quarta-feira, 11 de julho de 2012

É HORA DE COMEÇAR

Texto: Neemias 2.11-18. “A pergunta que cada homem deve fazer não é o que faria se tivesse os meios, tempo, influência e formação, mas o que vai fazer com o que tem”. (Hamilton Mabie) Introdução: Começar qualquer projeto é um desafio, pois exige equilíbrio diante da vontade de resolver as coisas do modo mais rápido possível. Quantos ministérios não foram adiante porque seus líderes foram reprovados exatamente no inicio? Quantas campanhas fracassaram devido à precipitação dos que tinham a missão de conduzi-la? Onde foi que erramos? Faltou planejamento? Onde estavam as pessoas? O exemplo de Neemias poderá nos fornecer algumas respostas. Ele nos ensina que antes de colocarmos a “mão na massa” é necessário investir um tempo considerável para planejar cada ação, conhecer a cultura e o ambiente da mudança. Vamos considerar pelo menos três etapas que Neemias teve que vencer antes de iniciar a restauração dos muros de Jerusalém. Os princípios que veremos agora poderão ser aplicados em todas as áreas de nossa vida. 1°) OBSERVAÇÃO (2.11-15). Para muitos os primeiros passos de Neemias em Jerusalém foram decepcionantes. Durante três dias ele permaneceu em silêncio observando os fotos ao seu redor. Acompanhado apenas de alguns amigos, ele optou por averiguar com os próprios olhos as informações do seu irmão Hanani (1.3). Ele não cedeu a tentação de agir precipitadamente ou a de iniciar a obra sem o devido planejamento. Neemias soube controlar as suas emoções. Ainda não era hora de compartilhar os sonhos que Deus havia colocado em seu coração. Ele optou por sair à noite examinando cada detalhe, discernindo de porta em porta as implicações do desafio que tinha pela frente. Jesus nos ensinou em Lucas 14.28 que tentar empreender sem planejar é sinônimo de zombaria. Crescemos ouvindo que a “pressa é inimiga da perfeição” e mesmo assim ainda ouvimos histórias de grandes projetos que fracassaram devido à precipitação de seus líderes. Porque isso ainda acontece? Podemos compartilhar duas possíveis respostas. A primeira é a cultura do ativismo que nos leva a pensar que a espiritualidade vem pelo muito fazer na igreja. Infelizmente em algumas mentes ainda “repousa” a ideia que trabalho ministerial é sinônimo de espiritualidade. A segunda é a necessidade de mostrar as outras pessoas que estamos fazendo alguma coisa. É a sedução da publicidade que muitas vezes maquia a realidade. Neemias contrariou tais práticas, tão comuns em nossos dias, ao optar por um período de silêncio. Ele não tocou nas ferramentas, priorizou ficar recluso enquanto preparava, ao lado do Senhor, a melhor estratégia. No período de observação, Ele preferiu a noite sombria e reflexiva com poucas pessoas ao seu lado. Neemias não estava interessado em ser popular e tampouco desejava provar algo para alguém. Seu chamado seguia uma regra básica de liderança espiritual. Seu objetivo era “levar as pessoas de onde elas estavam para onde Deus queria que elas estivessem”. Como um bom visionário ele sabia que o futuro poderia ser bem melhor. Neemias era o líder. Precisava conhecer os detalhes daquele grande desafio. Retirado ao lado de Deus, ele trabalhou a sua mente. O segredo do sucesso da liderança espiritual não são os momentos que passamos diante dos homens, mas o tempo de qualidade dedicado na presença de Deus. “O cristão que tem o sorriso de Deus não precisa de sinal de status”. (Leonard Ravenhill) . Neemias nos ensina a observar mais, falar pouco e dedicar um tempo considerável na presença de Deus visando alimentar no coração com o chamado divino. Os escritores Henry & Richard Blackaby nos revela uma grande verdade, no livro A liderança espiritual: “Deus não quer que as pessoas façam o que elas acham ser o melhor: ele quer que façam o que ele sabe ser o melhor, e não há raciocínio ou inteligência que possa descobrir isso. O próprio Deus precisa revelar o que é o melhor. O Espírito Santo de Deus revela sua vontade àqueles que estão à procura de sua mente e coração”. 2°) MOBILIZAÇÃO (2.16-18a). Neemias sabia que o sonho que Deus havia plantado em seu coração precisava ser compartilhado com as pessoas ao seu redor. Até aqui ele ainda não tinha ninguém ao seu lado. Ele jamais conseguiria obter sucesso trabalhando sozinho e por isso, desafiou aquelas pessoas a saírem da situação humilhante em que se encontravam. Aa palavras de Neemias (V.17) deixa claro que o problema também era dele. Perceba que os termos (...estamos...vamos...fiquemos). Para os que estão à frente de qualquer projeto, eis uma grande lição: “Quando você culpa e critica as pessoas, sufoca a motivação. Quando se identifica com o problema, encoraja a motivação” (Charles Swindoll) . A tarefa que está em nossas mãos não pode ser considerada de um homem só ou apenas de um grupo. Nós somos a igreja, o corpo de Cristo que composto de vários membros precisa avançar unido e mobilizado (I Cor 12.27). Só assim poderemos restaurar aquilo que está destruído ao nosso redor. Unidos somos mais fortes! Neemias demonstrou alguns sentimentos indispensáveis para uma boa mobilização: 1) Avaliação realista do presente – “Vejam a situação terrível em que estamos”. 2) Visão positiva e equilibrada quanto ao futuro – “Venham, vamos reconstruir...” 3) Compartilhou aquilo que Deus estava fazendo – “Também lhes contei como Deus...”. Esses princípios poderão ser aplicados em qualquer área da vida. 3°) AÇÃO (2.18b) Neemias agora tinha ao seu lado pessoas conscientes e motivadas. Agora sim ele tinha liderados, pois disseram: “Sim, vamos começar a reconstrução”. O chamado de Deus passou a ser de todos que corajosamente admitiram pagar o preço para que aquela situação humilhante fosse mudada. Não adiantaria ficar de longe olhando e nem questionar o projeto. Agora só havia espaço para quem quisesse “chegar junto”. Temos aqui outra equação muito simples que poderá nos ajudar nos grandes desafios eclesiásticos que teremos pela frente. A obra de Deus avança com pessoas corajosas. Gente capaz de vencer os obstáculos visando a dias melhores. Foi assim na igreja primitiva quando os primeiros cristãos enfrentaram ameaças e até mesmo a morte em nome do Senhor. Eles se alegravam por serem dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus (At 5.41). Sabemos que os recursos materiais são necessários para realizarmos a obra hoje, mas jamais poderão substituir a coragem para o exercício do ministério. “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.” (1Co 15.58). Assim como Deus exigiu de Josué, precisamos “temperar” nossas ações ministeriais com força e coragem (Js 1.6), para que possamos herdar as bênçãos do Senhor. CONCLUSÃO Nesta lição aprendemos que ao invés de optarmos pela pressa, precisamos vencer cada etapa com muito equilíbrio e total dependência de Deus. Cada membro tem uma parte a realizar nos desafios diários que Deus coloca para a igreja. Cada líder deve nutrir momentos íntimos com o Senhor permitindo que Deus trate primeiro o seu próprio coração para depois influenciar outros. Assim todos caminharão corajosamente para realizar a obra de Deus. A percepção espiritual de Neemias foi um grande diferencial na sua maneira de conduzir cada etapa do seu ministério. Ele resistiu à tentação de “mostrar serviço” aos homens. Seu compromisso acima de tudo era com Deus. Ele só agia com o aval de Deus. Seus passos eram passos de fé. Foi assim que ele conseguiu mobilizar os judeus que corajosamente se uniram em busca de um futuro melhor. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) O que pode levar um bom projeto não dar certo? 2) O que podemos fazer para entender melhor a cultura das pessoas que almejamos influenciar? 3) Em sua opinião, quando o assunto é a ação ministerial, quais são os maiores erros que podemos cometer? MOMENTO DE ORAÇÃO 1) Ore para que Deus nos dê equilíbrio na hora de agir. 2) Ore pelos que estão ao lado dos líderes. LEITURA DIÁRIA: Segunda – Salmo 121. Terça – Salmo 91. Quarta – Salmo 40. Quinta – Salmo 46. Sexta – Salmo 62. Sábado – Salmo 100 Domingo – Salmo 23

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