quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O inferno realmente existe?

Texto bíblico: Apocalipse 20.14,15

O inferno não é assunto atraente à reflexão de ninguém, possivelmente em razão de sua natureza: lugar do Diabo e seus anjos, de perdição, de ausência de Deus e de sofrimento por toda a eternidade. Mas é um assunto necessário ao conhecimento, para tomarmos mais cuidado com a nossa vida, valorizarmos a salvação que recebemos de Jesus Cristo e termos mais amor pelos perdidos, para levarmos a mensagem libertadora que tira das trevas para a maravilhosa luz da salvação. Não falar sobre o tema é deixar de lado ensinos das Escrituras, como: Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez 33.11) e o destino final do homem sem Deus.

1. Que é o Inferno?

É lugar de punição eterna pela injustiça e rejeição ao sacrifício do Calvário. Algumas palavras são usadas na Bíblia para referir-se ao mundo dos mortos: no Antigo Testamento “Sheol” e no Novo Testamento, “Hades”. Na Septuaginta (a tradução do Antigo Testamento em hebraico para a língua grega) a palavra “Hades” ocorre mais de cem vezes, e na maioria delas para traduzir o hebraico “Sheol”, mundo inferior que recebe os mortos. Uma das tristes realidades do inferno é a separação eterna de Deus. Inferno é a tradução para “Gehenna”, a forma grega da frase hebraica que significa “Vale de Hinom”, lugar onde os cananeus adoravam aos deuses Baal e Moloque, sacrificando crianças em fogo abrasador, que queimava continuamente. A Bíblia em 2Crônicas 28.3 e 33.6 afirma que Acaz e Manassés, reis de Judá, foram culpados por essa lastimável e terrível prática idólatra.
O rei Josias pôs fim a esse tipo de adoração satânica, como expressão de sua reforma religiosa, deixou o vale totalmente impossibilitado de realizar-se ali qualquer tipo de culto (2Rs 23.10).
No período do ministério de Jesus esse vale era usado como lixão, lugar onde depositavam todos os resíduos e sujeiras de Jerusalém, inclusive corpos dos animais e dos criminosos executados. Para que toda essa sujeira fosse queimada e os estados de putrefação dos corpos não afetassem de forma insustentável, o fogo deveria manter-se aceso queimando continuamente. Era comum nesse ambiente o surgimento de muitos vermes, que se multiplicavam em razão da sujeira.
Jesus usou essa triste realidade para ilustrar o inferno e seus horrores, mostrou esse quadro como símbolo do inferno, lugar de tudo que não se encaixa no céu. É como se Jesus perguntasse: “Querem saber como é o inferno? Então olhem para o Gehenna”.
Para o Novo Testamento o inferno é um lugar, habitação final dos condenados ao sofrimento ou punição eterna (Mt 25.41-46). É lugar de fogo e de trevas (Jd 7.13); de choro e ranger de dentes (Mt 8.12); de destruição (2Ts 1.7-9) e de tormento (Ap 20.10).
O inferno nunca terá fim (Jd 13; Ap 20.10), de lá não se tem mais oportunidade, em razão de um grande abismo: os que estão lá amaram mais as trevas do que a luz, recusaram receber Jesus como Salvador e Senhor, preferiram o pecado, a injustiça e não se sujeitaram a Deus (2Ts 2.9-11; Jo 3.12-21; Rm 2.8).
Quando nos deparamos com tudo que a Bíblia relata sobre o inferno somos tomados por um sentimento de gratidão muito expressivo a Deus por nos ter enviado Jesus, expressão da graça, e nos salvar, inclusive da ira futura (Jo 3.16; Mt 13.48-50).

2. O que as pessoas geralmente pensam sobre o inferno?

Algumas afirmam que o inferno é neste mundo, por causa da violência, das injustiças, da desgraça, dos infortúnios, da falta do amor, da crueldade que aumenta, do coração do homem tão despido de piedade e compaixão: pais matam filhos, filhos matam pais, o ser humano sendo tão descartável. Isso não é o inferno, mas reflexo dele, pois o mundo jaz no maligno (1Jo 5.19).
Acham também que o inferno é um mito, uma história inventada para assustar as pessoas, que não passa de um emocionalismo recheado de hostilidade e pavor. Esse conceito não procede, pois Jesus, essência do amor infinito do Pai, referiu-se a ele como lugar de punição (Mc 9.47; Lc 12.5).
Para outros o inferno é morte definitiva, onde tudo se acaba, se desintegra, se desfaz com o fogo abrasador. Também acham que o inferno não existe, esse pensamento tem sido evidente na intelectualidade moderna.
À luz da Bíblia, são crenças infundadas, pois o inferno é uma realidade e seus habitantes não se desintegrarão com o fogo, este os cercará para todo o sempre (Mc 9.46,48). O livro do Apocalipse arremata esse assunto apresentando o inferno como “lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20; 20.10,14-15; 21.8). Também diz que o falso profeta e a besta (Ap 19.20) foram lançados no inferno e, no fim de tudo, para o mesmo lugar foram lançados o Diabo, a morte (último inimigo a ser vencido ou destruído, 1Co 15.26), o Hades e todo aquele que não se achou inscrito no livro da vida (Ap 20.10,14,15).

3. Sua existência é comprovada pela Palavra

Sendo eternos os efeitos dos nossos pecados, a punição não poderia ser temporária, ela também é eterna. No Antigo Testamento a palavra hebraica para eterno é “olam”, já no Novo Testamento a palavra correspondente é “aiônios”, que significa sempre. Sendo assim, as palavras usadas nas línguas originais para descrever a eternidade de Deus e a eternidade das vitórias dos salvos nos céus são as mesmas para descrever as desgraças e sofrimentos dos perdidos no inferno.
A Palavra de Deus diz que os pecadores inconversos nunca mais verão luz (Sl 49.19b), habitam em labaredas eternas (Is 33.14), ficam totalmente aterrorizados (Sl 73.19), não haverá quem possa ajudá-los e sofrerão por toda a eternidade.
Dentre as grandes certezas que encontramos na Palavra, destaco duas: as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja (Mt 16.18) e o Senhor Jesus tem as chaves da morte e do inferno.

Para pensar e agir

O inferno existe, conforme a Bíblia diz. Ele não foi criado para nós, mas para o Diabo e os seus. Jesus é o caminho para o céu e aquele que nele está não precisa temer o inferno. Mas é lamentável saber que há pessoas longe de Jesus. Conhecendo o fim daqueles que não se arrependem e se entregam a Jesus, pela fé, devemos anunciar a mensagem da salvação, com toda a intensidade possível.

Leitura Bíblica Diária:
Segunda: Lucas 12.1-5
Terça: Lucas 16.19-31
Quarta: Mateus 18.7-9
Quinta: Mateus 16.18
Sexta: Oseias 13.14
Sábado: Salmo 139.8
Domingo: Apocalipse 20.14,15

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