segunda-feira, 21 de junho de 2010

A MORTE DA MORTE

Texto bíblico: 1 Coríntios 15. 54-58

Terrível inimiga da humanidade, a morte morrerá. Ela será lançada no lago de fogo (Ap 20.14). Temos a rica promessa de Apocalipse 21.4: “... e não haverá mais morte”. O seguidor de Jesus superará a morte e viverá para sempre. Jesus mesmo disse (Jo 11.25). Não cremos em reencarnação, mas em algo mais rico e mais profundo, a ressurreição. Se Cristo regressar durante a nossa vida, seremos transformados. Se morrermos antes, seremos ressuscitados para não mais morrermos (1Ts 4.13-16). O crente em Jesus viverá para sempre. Um dia, Deus nos trará à vida, uma nova qualidade de vida, e “estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4.17).
A morte é paciente terminal desde o Calvário, e morrerá, enfim, quando Cristo regressar. A segunda vinda do Salvador porá o último prego no seu caixão. Seus dias estão contados na agenda de Deus. Cremos nisto. Esperamos isto.

1. O fim da história
Os gregos diziam que somos um corpo com uma alma. O corpo é o embrulho da alma imortal. Os judeus criam que alma é o sopro da vida que impregna o corpo. O homem é alma vivente (Gn 2.7). Corpo e alma são mortais (na presunção de que a alma seja apenas o fôlego da vida, distinta do espírito). Quando o homem morre, a alma se imobiliza e o corpo volta ao pó. A idéia de reencarnação é inviabilizada neste conceito. A única maneira de voltar à vida é por um novo sopro. Em Ezequiel 37, Judá cativo é como um vale de ossos secos. O sopro do Espírito lhe traz vida. Um sopro de Deus fez a primeira criação (Sl 18.15 e 33.6). Deus também soprou na nova criação do seu povo (Ez 37.9). O Espírito continua soprando, enquanto caminhamos para a última criação (Ap 21.5). Deus está fazendo um mundo novo na pessoa de Jesus (2Co 5.17). Neste novo mundo não haverá mais morte.
A melhor descrição do mundo sem morte está em 1 Coríntios 15, um capítulo fantástico, e o estudante da Bíblia deve ler com atenção! É um dos momentos mais brilhantes de Paulo, o gênio inspirado pelo Espírito Santo. A volta de Cristo marcará o fim da história e o início do novo mundo de Deus, o mundo sem morte, o mundo da vida plena, com ele. Tudo está dependente do regresso de Jesus. A morte morrerá quando ele vier.

2. Quando a trombeta soar
O fim começará quando a trombeta soar (Mt 24.31 e 1Ts 4.16). Ela soará, num momento qualquer da história, num piscar de olhos (1Co 15.52). O ato de piscar os olhos leva 1/16 (um dezesseis avos) de segundo. Será algo repentino. A trombeta mencionada era o shophar, de chifre de carneiro. Ela soava nos momentos de calamidade, de convocação ou de júbilo. Aqui, será de júbilo, intenso júbilo. Soará quando Cristo vier para pôr fim à história. A morte está no início da história do homem, que é escrita por eles. Eles inseriram a morte no primeiro capítulo de sua vida, ao desobedecerem a Deus. Mas ele está no comando da história, mesmo sendo esta feita pelos homens. Ele fechará o último volume. Ele lhe porá fim. Ele mandará a trombeta soar.
A morte surgiu como maldição (Gn 3). Cristo veio abolir a maldição e na consumação de sua obra, a removerá por completo (Ap 22.3). Isto trará a ressurreição da humanidade, pois a maldição da morte não mais existirá. Mas quando Cristo vier muitos estarão vivos. Como será esta mistura de mortos e de vivos? Paulo esclarece quanto à ordem dos eventos: os mortos ressuscitarão primeiro e os vivos serão transformados (1Co 15.51-52). O novo sopro se completará. Virá o julgamento final e a morte será julgada (Ap 21.14). Ela morrerá e nós viveremos para sempre, livres do seu poder (Ap 20.6).
Por isso o crente espera a trombeta soar, e canta: “Oh! Que dia faustoso esse dia há de ser! Quando o som da trombeta ecoar; Quando Cristo nas nuvens tiver de descer, Para assim entre nós habitar!” (Hino 114, CC). Que soe a trombeta!

3. Quando a morte morrer viveremos para sempre com Deus
O homem e a mulher estavam com Deus, no início, mas foram expulsos (Gn 3.23-34). Na volta de Jesus, Deus e a humanidade viverão novamente juntos (Ap 21.3-5). Como dissemos, Deus está reconstruindo o mundo na pessoa de Jesus (2Co 5.17). Ele está fazendo um mundo novo, que se concretizará (Ap 21.5). Este é seu plano, fazer tudo convergir em Cristo (Ef 1.10). Quando este dia chegar, Cristo reinará (1Co 15.24-28). O novo mundo iniciado em Cristo, com sua obra na cruz, será concluído. O que Paulo antecipou (2Co 5.17), a voz do trono confirmou (Ap 21.5). Mostrando a unidade das Escrituras, Pedro também se pronunciou sobre o assunto, com as mesmas palavras (2Pe 3.13).
Na descrição do novo mundo, surgem o rio da água da vida e árvore da vida (Ap 22.1,2). Em Gênesis 3.22-24, a árvore da vida foi vedada ao homem. Mas quando a trombeta soar, tudo será recuperado. Nossa vida será para sempre com Deus (1Ts 4.17). Poderemos viver para sempre.

4.Tudo isto Cristo conseguiu na cruz
Na cruz, Jesus consumou o plano do Pai (Jo 19.30). A morte foi ferida na cruz. Paulo zombou dela, e nós nos juntamos a ele: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Co 15.55). Podemos agir assim por causa de Jesus. Ao morrer, ele disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Estêvão morreu com esta expressão nos lábios: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). Aliás, sua morte causou grande impacto em Paulo. Ele se referiu a ela, algumas vezes. A serena morte de um crente em Jesus abalou o poderoso fariseu e pesou em sua conversão.
A morte não mais assusta. Entristece, pois nos separa de pessoas que amamos, mas não assusta. Ela não é invencível. Cristo a venceu na cruz. Passaremos por ela, mas nós a superaremos. Cristo a minimizou (Ap 5.5-10). Ele a superou. Na cruz, Jesus morreu, mas voltou a viver. Na cruz, a morte continuou viva, mas começou a morrer. Ele a venceu. Nós a venceremos.
A cruz não sinaliza derrota, mas vitória. Ele não ficou nela, nem na sepultura. O discurso de Pedro no dia de Pentecostes (At 2.14-36) é uma excelente explicação teológica do significado da cruz, da sepultura vazia e o triunfo final de Jesus.

5. Vitória e perseverança
1 Coríntios 15 é o maior capítulo do Novo Testamento. E um dos mais vibrantes. A força espiritual e literária de Paulo brilha como nunca e nos faz antecipar momentos fantásticos e maravilhosos que desfrutaremos. Este autor, particularmente, se comove sempre que lê este poderoso argumento paulino.
O capítulo conclui com um canto de vitória e um chamado à perseverança: “Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (vv. 54-58).
Cantemos a vitória em Cristo e firmemo-nos na fé. A morte morrerá e viveremos para sempre com ele. Que venha o fim! E lembremos a última oração da Bíblia: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

Para pensar e agir

1. A vida cristã inclui bênçãos materiais, mas é muito mais que isso. Temos bênçãos espirituais (Ef 1.3) e esperar só bênçãos materiais é ser infeliz (1Co 15.19). Cristo é para esta vida e para a eternidade.
2. Temos a vida eterna, a vida para sempre com Cristo. Acostumamo-nos com esta expressão, mas como ela é profunda! Louvemos a Deus por isso!
3. Cristo é o Nome sobre todo nome, e todo joelho se dobrará diante dele (Fp 2.9-11). Ele deve ser o Nome em nossa vida. O que temos e teremos é por causa dele!

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