segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A MENSAGEM MISSIONÁRIA

Texto Bíblico: Atos 13.26-52


O que pregar é tão importante quanto como e a quem pregar. Mensagem é uma notícia. No caso aqui são as Boas-Novas. O evangelho de Jesus Cristo. A obra missionária tem uma mensagem para ser dita e vivida. A mensagem missionária há de ser a mensagem da Palavra de Deus. A Palavra é a expressão que resume a essência da revelação divina para o homem. Atos 13.49 diz: “E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região”. A igreja que se propõe fazer missões tem compromisso com esta mensagem. Esse compromisso pressupõe compromisso de vida e experiência com o que se vai dizer e antes de tudo compromisso com quem anunciou e encarnou o verbo, Jesus Cristo.

1. É A MENSAGEM QUE EXALTA A SOBERANIA DE DEUS (vv.26,29, 33,36)

Uma boa filosofia de história é que Deus dirige a história; não determina, mas pode intervir na história. Dessa forma Paulo dá o seu testemunho no anúncio da mensagem diante dos judeus no início de sua caminhada missionária. Ele cita e assim deixa claro que os acontecimentos de Jerusalém eram frutos da soberania do Senhor Deus. O apóstolo fala dos patriarcas, menciona os profetas, cita a doação de um rei para mostrar que o Senhor estava e continua no controle de tudo. Todo acontecimento no entendimento paulino era resultado da soberania de Deus. Tudo ocorria para o cumprimento das Escrituras: “Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito...” (v.29). Nada pode frustrar os desígnios do Criador. Deus é soberano.
A mensagem missionária precisa ser essa, não na contramão da história, mas com uma leitura lúcida mesmo quando tudo parece perdido e inaceitável. Mesmo quando os parâmetros sejam diferentes dos nossos. Deus é sempre Senhor de tudo e de todos.
O missionário e a igreja de Jesus estão precisando saber ler a história tendo como ponto central e nevrálgico a soberania de Deus.

2. É A MENSAGEM QUE PROCLAMA A SALVAÇÃO DADA POR DEUS (vv. 26,30,32,37,39)
A obra missionária existe por causa da mensagem cruz de Cristo e em função dela. A religiosidade humana por mais importante e significativa que possa ser para a vida humana no que tange a sua identificação transcendente, torna-se oca, vazia sem a mensagem da cruz.
É nela que a igreja e a obra missionária se firmam, se fundamentam e subsistem. A mensagem proclamada de salvação dada por Deus é importante porque nela há de forma mística e real ao mesmo tempo a identificação com o sofrimento de Cristo. A igreja como corpo de Cristo vive a encarnação do evangelho num contexto conflitivo. Estamos, mas não somos do mundo. Este contexto conflitivo traz dor e sofrimento. A Cruz é uma mensagem de dor e sofrimento, o que é vivenciado pela igreja e proclamado por missões.
A mensagem de salvação é importante para a igreja porque nela está presente a mensagem terapêutica de Deus, disponível a todos, que é o perdão. Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Mesmo a maior e mais profunda ignorância espiritual e suas consequências precisam do afago e eficácia do perdão. Essa mensagem realça que o perdão é algo necessário, mesmo não sendo merecido. O perdão presente nessa mensagem proclamada na obra missionária é dispensado não no merecimento do infrator, mas em sua necessidade. Perdoa-se porque se precisa do perdão e não porque se merece o perdão. Esse é um aspecto da mensagem que em missões está comprometido, mas que a igreja tem estado longe de compreender e praticar. A igreja põe em prática essa mensagem quando vive na condição de uma comunidade terapêutica no Reino de Cristo, aplicando de forma eficiente e eficaz o mistério do perdão revelado na Cruz.
Atrelado a esse aspecto do perdão está presente o conhecimento missionário sobre o que é e o que significa a ignorância espiritual. A cruz, nas palavras de Jesus, evidencia isso. Muito mais do que a consciência dos fatos, das atitudes, é a consciência psicológica e espiritual desses atos. Jesus ensina isso, indo além, ao dizer: “porque não sabem o que fazem”. Eles não tinham consciência real daquela participação vergonhosa e de suas consequências, mesmo assim precisavam da aplicação do perdão, ainda que, repito, não merecendo. Entendemos que a aplicação do perdão abre os horizontes para entendermos que de fato somos e o que de fato cometemos. O perdão além de remover o erro, ao mesmo tempo, o faz latente e compreensível em sua maior extensão. A igreja missionária precisa saber lidar, trabalhar com a ignorância humana quanto à fé e a revelação de Deus. Missões trabalha em busca dos que ignoram as coisas do Senhor. Somente quando a igreja está bem identificada com a mensagem da cruz é que isso é possível, porque trabalhamos em busca dos que não conhecem as coisas de Deus, o homem natural.
Precisam de Deus, mas não conhecem a Deus. Precisam de Deus, mas não reconhecem as coisas de Deus. Precisam de Deus, mas são ignorantes sobre Deus, por isso a mensagem do perdão precisa ser a aplicação inconfundível por quem deseja cumprir a missão terapêutica.

3. É A MENSAGEM QUE REQUER UMA RESPOSTA A DEUS (vv. 42,43, 48,50)

Qual foi a resposta daqueles que ouviram a mensagem? Aqui está presente o livre-arbítrio diante da mensagem que salva. Os judeus aqui neste caso rejeitaram, mas os gentios receberam a Palavra de Salvação.
O texto diz que os “gentios alegraram-se e glorificavam a Palavra do Senhor e creram”.
A resposta à mensagem missionária é individual, pessoal e passa pelo aspecto decisivo. O homem pode escolher vida eterna como pode rejeitar vida eterna. Não façamos, porém, da rejeição de alguns o ponto final de nossa tarefa. Deus deseja que todos venham ao conhecimento da verdade (1Timóteo 2.4). Enquanto houver vida e oportunidade, falemos de Cristo. O que rejeita hoje é o que aceita amanhã. Mas o texto ensina que existe a liberdade de escolha. Jesus mesmo disse que seria uma escolha. Seria para quem quisesse (Mateus 16.24).
Vivemos um tempo missionário em que se glorifica o homem, as pessoas, o planejamento, o promotor, o divulgador e não a Palavra. O circunstancial é adornado, badalado e evidenciado. Placas comemorativas pra lá e pra cá. Homens exaltados de forma exacerbada. Os gentios em sua resposta a uma mensagem fiel foram fiéis e num ato de fé e alegria destacaram a mensagem recebida e não o mensageiro. Vivemos uma época do personalismo na pregação. O bom pregador é aquele faz alguém rir, que domina as técnicas de comunicação e que quando tudo termina o auditório se lembra mais do pregador do que a mensagem. Lembra-se mais das “piadas” do que do texto bíblico. Decide-se mais por querer voltar para ouvir o pregador, do que por seguir a Jesus. Nada contra as técnicas e boa comunicação, mas essas não podem exceder a mensagem. Aplica-se aqui o princípio ensinado por João, que disse: “Importa que Jesus cresça e que eu diminua” (João 3.30). Essa deveria ser a divisa, a oração de todos os que estão comprometidos com a mensagem missionária. Quando isso ocorre essa palavra é divulgada por todo lugar. A palavra missionária, a mensagem missionária é mais importante do que o pregador missionário.

PARA PENSAR E AGIR
A pregação da palavra traz alegria ao coração do missionário. A nossa grande alegria está no fato de sermos fiéis a esta Palavra, que é única. Gentios creram, aceitaram, abriram o coração em resposta, outros, porém, especificamente judeus, rejeitaram e perseguiram Paulo e Barnabé, mas os discípulos experimentaram intensa alegria e vida plena do Espírito.
A mensagem precisa dar alegria. Obediência e fidelidade a essa mensagem deve ser motivo de alegria. Quando há ou quando não há aceitação do evangelho, nada pode mudar a alegria em sermos fiéis.
Se você tem testemunhado, pregado, falado de Cristo e o tempo passa e tem havido aceitação, alegre-se. Mas se o caso é inverso, alegre-se também. Sua fidelidade a esta mensagem trará sempre alegria transbordante.

LEITURAS DIÁRIAS
segunda ...Atos 13. 26-28
terça ...Atos 13. 29-31
quarta ...Atos 13. 32-37
quinta ...Atos 13. 38-41
sexta ...Atos 13. 42-43
sábado ...Atos 13. 44-49
domingo ...Atos 13. 50-52

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