quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Uma igreja com influência na comunidade

Texto: Atos 2.37-47.

Introdução
A igreja tem uma grande tarefa: influenciar o meio social. Isso só será possível com a proclamação do evangelho, com o testemunho dos crentes e com o exercício da compaixão, por intermédio do socorro aos carentes, necessitados e sofredores. É confortador saber que a mensagem do evangelho não se limita à transformação do homem; ela vai além, transformando também a sociedade.
Jesus olhava o homem como um todo, atendendo suas múltiplas necessidades (Mt 9.35). Ele pregava, ensinava e curava, era tratamento completo, atingia corpo, coração e intelecto. Tornou-se procurado, desejado e relevante para o povo, por isso grandes multidões o seguiam (Mt 19.2). A igreja tem a mensagem de Jesus e precisa compartilhá-la também de forma integral para se tornar, de igual modo, relevante na sociedade, influenciando e alterando comportamentos. A igreja que assim procede é vista pela comunidade como necessária, não propriamente por socorrer o ser humano com o trabalho social, mas por transmitir esperança e instrução, promovendo dignidade.

I – Tem resposta para as inquietações

A igreja precisa, com voz profética, marcar presença na sociedade, proclamando com a autoridade que lhe foi conferida pelo Filho de Deus, a mensagem do evangelho, que liberta das trevas do pecado (Mt 4.16,17) e traz salvação, esperança, conforto e ânimo; não se amoldando com a forma existente (Rm 12.2), sendo voz de quem não tem voz, lutando para melhorar a qualidade de vida do povo e não se calando diante das injustiças (Lc 3.4-6) e do pecado praticado por gente simples ou nobres (Lc 3.1-20). A sociedade tem se desumanizado de maneira preocupante, o convívio social tem se mostrado em desajuste com as pessoas, sem rumo, vivendo uma crise de respeitabilidade, de desvalorização da história de vida, em que tudo é transitório, descartável e sem limites, evidenciando tempos trabalhosos de inversão de valores e da ordem natural das coisas, com homens amantes de si mesmos, obstinados, cruéis e mais amigos dos deleites do que amigos de Deus (2Tm 3.1-5); em que a visão religiosa da sociedade contemporânea tem se mostrado plural, marcada pelo misticismo, pelo modelo oriental de introspecção e quietude como solução para um povo que vive em agitação, pelo esoterismo e magia que dão ênfase ao transcendental e a capacidade mental interior; pelo espiritismo que oferece alívio para a dor pela comunicação com os mortos e reencarnação e pelos grupos religiosos que pregam prosperidade, valorizando em demasia as emoções e as experiências. Por intermédio da mídia, a mensagem de liberar geral tem chegado aos lares, onde tudo é permitido e, fazer diferente é ser retrógrado e desconectado com a modernidade.
É hora de levantar a voz, viver a diferença que o evangelho produz, mostrando o padrão de Deus como alternativa para essa sociedade corrompida (Gn 6.12; Fp 2.15). O que às vezes vemos, são crentes com vergonha de serem diferentes: não se embriagar, não fumar, guardar-se virgem para o casamento, ser fiel ao cônjuge e não se encontrar na roda dos escarnecedores (Sl 1. 1). Só uma mudança espiritual, uma experiência profunda com Jesus permitirá uma nova visão, uma nova postura com ações diferentes, em que a vida tem valor por ser dádiva dos céus, a família é respeitada e cuidada por ser ideia de Deus (Gn 2.18,24; 1Tm 5.8), o ser humano, valorizado por ser coroa da criação e o temor, sinalizado nas escolhas e decisões da vida.

II – Faz diferença com o seu exemplo

A igreja precisa de referência espiritual, estar centrada na Bíblia. É virtude cristã preservar e vivenciar os ensinos fundamentais de Cristo (At 2.42). Era perceptível o zelo que eles tinham uns pelos outros (At 4.32), quando surgiam as necessidades especiais, algum ou alguns crentes vendiam propriedades e deixavam os resultados das vendas disponíveis para solucionar a emergência. Era um sentimento bonito de temor a Deus e cuidado com os irmãos (At 2.43-45). Não faz parte dos ideais de Cristo para os seus servos a mesquinharia, a exploração alheira e o viver encostado nos outros. A recomendação de Deus é que devemos trabalhar “fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidades” (Ef 4.28) e não sermos pesados a ninguém (1Ts 2.9). Mas se o irmão precisar, é nosso dever cristão socorrê-lo em suas necessidades. É uma agressão à Palavra de Deus agir com indiferença ao sofrimento de alguém, podendo ajudar e não ajudando (Tg 4.17), usar de mentira para ficar bem diante da opinião pública e praticar a agiotagem (Dt 24.10-13; Sl 15.5; Lc 6.34,35). Aprendemos na Palavra de Deus que não era permitido acrescentar naquilo que emprestavam aos filhos de Israel (Êx 22.25-27), podia haver penhora, desde que obedecesse a regras (Am 2.8) e não executassem de maneira desumana as hipotecas contra os devedores; aos pobres israelitas todos deveriam ajudar, mas sem aplicar usura (Lv 25.35-37).
A comunidade foi influenciada com ações práticas da igreja: valorização da família (1Tm 5.8), proteção e cuidado com os que foram gerados por Jesus (1Pe 1.23), lutar em favor dos desfavorecidos, participar com os outros organismos e entidades em prol da justiça, socorrer e investir nos necessitados, desenvolver qualidade nos relacionamentos e dar atenção respeitosa em obediência aos preceitos divinos (Lc 1.6; 1Co 11.2).

III – Alcançando resultados

A influência dos convertidos em Jerusalém foi tão expressiva que os de fora reconheciam o seu amor fraternal, percebiam que havia harmonia entre o que eles falavam, criam e viviam (At 4.19,20) e apreciavam a postura cristã que eles evidenciavam. Por conseguinte, se abriam para conhecer o que eles tinham para compartilhar, pois haviam caído na graça do povo, ou seja, o terreno estava preparado e fértil para semear e germinar a semente (Mt 13.1-8;18-23), pois “... todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que estavam sendo salvos” (At 2.47b). Era uma atuação primorosa da igreja como sal e luz do mundo (Mt 5.13,14), marcando mais do que presença, impactando as vidas com o testemunho de Cristo (At 8.25). Era uma igreja relevante, que colocava à disposição da comunidade os resultados da obra do Espírito: convicção, conversão e comunhão. Uma igreja sem convicção não é referencial da verdade (Ef 2.20-22), promove imaturidade e contenda (1Co 3.1-5) e expõe a obra de Cristo aos escândalos, além de não desfrutar de um ambiente saudável para compartilhar a mensagem salvadora e desenvolver um convívio marcado pelos laços do Calvário (Ef 2.18,19). O testemunho é a arma da graça para alcançar o pecador, trazendo-o para a riqueza espiritual, que é muito mais do que bens materiais.
O evangelho sempre promoveu resultados positivos e enriquecedores. Na igreja de Tessalônica, os crentes tornaram-se imitadores do Senhor (1Ts 1.6), haviam se convertido dos falsos deuses para o Deus verdadeiro (1Ts 1.9), opuseram-se à falsa religião, não tomando parte nela (At 17.5-9) aguardavam o retorno de Jesus com uma esperança inabalável (1Ts 1.10) e amadureceram rapidamente pelo poder da Palavra (1Ts 2.13). Na igreja de Filipos, houve uma grande atuação evangelística e uma generosidade ímpar ao desenvolver a mordomia da graça (At 16.15-34; Fp 4.15,16). O testemunho é um facilitador, ele viabiliza credibilidade para comunicar a mensagem que traz uma nova dimensão para a vida humana e abre a porta do céu (At 20.24; 1Jo 5.9-13).


Para pensar e agir

Se a sua igreja fechasse as portas ou mudasse o local, as pessoas da comunidade sentiriam falta dela?
Não dá para ser igreja e fechar os olhos para tudo que acontece à sua volta. É preciso amar o pecador, afastar o pecado, apontar alternativas, desempenhar cidadania, votar com consciência, fiscalizar as ações dos mandatários e não ser massa de manobra.
A igreja relevante se faz necessária, indispensável à sua comunidade, cumpre a sua missão em todos os aspectos básicos: de adoração, proclamação e serviço.
Quais os serviços que sua igreja oferece à sua comunidade?
Os crentes têm mostrado no cotidiano a diferença que Cristo faz na vida deles?


Leituras diárias

segunda-feira – Romanos 12.1,2
terça-feira – Atos 4.32-37
quarta-feira – Romanos 12.9-21
quinta-feira – João 17.1-12
sexta-feira – Atos 14.1-28
sábado – Tito 3.1-9
domingo – 1João 3.14-18

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