terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Últimos conselhos de Tiago

TIAGO 5.9-19 INTRODUÇÃO Apesar de reiterar as exortações feitas nos capítulos anteriores – a guarda da língua; paciência nas tribulações e sofrimento; a importância de honrar a palavra empenhada – Tiago introduz novos assuntos nos seus conselhos finais: o comportamento do crente nos momentos de tristeza ou de alegria; a importância e a objetividade nas orações e a preparação para a volta do Senhor. Ao relembrar seus conselhos, Tiago revela o quanto estava preocupado com aqueles irmãos e esperava urgentemente uma mudança radical em suas vidas. Note-se que apesar da cobrança de uma postura digna de cristãos, Tiago insistia em confortá-los e encorajá-los. Este deve ser o comportamento do crente. Aquele que caiu em pecado deve ser exortado, sim. Contudo, antes de qualquer palavra dura, deve-se tentar colocar-se no lugar do outro; usar de misericórdia, sabendo que poderia incorrer no mesmo erro. Deve-se, ainda, encorajar o irmão caído a levantar-se. Lembrar-lhe que Cristo o ama e que você o ama também. ANÁLISE DO TEXTO “não vos queixeis irmãos uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta.“ (5.9) Tiago já havia orientado sobre a guarda da língua (cap. 3.1-10 e 4.11). Relembra que devem deixar de lado a maledicência; devem abandonar as críticas destrutivas. Se houver necessidade de correção, que seja feita com paciência e amor. Qualquer julgamento deve ser entregue a Cristo. Tiago cria que Jesus voltaria naqueles dias e, portanto, quando voltasse julgaria os erros cometidos. Aqueles irmãos não precisavam fazer a tarefa do Justo Juiz. a questão da paciência e do sofrimento (5.10 e 11) Tiago retorna ao problema da paciência nas tribulações e sofrimento (1.1-4). Relembra o que sofreram os profetas e o exemplo de paciência e perseverança que deram. Recorda ainda que aqueles que suportam as provações são bem-aventurados. a honestidade no empenhamento da palavra. (5.12) Era comum jurar por qualquer motivo. Tiago condena os juramentos, demonstrando o que aprendera com Jesus. os céus - lugar onde está Deus. a terra - lugar sagrado criado por Deus. Havia o hábito de se jurar em nome de Deus, pelos céus ou por um ou mais objetos sagrados. Tiago ressalta que nem Deus nem o objeto poderiam garantir o cumprimento de uma palavra empenhada. Eles não são para serem tomados em vão. A palavra deve ser empenhada com honestidade. Se não for cumprida, ou não houver a intenção de cumpri-la, não deve ser firmada. o comportamento do crente nos momentos difíceis e na alegria (5.13) Tiago trata da conduta cristã nos principais momentos da vida. Na doença, é a oportunidade para exercitar-se na oração. De um modo geral, toda enfermidade acaba causando aflição tanto para o doente, quanto para seus familiares e amigos. “Está aflito alguém entre vós?” Aflito tem o mesmo sentido de sofrimento. Este envolve qualquer tipo de tribulação, aperto, enfermidade, necessidade ou privação. Na alegria, o crente cantando, louvando, não só estará demonstrando sua gratidão, como estará sempre se lembrando da sua dependência dele. Tiago adverte que é nas horas de alegria que o crente tende a se esquecer de Deus. a oração (5.14-18) objetiva – para que alguém seja curado. Depois de curado o doente, entendendo ele que necessita da cura maior – a salvação – terá seus pecados perdoados se aceitar a Jesus como Salvador. a confissão de pecados – esta é a condição para resposta à oração. Tiago demonstra que se alguém pecou contra o seu irmão, deve ir até ele e declarar verbalmente o seu pecado àquele irmão. Não é para sair confessando um ou mais pecados cometidos para todos ficarem sabendo. Também não é para encobrir pecados. Vá até aquele contra quem pecou, confesse e peça perdão. Se pecou contra a igreja, denegrindo a sua imagem, deve confessar publicamente à igreja. A oração do justo pode muito em seus resultados.- Tiago ilustra com a vida de Elias, que era igual àqueles cristãos e exercia a oração com resultados. Quando um crente está comprometido com a Palavra, com o Espírito Santo, tudo o que ele pede é respondido. João 14.13 diz: “E tudo o que pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. A oração do justo é feita com fé, tem o propósito de glorificar a Deus e manifestar o seu poder. A pregação do evangelho (5.19) Trata da responsabilidade que o crente tem com a pregação da Palavra. Quando o crente prega o evangelho está ajudando a salvar uma vida do fogo do inferno. Cobrir uma multidão de pecados - quando uma pessoa se converte, seus pecados cometidos até aquele momento são perdoados e os que forem cometidos também. Com a conversão do pecador, a quem se pregou a Palavra, os pecados que pressupostamente viria a cometer em sua vida de ímpio são evitados, logo, cobertos. Aplica-se também ao que prega o evangelho a cobertura de pecados. Quando o crente se ocupa da pregação da Palavra não lhe sobra tempo para pecar. A VINDA DO SENHOR NA VISÃO DE TIAGO Tiago cria que Jesus voltaria naqueles dias. Os cristãos estavam sendo perseguidos e ele os exortou a terem paciência, porque o Senhor Jesus estava voltando e logo receberiam a sua recompensa: estar na glória com Cristo. Como ilustração, ele usa o trabalho do lavrador, que tem uma recompensa: o fruto. O lavrador depende de Deus o tempo todo. Para que dê as chuvas, para que faça a semente germinar, para que o fruto se desenvolva e possa ser colhido. Seu trabalho é exercido com toda a paciência para que o resultado apareça. Ele não planta num dia com intenções de colher no dia seguinte. as primeiras chuvas - ocorriam na Palestina entre os meses de outubro e novembro; serviam para umedecer a terra para a semente recém-plantada. as últimas chuvas - ocorriam entre abril e maio e eram necessárias para amadurecer o fruto. A tarefa do lavrador é de paciência. Preparar a terra, semear e esperar. Tem de colher o fruto na época certa; caso contrário, perde toda a colheita. A tarefa do crente é semelhante à do lavrador. É o que Tiago quer mostrar. O campo é o mundo. O crente deve preparar a terra, semear a Palavra, para depois colher os frutos. O fruto de que Tiago está falando como resultado final é a volta de Cristo para buscar sua igreja, quando esta, enfim, será glorificada. CONCLUSÃO A expectativa de Tiago deve ser também a nossa. Ele cria que a volta do Mestre dar-se-ia em seus dias. Os conselhos finais visavam o preparo daqueles crentes para encontrarem-se com Jesus naquele momento. Num dos mais lindos conselhos aos cristãos de Roma, Paulo escreve: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? (...) Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Rm 8.35, 37-38) O conselho de Tiago é: “exercitem a paciência!” Uma palavra de alento, com muito carinho, de alguém que deseja o bem e que todos os seus irmãos estejam com Cristo. Não é uma cobrança ou exigência por parte do apóstolo. O mesmo deve ocorrer com você hoje. Não permita que as provações venham desanimá-lo, mas fortalecê-lo cada vez mais, e que você seja aprovado. Encha o coração de certeza, de convicção, porque Jesus está voltando e ele pode chegar a qualquer momento. Ao mesmo tempo, encoraje seus irmãos nos momentos difíceis. Faça como Tiago. Leituras diárias Segunda-feira Mateus 18.15-17 Terça-feira João 14.12-15 Quarta-feira Tiago 1.1-4 Quinta-feira Tiago 2.12-20 Sexta-feira Tiago 3.1-10 Sábado Tiago 5.9-13 domingo Tiago 5.14-19

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