deus como o Refúgio, a Fortaleza, aquele que guarda o seu povo. São salmos para tempos de perigo ou quando as potências do mal são desafiadas. O Salmo 46.1 foi o texto que inspirou Lutero a escrever o hino da Reforma: Castelo Forte é o Nosso Deus, 323 CC, que até hoje tranquiliza os salvos diante das vicissitudes da vida. O salmo 46 tem um tom forte, ritmado, mostrando a proeminência de Deus sobre todas as esferas da existência, enquanto o Salmo 91 é mais acalentador. Por isso, os dois se completam.
1. Fortaleza nas catástrofes (46.1-3; 91.1-13)
No Salmo 46 o salmista usa dois quadros poderosos para falar das ameaças que podem sobrevir ao homem em sua vida terrena. O primeiro é formado pela terra e pelos montes, símbolos de algo imutável e firme. Uma montanha impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela imponência de sua firmeza, encravada sobre a superfície da terra, de onde ninguém consegue movê-lo. Os montes eram também locais naturais de refúgio para um exército que precisasse esconder-se do inimigo. O segundo quadro é formado pelos mares, cujas águas irrequietas e ameaçadoras são usadas como símbolo das intempéries da vida. É inútil qualquer esforço para fugir de uma possível fúria do mar (recorde o tsunami na Indonésia em dezembro de 2004, que deixou um saldo de cerca de 100 mil mortos e milhões de desabrigados). Estes dois quadros mostram a impotência do homem para livrar a si mesmo.
Onde então encontrar refúgio das vicissitudes da vida? Somente Deus pode prover socorro nessas horas. Refúgio significa “abrigo contra o perigo”; fortaleza lembra os castelos onde os soldados se abrigavam. O Senhor é “socorro bem presente na angústia”. “Bem presente” significa originalmente, algo como “pronto para ser achado”, implicando a suficiência de Deus para toda situação.
Convém notar como o Salmo 91 faz a mudança da pessoa do discurso. Nos versos 1 e 2 temos a 1ª pessoa do singular, pois o autor está declarando a sua fé pessoal: “meu refúgio” e “minha fortaleza”, “meu Deus”, formas verbais que nos dão uma dimensão de intimidade, de uma fé pessoal efetivamente exercida. Tudo isso é enriquecido pelos quatro nomes divinos usados apenas nesses versos: Altíssimo, título que reduz todas as ameaças ao tamanho certo, ou seja, tudo fica pequeno diante daquele que é maior; Onipotente (Shaddai), que é o nome que sustentava os patriarcas (Êx 6.3); Senhor (Iavé), nome pelo qual Moisés teve certeza de que “Eu Sou” estaria com ele (Ex 3.12,14) e a palavra geral (Elohim) para referência a Deus, o “meu Deus”.
Nos versos 3-13 temos o uso da 2ª pessoa do singular: “te livra”, “te cobre”, recurso usado pelo salmista para detalhar os diversos aspectos da verdade que acabara de descrever. Os versos 3-6 falam de perigos que machucam sem serem vistos, sendo assim mais perigosos e contra os quais somos totalmente indefesos. O salmista usa a metáfora da ave mãe, que protege seus filhotes, para lembrar-nos que podemos contar com as ações protetoras do Senhor (comparar Mt.23:37, Lc 13.14). Os versos 7-10 destacam a proteção individual, sem, no entanto, se constituírem em uma espécie de fórmula mágica contra as adversidades. É uma promessa de caráter geral (como em Rm 8.28) em que o cuidado de Deus não exclui que possa haver percalços na vida humana (Rm 8.35). Nos versos 11-13 temos a garantia da proteção milagrosa de Deus, promessa que faz eco com Hebreus 1.14, que fala de uma multidão invisível que ministra em favor dos que vão herdar a salvação. Vale a pena ressaltar que não temos nesses versos um convite à arrogância espiritual (ao ser tentado pelo diabo, Jesus rejeitou usar essa promessa como um desafio a Deus – Mt 4.5-7) nem um ensino sobre “anjo da guarda” individual. O que está sendo ensinado é a ação protetora de Deus contra os poderes visíveis e invisíveis que porventura venham contra os seus filhos.
2 – Refúgio na sua cidade (vv.4-7)
Na cidade de Deus, os mares já não são ameaçadores, pois ali existe um rio cujas águas trazem alegria, que supre os refugiados. Embora seja uma referência imediata a Jerusalém, seu escopo ultrapassa os limites da cidade santa, fortaleza de Sião (2Sm 5.7). Sua segurança reside no fato de que Deus está no meio dela, não importando se os inimigos se levantam contra ela com furor. Por isso, nenhum exército poderá penetrar nessa cidade e infligir qualquer mal àqueles que nela habitam. A presença do Senhor dos Exércitos torna-a uma fortaleza inexpugnável, refúgio seguro para os desvalidos.
Melhor ainda é saber que essa fortaleza permanece erguida para todos nós, “filhos de Jacó”. Você e eu não precisamos ficar expostos ao inimigo, há um abrigo seguro contra ele e seus exércitos na presença do Senhor.
3 – Soberano na terra (vv.8-11)
Nesta parte final do salmo o autor convoca-nos a contemplar a soberania de Deus sobre a terra inteira. Ele está na “sua cidade” não para esconder-se do inimigo mas agindo para estabelecer sobre as nações a sua poderosa paz. É muito importante notar que esta paz não decorre de uma aliança com os inimigos, mas de um processo de julgamento executado pelo próprio Deus. Ele faz cessar a guerra (v.9) não por meio de uma persuasão suave, mas num contexto que lembra o desarmamento e derrota total dos seus inimigos. A fórmula divina para trazer paz à sua cidade, à terra e aos seus protegidos é a harmonia por intermédio do conflito aberto contra os inimigos. Não há trégua, não há um armistício – o inimigo é totalmente derrotado.
Este soberano Senhor ordena a todos que se aquietem. Primariamente, esta não é uma palavra de consolação, mas de repreensão para um mundo inquieto e turbulento. É a mesma autoridade que Jesus usa quando repreende a tempestade (Mc 4.39). Em segundo plano está a idéia de consolo. Diante das dificuldades, das ameaças reais ou imaginárias, somos convidados a nos aquietarmos (v.10). Não é a quietude de um conformismo fatalista, mas de uma fé que descansa no soberano Senhor: “E esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1João 5.4).
4 – Deus e seu compromisso protetor (Sl 91.14-16)
Os versos finais constituem um oráculo divino. Neles estão presentes oito expressões que ilustram as coisas que Deus se compromete a fazer; não significando, no entanto, que Deus faça apenas as ações contidas ali. A expressão do v.14, “pois que tanto me amou”, tem o sentido original de “fixar o coração sobre outra pessoa ou empreendimento” e ocorre, segundo Kidner, apenas nesse texto como referência da dedicação de Deus ao homem. O amor de Deus vem primeiro devendo o homem corresponder a esse amor (comparar 1João 4.19).
Todas as benesses de Deus para os seus filhos decorrem da iniciativa divina em amá-los. A relação do homem com Deus (conhece o meu nome) é coroada com as dádivas divinas. Preste atenção nos favores de Deus apresentados nos versos aqui destacados: eu o livrarei, lhe responderei, estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, honrarei, mostrarei a minha salvação. O que é ainda mais impressionante é que algumas dessas dádivas (pelo menos na sua plenitude, como por exemplo, “minha salvação”) só ocorrem ocasionalmente ou figuradamente para os fiéis do Antigo Testamento, ao passo que para nós, por termos a revelação completa e final de Deus, se mostram em sua plenitude, visto que dependiam exatamente do desenvolvimento e ápice dessa revelação.
Para pensar e agir
Sabemos que a vida tem surpresas que machucam, ferem e trazem profundas cicatrizes. Quem de nós jamais passou por circunstâncias que abriram feridas que teimavam em arder? Quem nunca teve medo, momento de angústia, perigo ou apreensão? No entanto, podemos afirmar que:
▪ Tais circunstâncias não duram para sempre, pois o choro pode durar uma noite, mas a alegria do consolo de Deus vem em seguida (Sl 30.5).
▪ Deus sempre está presente nos momentos em que precisamos de consolo, abrigo e refúgio. Como diz o hino 155 CC: “Em seus braços nos acolhe, e nos dá consolação”.
Leitura Diária

segunda-feira Romanos 8.28-39
terça-feira Salmo 31
quarta-feira Salmo 71
quinta-feira Salmo 61
sexta-feira Salmo 62.1-8
sábado Salmo 46
domingo Salmo 91

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