quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

EVANGELIZAÇÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS

Texto Bíblico: Mateus 10.1-23
Fica bem claro para os que se propõem estudar a Bíblia, e de maneira objetiva o assunto Missões e Evangelização, que é necessário entender que o tema está bem presente no ministério de Jesus. Ele é o grande Mestre de palavras e de vida. Jesus veio para salvar, conforme declarou em seu ministério, mas Ele, em sua missão de salvar, deixou para os seus discípulos grande ensinamento da obra missionária e evangelizadora. Não há como apontar para um tempo de semeadura e colheita no reino de Deus sem dar devida atenção ao que disse o autor de nossa fé.

1. JESUS DESEJA QUE CONSIDEREMOS SUAS INSTRUÇÕES (vv. 5-7)
Jesus tem instruções para um evangelismo eficiente e eficaz. Fica evidente que é primordial em nossa tarefa dar atenção às suas instruções. O texto diz: “A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções...” (Mateus 10.5). Querer e tentar fazer a obra sem essa submissão é uma ironia, é um insulto ao Mestre. A nossa experiência de marketing, nossa estratégia moderna, nossa contextualização sem uma submissão às instruções de Jesus é uma falácia. Atentar para as instruções de Jesus é reconhecer que Ele é o Senhor do reino, Ele é o Senhor da obra.
Muito ativismo, muito trabalho, muitos programas e até projetos duradouros sem que estes tenham passado pelo crivo do ensino do Mestre é “malhar em ferro frio”. A obra da evangelização e missionária precisa antes de tudo passar pelo teste da obediência. O que na verdade precisamos ouvir e aprender? A que de fato precisamos estar atentos. Em que precisamos estar em sintonia com Jesus para ouvir suas instruções? O que Jesus disse que precisamos acatar? Vejamos:

2. JESUS DESEJA QUE SEJAMOS SUAS TESTEMUNHAS (v. 16)
Fazemos parte do projeto de Deus ensinado por Jesus no testemunho da fé e das Boas-Novas de salvação. Ir em direção a uma obediência incondicional de vida proclamadora no reino do Senhor há de ser o maior e melhor projeto de vida de nós, os crentes. O texto diz que Jesus os enviou. Ide, eis que eu vos envio (Mateus 10.5; Lucas 10.1). Enviar implica uma missão específica. Uma tarefa bem definida e clara. A obra missionária é bem definida e detalhada por Jesus. Não podemos pegar o simples e transformá-lo em algo engenhoso, de difícil entendimento. Somos chamados e enviados para sermos testemunhas de Jesus. Jesus disse: “Ser-me-eis minhas testemunhas” (Atos 1.8). O que é uma testemunha? É a pessoa que tem conhecimento de alguma coisa. É quem pode atestar a verdade sobre alguém ou sobre algo ocorrido. Nós somos exatamente essas pessoas designadas a narrar de forma veraz não simplesmente fatos ocorridos na história quanto à pessoa de Jesus, mas extravasar, fazer transbordar a nossa experiência pessoal com o Cristo da fé, que vai além do que é palpável e possível de observação pelos métodos chamados científicos.
Somos testemunhas de algo que está arraigado em nosso coração, no âmago de nosso ser. Por isso que Paulo diz que: “o Espírito Santo testemunha com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).

3. JESUS DESEJA QUE VIVAMOS O SEU PODER (v.1)
Poder tem sido a palavra apreciada por muitos. Tem sido a tônica de muitos. Poder tem sido a palavra eleita para iludir, embaraçar e equivocar muitos. Busca-se poder na economia, na educação, na política, na força bélica e até psicológica. O que se vê hoje na efervescência religiosa tem sido o poder da manipulação psicológica e emocional. A manipulação tem sido gritante e não podemos, portanto, quando queremos falar sobre poder, admitir esse tipo de fervura moderna. Jesus ensinou que o seu reino não é deste mundo (João18.36). Suas palavras, ensinos e atitudes precisam ser interpretados e aplicados com um diferencial.
O texto diz que Jesus deu aos discípulos autoridade. Essa autoridade estaria sobre o que parecia ao mundo físico e material impossível de ser controlado e desfeito. A autoridade dada por Jesus pertence a Ele e não aos homens. Essa autoridade continua dele. Só Jesus pode autorizar os homens a exercerem essa autoridade. Essa autoridade que se evidenciaria em sinais e prodígios (Mateus 10.1) seria em última instância não simplesmente para fazer com que os atendidos acumulassem bênçãos temporais, mas sim para que entendessem que o Messias havia chegado, o Filho de Deus, que é poderoso para fazer muito mais. Receberem naquele instante algo temporal seria para autenticar o que Jesus tinha reservado de mais precioso para aquela gente e pessoas de todos os tempos, que é a eterna e tão grande Salvação. A autoridade dada por Jesus sobre os espíritos imundos e enfermidades mostra que aquele que é capaz de cuidar do corpo, muito mais poderoso o é para limpar e libertar a vida inteira e integral. A nossa tarefa há de ser feita com autoridade e essa vem de Jesus. Não é autoridade de nossa experiência com capacidade intelectual por mais útil e importante que essa possa ser. É na autoridade e no poder de Jesus que a obra é não apenas feita, mas frutifica. Sem essa autoridade, irmãos, podemos até fazer, e nada mais. Podemos até ter uma visibilidade em nossos projetos, mas não isso enriquece o reino de Deus com o crescimento devido e medido pelo Senhor.

4. JESUS DESEJA QUE SEJAMOS FIÉIS À MENSAGEM PREGADA (v.7)
Na evangelização e obra missionária não pregamos cultura nem filosofia humana. Não criamos uma mensagem. A roupagem pode ser diversificada. A mensagem pode e deve ser contextualizada, mas precisamos ter cuidado para que a ênfase em nossa tarefa seja o conteúdo e não o pacote.
Contextualização, com métodos que venham roubar a cena do Salvador e da mensagem a ser pregada, precisa ser expurgada. Hoje o que muito se vê é a evangelização com ênfase tão grande nos métodos que Jesus e a mensagem ficam ofuscados. Não podemos descartar o veículo, o instrumento a ser usado, mas o que precisa impressionar não são as nossas técnicas e sim a mensagem de Salvação. O que precisa compungir a vida do pecador é o próprio Cristo que é apresentado na mensagem. Jesus disse: “... pregai que está próximo o reino dos céus”. Pregar é o método, que hoje pode ser de diversas formas, mas com cuidado e inteligência. O reino dos Céus é a essência da mensagem. Há quem diga que reino dos Céus e reino de Deus sejam a mesma coisa. São os defensores de que eles são usados intercambiavelmente no Novo Testamento. Outros aplicam entendimento diferente, sem, contudo, deixar confusão porque as duas expressões são próximas. Prefiro o entendimento de que reino de Deus é o próprio Cristo e de maneira clara o seu domínio no coração daqueles que pela fé e arrependimento se rendem à sua graça, que é o favor de nos fazer seus filhos, jamais por nosso merecimento e sim por obra meritória de Jesus na cruz.

PARA PENSAR E AGIR
Jesus é valioso para a nossa salvação e o é para nossa instrução. Ele deixou-nos grande exemplo sobre o ministério de evangelização e a Ele devemos seguir.
Quando somos bem instruídos e nos conscientizados do poder do alto, tornamo-nos testemunhas autênticas, vivas e comprometidas. A nossa fidelidade envolve conhecimento e obediência ao grande e maior missionário, Jesus Cristo. Você tem seguido as instruções de Jesus? Você sente-se seguro em seguir os ditames do Mestre nessa obra de apresentar a sua luz aos que estão em trevas?
Certo homem, visitando um farol, disse ao guardião: "Você não tem medo de viver aqui? É um lugar terrível para se ficar por muito tempo." "Não," respondeu o homem, "eu não tenho medo. Aqui nunca nos preocupamos com nós mesmos." "Nunca se preocupam com vocês mesmos! Como pode ser isso?" A resposta foi convincente: "Nós sabemos que estamos perfeitamente seguros e só nos preocupamos em manter nossas lâmpadas brilhando e refletindo claramente para que aqueles que estão em perigo possam ser salvos".
Amados, nós estamos seguros e bem instruídos com Cristo, e precisamos deixar que a “nossa” luz brilhe a intensidade da luz de Cristo na obra da evangelização.

LEITURAS DIÁRIAS
segunda ...Mateus 10.1-4
terça ...Mateus 10.5-11
quarta ...Mateus 10.12-15
quinta ...Mateus 10.16-23
sexta ...Lucas 19.10
sábado ...Mateus 4.23
domingo ...Marcos 1.15

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