segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CONFESSANDO OS PECADOS.

Texto: Neemias 9 e 10. “Não entendo como um homem pode ser um verdadeiro crente, se o pecado não é para ele o maior fardo, a maior tristeza, o maior problema”. (John Owen) Conta-se que um ministro pregava ousadamente a respeito do pecado. Referia-se ao pecado como uma coisa abominável que Deus odeia. Certo dia, um membro da igreja foi ao seu escritório e disse-lhe: “Nós não queremos que o Senhor fale assim tão abertamente sobre o pecado, porque se os nossos filhos e filhas ouvirem tanto sobre esse assunto, mais facilmente eles se tornarão pecadores. Chame-o um erro, se lhe parecer bem, mais não fale assim tão claramente sobre o pecado”. O ministro foi a uma prateleira de remédios, trouxe um vidrinho com uma substância marcado “veneno” e disse: “Veja o que o senhor quer que eu faça; deseja que eu mude o rótulo. Suponhamos que eu tire esse rótulo e coloque outro mais ameno, por exemplo, “essência de hortelã-pimenta”; pode o senhor prever o que aconteceria? Quanto mais brando fizermos o rótulo, tanto mais perigoso faremos o veneno”. O capítulo 9 de Neemias trata de um assunto de extrema relevância: A confissão de pecados. Vivemos num mundo dominado pelo relativismo onde cada um tem a sua verdade. Num mundo assim, o que é verdade para uma pessoa, pode não ser para outra. O que predomina é o ponto de vista de cada um. Afinal de contas, tudo é relativo! A igreja e os pregadores são pressionados a “maneirar” na exposição de sua mensagem. Termos como pecado, confissão, juízo, arrependimento, inferno, santidade, para muitos não serão bem-aceitos. É preferível ouvir sobre prosperidade, curas, bênçãos e vitórias. As pessoas estão preferindo a “autoajuda” a “ajuda do alto” que nos livra das garras do “pecado”. Enquanto Paulo aconselha em Romanos 12.2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...”, muitos preferem flertar com o pecado e ainda dizer: “Não tem nada a ver!”. Antes de continuar nosso estudo, apreciemos as definições do teólogo batista norte-americano Millard J. Erickson dos seguintes termos: Pecado - “Qualquer ação, atitude ou disposição que fracasse em cumprir ou alcançar de modo completo os padrões da justiça de Deus. Pode ser uma transgressão real da lei de Deus ou uma falha em viver segundo as suas normas”. Errar o alvo. Todos são pecadores (I Jo 1.8; Rom. 3.23; Sal.51.5). Confissão - É o reconhecimento ou admissão de pecados feitos quer a Deus diretamente, quer a outras pessoas. A Bíblia nos orienta a confessar os pecados em busca do perdão divino (Rom. 10.9; I Jo 1.9. Tg. 5.16). A Confissão de pecados dos judeus. O contato com as escrituras (Cap.8) proporcionou uma convicção coerente acerca do pecado na vida dos judeus. Eles deram sinais externos do peso que sentiam nos corações por causa dos pecados cometidos (V.1). A leitura da Lei não foi um simples ritual para ouvir acerca das coisas de Deus (V.3). Eles dedicavam um tempo de qualidade para confessar seus pecados e adorar ao Senhor. Era a lei de Deus aplicada na vida dos que lá estavam. O teólogo e pastor inglês Derek Kidner ao comentar o (V.2), atribui as ações dos judeus a observância de Lev. 20.26: “Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus”. A aceitação deste preceito, nas circunstâncias de carestia naquele tempo, subtendia um espírito de dedicação mais do que de arrogância, porque os gentios na vizinhança ofereciam boas vantagens sociais se sua amizade fosse cultivada (Nee 6.17,18). Eles abriram mão das amizades do mundo, para se tornarem mais amigos de Deus (Tg 4.4). Ingredientes de uma confissão genuína. Matthew Henry afirmou que: “Esquecer-se de Deus é a causa de toda a iniquidade dos ímpios”. Observe que o clamor dos judeus revelou uma visão coerente acerca de Deus e das consequências do pecado. 1) Deus é o criador perfeito, justo, poderoso, protetor, sustentador, orientador e que nos supre na hora das necessidades (V. 6 a 15). 2) Deus é perdoador, bondoso e misericordioso, paciente, amoroso e compassivo (V. 16 a 25). 3) Deus é o que adverte, paciente, justo e disciplinador (V. 26 a 31). 4) Eles reconheceram que o afastamento de Deus foi à causa das inúmeras calamidades que faziam parte da história dos seus antepassados (V.32-37). A mudança de comportamento Toda confissão que não gera mudança de comportamento poderá ser questionada. O quebrantamento gerou um acordo entre os judeus (9.38). Varias pessoas assinaram (10.1-29). Eles se dedicaram a rever o estilo de vida que estavam adotando e de acordo com a Lei de Deus decidiram rever as seguintes áreas da vida. Família (V.30) – Os pais prometeram não dar mais as filhas em casamento para outros povos conforme Êx. 34.12-16. Culto (V.31) – Não aceitariam transações comerciais no sábado que deveria ser dedicado para cultuar ao Senhor conforme o quarto mandamento Êx. 20.8-11. Contribuições (V.32-39) – Assumiriam a responsabilidade estabelecida na Lei conforme Êx. 23.19. Passaram a ofertar e dizimar conscientemente. Resolveram não negligenciar o templo do Senhor. A importância da vida devocional O pecado nos afasta de Deus. Precisamos buscar todos os meios possíveis para nos proteger de uma vida pecaminosa. Não podemos “flertar” com o pecado (1Jo 3.9). Uma boa vida devocional será uma forma eficaz de proteção diária. Veja o exemplo de Davi: “Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio” (Sl 5.3). Todos nós deveríamos começar o dia em oração. Se assim fizermos, estaremos mais preparados para enfrentar as batalhas espirituais durante o dia. Thomas D. Bernard afirmou: “Nosso senso de pecado é diretamente proporcional à nossa proximidade de Deus”. Quando nos afastamos da presença de Deus corremos o risco de ver o pecado como algo normal. E aí, em nossa mente poderão se alojar os seguintes mecanismos: a racionalização, a fuga e a hipocrisia. Ronaldo Lidório, no livro Liderança e integridade, explicou estes três mecanismos: Racionalização – argumenta sobre os motivos pelos quais se deve continuar pecando. Fuga – impede que a mente pense de forma objetiva sobre o pecado, tratando-o como um assunto distante, ligado apenas ao outro. Hipocrisia – lida com o pecado através de um sentimento corrompido, justificando-o com a observação de que o outro peca ainda mais. Precisamos tomar cuidado para que a falta de tempo não seja uma desculpa para nossa falta de intimidade com Deus. Precisamos dar tempo de qualidade para que Deus nos fale, nos trate e nos reabasteça. A Palavra de Deus precisa ser para nossa vida também. Deus também precisa ser percebido dentro de nosso quarto de oração. Lembremos as palavras de Jesus: “... sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5). CONCLUSÃO: A Palavra de Deus é o instrumento pelo qual o Espírito de Deus nos transforma. Ter contato com a Palavra e resistir às transformações que ela sugere, é uma forma de enganar a si mesmo (Tg 1.22-25). Precisamos nos submeter aos mandamentos de Deus. É uma das provas do nosso amor pelo Senhor (Jo 14.21). Não podemos confundir adesão com conversão. Aqueles que aderem à igreja “podem” até mesmo continuar vivendo conforme o mundo, de mãos dadas com o pecado. Mas aqueles que verdadeiramente se convertem a Cristo, serão transformados e dirão como Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Os cristãos estão dando provas de que foram transformados por Jesus? Nosso estilo de vida tem sido diferente ao do mundo? Nossa mensagem tem incomodado os ímpios? As musicas que cantamos tem feito à diferença no mundo? 2) Em II Coríntios 6.14-16, Paulo faz um alerta sobre o envolvimento dos cristãos com incrédulos. Temos levado isso a sério nos relacionamentos afetivos? No estabelecimento de sociedades? Como devemos aplicar isso hoje? 3) Quais os possíveis danos que podem surgir na caminhada da igreja se a adesão for tão aceita quanto a conversão? 4) Como vai a nossa vida devocional? Temos dedicado tempo de qualidade para o Senhor? LEITURA DIÁRIA: Segunda – Isaias 59.1-2. Terça – Tiago 4.1-10. Quarta – Salmo 51. Quinta – Efésios 1.3-14. Sexta – Efésios 1.3-14. Sábado – Romanos 8.1-17. Domingo – Romanos 12.1-21.

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