segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MISSÃO CUMPRIDA!

Texto: Neemias 6 e 7. “Não há nada melhor do que a sensação do dever cumprido”. (Diaconisa Edith Gomes da Silva) Introdução: David W. F. Wong, usando o exemplo de uma escalada, afirmou: “Escalar uma montanha é um desfio; o mesmo vale para a descida. Os perigos e os riscos da descida são tantos e tão enormes quanto os da subida. O perigo da ‘febre pelo cume’ se aplica não somente à escalada, mas também à vida. Escalar a escada do sucesso nos desnorteia com uma obsessão: chegar ao topo. Quando o alcançamos, nos deleitamos com o brilho de nossa conquista e esquecemos que ainda há uma jornada de descida”. Chegar ao topo tem sido o fim da linha para muitos que não se preocupam com alguns detalhes após uma grande vitória. Muitos esquecem que a jornada continua e sempre teremos um novo desafio pela frente até a volta de Cristo. Como podemos permanecer de pé após uma grande vitória? Por que muitos ministérios estabilizam e entram em declínio após uma grande conquista? Já estudamos, na lição 5, as tentativas do inimigo em desestabilizar Neemias e os judeus visando à paralização da obra (6.1-14). Em nosso estudo de hoje, daremos ênfase ao caminho da vitória e como agir após uma grande conquista. Os Fatos Após 52 dias de muito trabalho, o muro ficou pronto. Antes Jerusalém era caracterizada pelas ruínas e um povoado triste. Agora eles haviam recuperado a autoestima e possuíam uma fortaleza murada (6.15). Os judeus tinham motivos de sobra para celebrar. Neemias havia conseguido liderá-los até uma nova realidade. A tarefa foi completada com velocidade tão fenomenal, que até os inimigos reconheceram “que a obra havia sido executada com a ajuda de Deus” (V.16). O CAMINHO DA VITÓRIA Nossas vitórias não são obras do acaso. Geralmente são o resultado de muita de dedicação, relacionamentos saudáveis e bom planejamento. O escritor evangélico norte-americano John Maxwell, escreveu o livro As 21 leis irrefutáveis da liderança, onde desenvolve os princípios da liderança. A 15ª é a lei da vitória. Segundo este influente líder, a vitória (sucesso) só é possível se houver a conjunção de três fatores que estão a seguir com algumas adaptações: 1) Unidade de Plano – As equipes só alcançam sucesso quando seus membros têm o mesmo plano em mente, independentemente de talentos e do potencial. Uma equipe não vence se os interesses forem diferentes. 2) Diversidade de dons – Equipes precisam de talentos diversos para alcançar sucesso. Cada um fazendo a sua parte. 3) Um líder comprometido com a vitória e que busca extrair todo o potencial dos seus liderados – Toda equipe precisa de liderança para alcançar a vitória. A unidade de plano não vem espontaneamente. As pessoas certas com a correta diversificação de talentos são fatores que não se juntam por si sós. É preciso um líder que faça essas coisas acontecerem, e também cabe ao líder dar motivação, autoridade e rumo para que venham as vitórias. OS PERIGOS DA VITÓRIA A conclusão do muro não havia eliminado o perigo para Jerusalém. Os judeus estavam regozijantes enquanto os inimigos tramavam novas investidas. Neemias sabia que o perigo ainda rondava a cidade. Ele então decidiu agir rapidamente para protegê-los. Neemias não queria perder o grande prêmio da vitória, que é a oportunidade de realizar mais. Ele sabia que sua missão ainda não estava concluída. A vitória alcançada era apenas uma batalha vencida e qualquer “cochilo” poderia botar tudo a perder. Por isso, ele tomou as seguintes medidas: 1°) Ele designou porteiros para controlar os acessos a cidade (7.1). 2°) Confiou a administração de Jerusalém a Hânani (7.2). 3°) Providenciou o repovoamento e deu sequência as reformas sociais (7.4). Para o inglês John Mason, do Exército da Salvação, declarou: “Há duas ocasiões em que um indivíduo para: depois de uma derrota e depois de uma vitória”. O pastor escocês e escritor Andrew Bonar fez o seguinte alerta: “Sejamos tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha”. John C. Maxwell fez o seguinte alerta em relação as conquistas: “Dois sentimentos normalmente surgem depois de se concluir um grande empreendimento: primeiro, um suspiro de alívio e motivos para comemorar; segundo, uma sensação de vazio... E, agora o que faremos? A medida que estamos envolvidos com determinado projeto, ele vai revelando muito de nosso caráter. O período que segue a algo bem sucedido é muito perigoso. Somos muitas vezes, tentados a nos acomodarmos, principalmente se não tivermos outra meta. Podemos nos dar por satisfeitos e baixarmos a nossa guarda. A prontidão e agilidade se enfraquecem em nós. O momento da vitória é um tempo crucial para qualquer organização” Em tempos de vitória devemos redobrar a nossa atenção (1Pd 5.6-9). Não podemos deixar brechas para o inimigo. Infelizmente muitos se perdem nesse tempo, que deveria ser de grande celebração na presença de Deus em busca da visão para a continuidade da obra. VITÓRIAS NA VIDA PESSOAL A ausência de doenças ou de problemas financeiros tem sido interpretada, para muitos, como aprovação de Deus. O contrário disso para muitos é sinônimo de pecado na vida. Em nossos dias, as casas terrenas são mais “cobiçadas” do que as mansões celestiais. Em alguns ambientes eclesiásticos fala-se mais da prosperidade material do que da salvação em Cristo Jesus. Muitas pessoas estão indo aos templos em busca de autoajuda enquanto ignoram a ajuda do alto. Tudo isso revela a nociva falta de conhecimento bíblico (Os 4.6). A busca por bênçãos materiais tem sido o “combustível” utilizado por alguns falsos “líderes espirituais inescrupulosos” que estão por aí ludibriando e explorando pessoas enquanto ampliam suas propriedades. Todo cristão deveria lembrar que apenas a nossa salvação durará eternamente. Essa é a nossa maior vitória e por isso o melhor a fazer é investir nela e procurar levar os outros a fazerem o mesmo (Rm 10.9; Jo 6.37). A nossa prosperidade na terra deve ter como parâmetro do Salmo 1. Nossas vitórias precisam estar de acordo com o futuro, com a eternidade ao lado do nosso Deus. Precisamos buscar e pensar nas coisas que são de cima (Cl 3.1,2). Os bens materiais e demais coisas deste mundo deverão ser acrescentados em nossa vida segundo a vontade de Deus, e jamais deverão nos dominar (Mt 6.33). “Que alegria tenho no meu Salvador! Tenho graça, vida e amor paternal. Tudo posso, tudo, por ti, meu Senhor; Deste mundo sou vencedor afinal.” (2ª estrofe 497 HCC – Manuel Avelino de Souza) O EXEMPLO DE PAULO Paulo afirmou: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Paulo foi um vitorioso. O valor de sua vida estava em cumprir a missão que havia recebido de Deus. Suas momentâneas vitórias jamais impediram que ele continuasse a sua jornada (1Co 9.16). Durante seu ministério sempre demonstrou humildade e conseguiu aprender a difícil lição do contentamento. Ele se considerava um vitorioso em qualquer circunstância (Fp 4.11). Ele era fortalecido por Deus (Fp 4.13). Paulo tinha convicção de que todas as coisas contribuíam juntamente para o bem dos que amam a Deus (Rom 8.28) e que nada poderia separá-lo do amor do Senhor (Rm 8.31-39). Seu lema era prosseguir (Fp 3.14). Quando percebeu que seu fim estava próximo, declarou: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). Eis um verdadeiro vencedor! CONCLUSÃO: Aprendemos com Neemias a aumentar a vigilância na hora da vitória. Caso contrário poderemos plantar as sementes das futuras derrotas. Precisamos avançar confiantes na capacidade de Deus de nos ajudar. Veremos nas próximas lições que foram necessárias algumas reformas para ajustar o povo à vontade de Deus. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Em sua opinião, quais são os maiores perigos da vitória? 2) O que você acha que devemos fazer após uma grande vitória? 3) Como devemos nos proteger das mensagens que nos afastam do verdadeiro ideal de Deus para o seu povo? LEITURA DIÁRIA: Segunda – João 6.22-35. Terça – I Coríntios 15.58. Quarta – I Pedro 5.6-9. Quinta – Tiago 4.6-10. Sexta – Salmo 127. Sábado – Salmo 128. Domingo – Efésios 4.11-16

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