quinta-feira, 5 de julho de 2012

SAINDO DA COMODIDADE

Texto: Neemias 2.1-9 “O ministério que nada custa, nada realiza.” (J. H. Jowis) Introdução “Se nada muda, nada muda!” Eis uma grande verdade compartilhada por muitas pessoas que desejam mudar as circunstâncias de suas vidas sem tomar nenhuma decisão e muito menos partir para a ação; pessoas que não querem pagar o preço que Neemias pagou ao decidir tomar parte não apenas do problema mas também da solução. Nolan Bushnell, fundador da empresa de jogos eletrônicos da Atari, disse: “Todo mundo tem uma ideia no chuveiro, mas os bem-sucedidos saem do chuveiro, secam-se e fazem alguma coisa com relação à ideia que tiveram”. Neemias havia pedido ao Senhor em oração a benevolência do rei. Ele não conseguia mais controlar suas emoções; o chamado de Deus se tornara a sua razão de viver, a sua “paixão”. Após cerca de quatro meses, de quisleu (Nov/Dez) a nisã (Mar/Abr), trabalhando o assunto no coração, havia chegado a hora de começar a agir. Parece que para Neemias o simples fato de ele ter tomado conhecimento do caos em Jerusalém o tornara responsável por aquela situação. Eis uma verdade a ser considerada: toda vez que Deus nos mostra uma situação que precisa ser resolvida, nos tornamos responsáveis por ela. As coisas estavam só começando. Segundo o pastor e escritor John C. Maxwell, “O sucesso é alcançado em centímetro, não em quilômetros”. Quais foram as circunstâncias que levaram Neemias a sair de onde estava para restaurar os muros de Jerusalém e a dignidade dos judeus? 1) O PROBLEMA ATINGIU A SUA ALMA (1-3) O regulamento do palácio exigia que os servos do rei demonstrassem alegria em sua presença. A tristeza não deveria ofuscar a felicidade real nem a paz do palácio. Neemias exercia uma função importante. Como copeiro real, ele funcionava como um assessor que constantemente estava na presença do rei. Era um cargo de prestígio e de muita influência na corte. Neemias afirmou: “Nunca antes eu tinha estado triste na presença dele”. Mas não teve jeito, ele não conseguiu esconder a sua tristeza, que tinha como fonte a situação caótica do seu povo. O rei percebeu e identificou a tristeza como sendo do coração. Neemias teve medo. A tristeza da alma nos expõe diante dos outros. Foi o que aconteceu com Neemias, que já não sabia mais o que fazer. Não é difícil perceber pessoas tristes em nossos dias. Um pouco mais de atenção aos seres humanos que nos cercam poderá contribuir para aumentar a nossa percepção. Será que não estamos convivendo com pessoas tristes dentro da mesma casa? Há algum irmão, algum líder triste em nossa igreja? Por que o colega de trabalho está tão diferente? Certamente há pessoas como o salmista que disse: “Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite” (Sl 42.3a). Para ajudar nossos familiares, irmãos ou amigos, seus problemas precisarão atingir a nossa alma. Pessoas indiferentes nada fazem pelos outros. A fonte da tristeza de Neemias era a situação dos seus semelhantes (v.3). Ele estava expondo a sua reputação e até mesmo a sua integridade física por causa da dor causada pelas notícias de Hanani, meses atrás. Mas para sua surpresa, a sua oração (1.11) estava sendo respondida naquele momento. Deus estava transformando o inflexível rei persa Artaxerxes I num benevolente rei, ao dizer: “O que você gostaria de pedir?”. Ao analisar estes fatos, o escritor e pastor Charles Swindoll, no livro “Liderando em tempos de crise”, concluiu que: “Mudar o coração é especialidade de Deus – Não devemos tentar manipular pessoas, devemos falar com Deus sobre elas”. “Orar e esperar andam de mãos dadas – Desista das suas próprias soluções e deixe Deus no controle". Como seria interessante ter acesso à rápida oração que Neemias fez na presença do rei (2.4b). Em silêncio ele deve ter louvado a Deus e se consagrado pelo que ainda teria que fazer. Num momento de extrema tensão só mesmo a oração para nos acalmar. 2) ELE RESOLVEU AGIR PARA MUDAR A SITUAÇÃO (v.5) Neemias fez um discurso magnífico na presença do rei. Ele abriu o seu coração, revelando tudo que estava sufocando sua alma. Seu precioso cargo não mais o satisfazia como antes. Ele só pensava em reconstruir a cidade de seus pais. Estava abrindo mão do conforto de Susã e do seu “cobiçado” emprego. Ele verdadeiramente teve de sair do seu conforto para mudar aquela situação. Até onde estamos dispostos a ir? Nosso problema não são os projetos, não é a falta de informação nem mesmo a falta de recursos. Nosso problema são as pessoas que hoje estão resistentes a saírem da sua comodidade para abençoar vidas. Poucos estão dispostos a dizer como Paulo: “Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho da graça de Deus” (Atos 20.24). Crescem nas igrejas o número de espectadores enquanto faltam obreiros para a seara. Talvez estejamos confundindo adesão com conversão. Devemos lembrar que nossa vida deve pertencer ao Senhor integralmente. Muitas vezes Deus levanta um servo para reconstruir um ambiente caótico dentro de uma família, empresa, faculdade, vizinhança, etc. Precisamos orar conforme Neemias para saber onde é a nossa Jerusalém. Para um verdadeiro servo de Deus não existirá distinção entre vida espiritual e vida material porque devemos adorá-lo na totalidade de nosso ser (Dt 6.5). 3) ELE DETERMINOU UM PRAZO (v.6) Sonhe diante de Deus. Faça alvos práticos e realistas para mudar as situações reveladas por Deus. Visualize pela fé o tempo de celebração. O dia em que você cantará na presença de Deus um hino de vitória. Leve a sério aquilo que Deus lhe revelou na lição anterior. (Se você ainda não teve o momento de oração, não continue antes de fazê-lo). Um dos maiores perigos para nossa espiritualidade é a negligência. “Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos” (Hb 2.1). Quando Deus nos mostra algo que precisa ser feito, devemos simplesmente obedecer a ele cumprindo a sua ordem. Não precisamos temer as adversidades. Precisamos apenas avançar ao lado do Senhor. Não espere soluções fáceis e rápidas. Faça planos a médio e longo prazos. Lembre-se de que Neemias levou cerca de 12 anos para cumprir sua missão. 4) ELE SOLICITOU AJUDA (vv.7-9) Neemias não era daqueles que acham que podem fazer tudo sozinhos. Ele solicitou a influência do rei. Ele já obtivera a ajuda do Senhor. “Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim”. Todos nós podemos ter certeza de que Deus estará ao nosso lado sempre que, chamados por Ele, nos envolvermos com a reconstrução daquilo que está destruído. Fomos comissionados para reedificar vidas, famílias, povos, etc. Precisamos transformar nossa missão em ação! Neemias também precisaria abrir caminhos entre os homens. Ele precisaria da influência do rei. Ele não ficou envergonhado, pediu cartas, madeira e foi atendido. Ele, como um homem correto em seu trabalho, gozava de boa reputação diante do rei, que era o seu patrão. O dia a dia de Neemias antes do seu chamado se constituiu numa porta aberta para o agir de Deus. Precisamos entender que nossa justiça diante dos homens poderá se constituir numa porta aberta para atingirmos os objetivos de Deus. Vivemos num país onde a corrupção goza de um glamour devido à impunidade. Onde o errado “parece” ser o certo. Precisamos vigiar, pois nossa justiça deve exceder à deste mundo (Mt 5.20). Precisamos viver em sociedade conforme a orientação do apóstolo Paulo: “(...) obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Cl 3.22,23). “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2). Conclusão Neemias abriu mão de tudo para fazer a vontade de Deus. O futuro ainda era uma incógnita para ele e mesmo assim ele não hesitou em fazer a obra, partiu para reconstruir os muros de Jerusalém e restaurar a dignidade dos judeus. Quais os problemas que atingem hoje a sua alma? O que significaria para você aceitar o desafio de sair da comodidade? PARA DISCUSSÃO EM CLASSE 1) Como anda a reputação do povo de Deus nas empresas? O que os patrões ímpios teriam a dizer de nós? 2) Você acredita que Deus pode mudar corações? 3) Quais são os maiores empecilhos às mudanças? Por que poucos se apresentam para o trabalho? MOMENTO DE ORAÇÃO 1) Ore pelas pessoas do seu convívio que precisam de quebrantamento. 2) Ore pedindo a Deus que revele se há alguma comodidade em sua vida capaz de impedir o agir dele. LEITURA DIÁRIA segunda – Lucas 19.41,42 terça – Isaías 6.5-8 quarta – Lucas 10.2,3 quinta – Josué 1.8,9 sexta – Êxodo 3.7-20 sábado – Salmo 121 domingo – Gênesis 12.1-9

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