segunda-feira, 25 de abril de 2011

BARNABÉ – O FILHO DA CONSOLAÇÃO

TEXTO BÁSICO: Atos 4.32-37

Vivendo numa sociedade cujos valores morais e espirituais são deturpados, cujos conceitos de bem e mal, amor e ódio, certo e errado têm sido tão relativizados, é preciso que Deus levante pessoas como o personagem em foco para nos encorajar no enfrentamento das questões que tanto nos atormentam. Entre estes debates, destacamos a questão do aborto, que aumenta assustadoramente em nosso país, a adoção de crianças por casais homossexuais, a eutanásia (a morte dirigida ou consentida), a legalização das drogas, da prostituição, etc., enfim, uma sociedade que produz gente culta, rica, abastada economicamente, porém é consumida por um pessimismo terrível em que a depressão, a tristeza e a infelicidade prevalecem em um expressivo aumento de suicídios.
Para uma sociedade marcada pelo adultério, pedofilia e orgulho gay, uma prova inequívoca de que o mundo jaz no maligno, como tão bem diz a Palavra de Deus, é que precisamos de “barnabés” para nos confortar e consolar em meio aos conflitos em que estamos inseridos.
QUE SABEMOS SOBRE BARNABÉ?
Era judeu de uma família sacerdotal, da tribo de Levi, natural da ilha de Chipre, segundo a Bíblia o seu nome original era José, mas passou a ser chamado de Barnabé pelos apóstolos em face da sua atuação no encorajamento frequente aos necessitados na hora em que eles mais precisavam. Além da alcunha de consolador, esse homem foi marcado pelo seu coração aberto para a obra missionária, mão aberta para contribuir com a causa e sempre priorizando o reino de Deus em detrimento da sua própria vida.

1- PARA BARNABÉ A CONSOLAÇÃO PASSAVA PELO EXEMPLO DE VIDA – Atos 4.37
Barnabé provou que não era um teórico da consolação e do encorajamento. Ao perceber a situação aflitiva no aspecto econômico do povo em Jerusalém, ele não teve dúvida, vendeu a sua propriedade e deu o dinheiro para que os apóstolos administrassem como lhes conviesse. Essa atitude mostra o caráter desse homem de Deus, pois ele como líder saiu na frente. Cremos que essa é a maior necessidade do momento. Barnabé poderia fazer um discurso sobre a necessidade de ajudar o próximo; poderia silenciar-se, já que a sua casa e a sua família estavam abastecidos. Mas não, ele saiu na frente, deixando uma estrada luminosa para quem quisesse segui-la. A impressão que temos é que ele já tivesse conhecimento do conselho que Jesus tinha dado aos discípulos, quando lhes disse: “Antes dai esmola do que tiverdes, e eis que tudo vos será limpo” (Lc 11.41); “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo” (Lc 6.38).
. Memorizemos isso: repartir o que se tem com o que não tem, além de eliminar a necessidade é também um ato de valorização do ser humano.
. Aprendamos com Barnabé a colocar o ser humano acima de nossos bens materiais.

2- PARA BARNABÉ A CONSOLAÇÃO PASSAVA PELA SUA CAPACIDADE DE INVESTIR EM VIDAS – Atos 11.19-26
A trajetória desse homem de Deus é simplesmente maravilhosa, porque a exemplo de Cristo ele via valor em quem ninguém mais acreditava e com a sua atitude visionária ele foi decisivo no fortalecimento da igreja, que vivia ainda uma fase de primeira infância.
Mas o que tornava mesmo esse homem diferenciado era a sua capacidade de discipular, ou seja, investir em vidas.
O texto em foco deixa claro que os discípulos estavam conscientizados de que só deveriam pregar aos judeus – At 11.19b. Porém empolgados pela manifestação do Espírito Santo, eles foram convidados por varões da Cípria e de Cirene e entraram em Antioquia e vários gregos se converteram a Jesus. E por incrível que pareça, esse santo atrevimento de pregar aos gentios lhes custou caro, porque o verso 22 diz que a fama daqueles intrépidos e abençoados proclamadores chegou a Jerusalém e esse fato foi recebido como rebeldia. E mais uma vez Barnabé entra em cena, vai a Antioquia, se reúne com os líderes, constata que tudo aquilo era obra do Espírito Santo e aquelas conversões eram verdadeiras e mais do que isso, concluiu Barnabé que aquele fogo do Espírito havia sido aceso, as vidas estavam em chamas. Após analisar aquele fenômeno de crescimento, ele percebeu que só um obreiro poderia manter o incêndio espiritual e partiu para Tarso em busca de Paulo, e achando-o deu posse a ele naquele grande ministério. Lições de mais este gesto de grandeza:
(1) Com o prestígio que ele adquiriu diante da liderança e do povo, a ponto de pela primeira vez os discípulos serem identificados como cristãos: “... em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26b), ele poderia reivindicar ser o líder maior daquela comunidade, mas não o fez.
(2) Ele arredondou a igreja, ou seja, dirimiu todos os problemas e partiu para Tarso em busca de Paulo e entregou-lhe uma igreja pronta para avançar.

3- PARA BARNABÉ A CONSOLAÇÃO PASSAVA PELA CORAGEM DE ENFRENTAR PROBLEMA TEOLÓGICO – Atos 15
O evangelho era restrito aos judeus, mas aí o Espírito Santo impulsionando a igreja atingiu em cheio os gentios, que receberam a mensagem cristã de uma forma extraordinária. Aquele crescimento já havia gerado desconfiança dos crentes de Jerusalém e agora surge mesmo um grave problema teológico, pois os crentes judeus queriam obrigar os gentios a passarem pela circuncisão. Isso gerou uma crise na igreja, que só podia ser resolvida com um amplo debate em que as duas partes seriam ouvidas. Então convocou-se o concílio (reunião de igrejas e pastores para debaterem um tema polêmico). E aí mais uma vez o consolador Barnabé aparece para com equilíbrio e bom senso resolver a questão, por meio do relatório de Tiago (At 15.19,20).
. Observemos a alta consideração e apreço que os líderes de Jerusalém dispensaram a Barnabé e Paulo, chamando-os de “amados do Senhor”, e publicamente reconhecendo-os como homens que expuseram suas vidas pelo nome de Jesus: “Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (At 15.25,26).
. Corroborando com tudo isso a tradição dá conta de que Barnabé teria sido martirizado na ilha de Chipre em Salomina, porém sempre se mantendo fiel ao Senhor.
. Que Deus continue levantando homens e mulheres com a sabedoria, competência e coragem de Barnabé para se insurgirem e resolverem os graves problemas teológicos que têm tanto assolado as igrejas!

PARA PENSAR E AGIR

Barnabé foi marcado pelos investimentos que fez na causa do divino Mestre:
1) Investiu financeiramente – Dando uma prova de profunda abnegação, ao vender a sua bela propriedade e entregar todo o produto da venda para a obra missionária! Ele deu 100% para o progresso do Reino. E o irmão tem dado pelo menos 10%?
2) Ele também investiu em vidas – Deus lhe deu capacidade de vislumbrar diamantes em meio às pedras comuns e investir os seus bens, o seu tempo e a sua paciência para burilá-las. Haja vista o que ele fez por Paulo, que havia sido praticamente excluído pelo grupo, integrando-o cabal e completamente; o que ele fez com João Marcos, alijado da obra missionária pelo próprio Paulo, transformando-o em verdadeiro baluarte na causa do Senhor.
3) Ele investiu todo o seu dom de exortação concedido pelo Senhor para dirimir questões eclesiásticas e teológicas na igreja para que ela pudesse continuar fazendo com presteza a obra missionária.
Enfim, foi um homem tão vital para o reino de Deus que abriu mão de seu dinheiro, seu tempo, seus sonhos pessoais, sacrificou o seu “eu”, negando-se a si mesmo em proveito de vidas depostas no altar de Deus. Que baita homem de Deus! eu queria ser um crente assim, e você?

LEITRAS DIÁRIAS:

segunda-feira: Ats 11.21-26
terça-feira: Lc 11.41
quarta-feira: Lc 6.38
quinta-feira: At 9.26,27
sexta-feira: At 15.1-22
sábado: At 15.23-41
domingo: At 4.32-37

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