quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SUPERANDO O DESÂNIMO.

Texto: Neemias 4. “O fracasso vem facilmente para todos nós, mas o preço do sucesso é a perseverança”. (John C. Maxwell) Introdução: Por longos anos a Igreja Batista em Ponte Preta, Queimados, RJ teve em seu rol de membros o saudoso diácono Antônio Paulo, um homem simples, pai de 11 filhos, dedicado construtor e muito apegado a Palavra de Deus. A cada novo desafio ele com muita sabedoria, influenciava a todos com a seguinte frase: “de mais longe nós já viemos!”. O irmão Antônio Paulo foi um homem de visão, sempre disposto a contribuir. Com a influência dele, as vitórias alcançadas se transformavam em “patamar” para os futuros passos da igreja. A história da Convenção Batista Fluminense está repleta de exemplos de pessoas, membros das igrejas, que se uniram com muita criatividade e fé, para comprar terrenos, construir templos, dependências, evangelizar, discipular os novos convertidos, iniciando congregações e organizando igrejas saudáveis. Irmãos que adotaram para vida as palavras do Senhor a Josué. “Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. (Js. 1.9). Hoje os desafios estão em nossas mãos. Chegamos num momento crucial para Neemias. Ele foi informado pelo povo de Judá que os trabalhadores estavam desanimados. Eles disseram: “Não conseguiremos reconstruir o muro”. Neemias agora tinha como desafio recuperar o ânimo do povo para seguir em frente. O DESÂNIMO Não existe caminhada sem riscos. O desânimo geralmente é um abatimento causado por circunstâncias inesperadas que podem acontecer do dia para a noite ou pode ser a junção de vários fatores num processo mais demorado. O desânimo obscurece a nossa fé e anula nossas forças. Charles Swindoll fez o seguinte comentário sobre o desânimo: “O desânimo é de fato uma enfermidade interna. Ele começa com os germes da dúvida sobre si mesmo. Com o medo e o negativismo, os germes começam a crescer e se multiplicar-se. Em breve perdemos o rumo, nos enfraquecemos e fugimos para nos esconder. Com o passar do tempo, nós nos tornamos praticamente inúteis e derrotados; tornamo-nos presa fácil para o inimigo de nossa alma, que passa a nos controlar e anular nossos esforços”. O desânimo obscurece a nossa fé e anula nossas forças. O EFEITO DO DESÂNIMO NO PASSADO Na vida de Elias (I Reis 19.1-21) – O profeta Elias após experimentar uma grande vitória sobre os profetas de baal foi informado do desejo da rainha Jezabel em matá-lo. Ele ficou tão abatido que “pediu para si a morte”. Ele havia perdido a motivação. Passou a se considerar pior do que os seus antepassados. Elias também pensava que era o único fiel a Deus (Síndrome de Elias). Solitário, debaixo de uma árvore, foi tocado e acordado por um anjo do Senhor, que o aconselhou a se levantar e comer. O Senhor falou suavemente com Elias, que descobriu que ainda havia sete mil fiéis em Israel. Elias após vencer o desânimo, seguiu o seu caminho acompanhado de Eliseu. A história de Elias e a ação de Deus parece ter sido a inspiração de Goethe, que afirmou: “Se consideramos um homem pelo que ele é, ele piora, mas se consideramos um homem pelo o que ele pode vir a ser, nós o ajudamos a se tornar melhor”. Nos espias israelitas (Êxodo 13 e 14) – Doze homens foram enviados por Moisés para espiar a terra de Canaã. Após 40 dias retornaram desanimados e deram um relatório focado nas adversidades. Para eles os que habitavam na terra eram mais fortes a ponto deles imaginarem o que os inimigos estavam pensando. Ainda bem que lá estavam Calebe e Josué que fizeram a diferença. O EFEITO DO DESÂNIMO NO PRESENTE Na igreja – Pessoas dominadas pelo desânimo não conseguem enxergar pela fé as vitórias que estão por vir. São negativistas e geralmente utilizam o passado para justificar a inércia do presente. Em tempos de desânimo surgem às famosas desculpas inaceitáveis para justificar a ausência, a falta de apoio à liderança, a falta de contribuição, de visitas, de ardor evangelístico e até mesmo alguns atos pecaminosos. O desânimo plantado pelo inimigo na vida da igreja tem o objetivo de retardar a obra e por fim paralisá-la. Na família – Quando o desânimo se aloja no lar todos sofrem. Cônjuges que se deixam levar pelos problemas, desanimam enfraquecendo o relacionamento, prejudicando a comunicação e até mesmo a espiritualidade do casal. Pais desrespeitados desanimam na tarefa de acompanhar seus filhos. Filhos provocados crescem desanimados (Col 3.21). APRENDENDO COM NEEMIAS A VENCER O DESÂNIMO. 1. Identifique a causa do desânimo – Neemias não perdeu tempo atacando os trabalhadores. Ele identificou os problemas visando restaurar as pessoas. Havia muito entulho na obra e por isso, muita energia estava sendo “jogada fora”. Os trabalhadores já não tinham mais forças. Eles estavam perdendo a visão que havia sido plantada nos seus corações. Estavam começando a acreditar que seria impossível fazer de Jerusalém uma cidade segura. Eles estavam lidando com ameaças diversas. Neemias agiu rapidamente buscando restaurar o ânimo do povo: “Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas”. (V.14b). O que estava por trás das palavras de Neemias: • Podemos vencer. • Nosso Deus é poderoso e está do nosso lado. • Essa é uma luta que envolve o nosso futuro e o dos nossos descendentes. 2. Confie no poder de Deus – Neemias sabia que podia contar com a ação de Deus. Ele exclamou: “Nosso Deus lutará por nós!” (v.20b). Em meio ao desânimo, a melhor pessoa para nos ouvir é o nosso Deus. Precisamos fazer das palavras de Davi as nossas palavras: “Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, o nosso Deus” (Sl 20.7). 3. Trabalhe arduamente para superar o desânimo – Houve uma mobilização total. O entulho foi removido. As famílias se uniram confiantes. O trabalho prosseguiu exigindo de todos algo a mais. De dia trabalhavam e de noite revezavam na vigilância do canteiro de obras. Os líderes deram o exemplo, Neemias afirmou: “Eu, os meus irmãos, os meus homens de confiança e os guardas que estavam comigo nem tirávamos a roupa, e cada um permanecia de arma na mão”. (V.23). Num ambiente dominado pelo desânimo, os líderes devem se preocupar em dar algo a mais. Caso contrário, a estagnação e o declínio serão uma questão de tempo. CONCLUSÃO. Façamos do hino 502 HCC a nossa oração. Um hino escrito pelo Pastor Manuel Avelino de Souza em 1917 numa época em que as Igrejas Batistas enfrentavam grandes dificuldades e feroz perseguição. “Sim, Deus é por nós. Quem nos vencerá?”. Hoje dispomos de maiores facilidades como meios de transporte, energia elétrica, telefone, internet, congressos de aperfeiçoamento, denominação estruturada, etc. Mesmo assim, não é difícil encontrarmos pessoas e consequentemente igrejas desanimadas. Geralmente não são as experiências do dia que deixam as pessoas desanimadas. São as experiências “traumáticas” do passado ou o medo do que está por vir. Uma boa estratégia é tentar viver um dia de cada vez (Mt 6.33,34). Ao primeiro sinal de desânimo, corra para a presença de Deus, peça ajuda aos seus líderes objetivando um ânimo renovado para continuar transformando a missão em ação. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Quais os fatores que tem contribuído para o desânimo no seio da igreja? 2) Quais são os possíveis “entulhos” que tem atrapalhado a nossa caminhada? 3) O que podemos fazer para ajudar aos nossos irmãos desanimados? LEITURA DIÁRIA: Segunda – I Reis 19. Terça – Salmo 51.10-12. Quarta – Filipenses 4.12,13. Quinta – Lamentações 3.19-26. Sexta – Salmo 46. Sábado – II Coríntios 4.8-9. Domingo – Josué 1.1-9

DELEGANDO TAREFAS.

Texto: Neemias 3. “Delegar é uma das formas de um líder unir o falar com o fazer. É um valioso método para capacitar pessoas a participar, desenvolver-se e alcançar seu potencial”. (C. Gene Wilkes) Introdução: Neemias delegou tarefas a grupos específicos e o resultado foi surpreendente. Havia todo tipo de trabalhadores: sacerdotes, levitas, os que serviam no templo, ourives, mercadores, oficiais, cidadãos privados, mestres, servos, homens e mulheres. Foram cerca de 39 grupos diferentes de trabalhadores que exigiu de Neemias muita organização e serviço. Alguns trabalhavam perto de suas casas ao passo que outros não. Os nobres não quiseram se juntar ao serviço, se negaram a seguir as orientações dos supervisores (3.4). Mesmo assim todos os demais assumiram suas responsabilidades e a obra avançou com entusiasmo e harmonia (4.6). A ARTE DE DELEGAR Segundo John White: “Nenhum líder pode liderar sem delegar responsabilidades para outras pessoas, e, talvez, não haja uma prova mais delicada de boa liderança do que a maneira como os líderes cuidam disso”. Se você lidera, siga o exemplo de Neemias e delegue. Não faça tudo sozinho. Líderes servem ao capacitar outros a liderar com eles. Delegar com eficiência é uma necessidade em todas as áreas de nossa vida. A ausência de uma delegação eficaz causará prejuízos que muitas vezes levará tempo para ser revertido. A continuidade da obra dependerá sempre de boas delegações. P. K. D. Lee afirmou: “Ao delegar, devemos delegar também autoridade suficiente para que o subordinado tome as decisões necessárias para o serviço. Uma certa dose de confiança e liberdade devem ser dadas, caso contrário, a delegação se torna uma escravidão”. PRINCIPIOS PARA UMA BOA DELEGAÇÃO DE TAREFAS. 1. Conheça bem a pessoa. 2. Defina o que você deseja delegar. 3. Invista tempo ensinando a pessoa quanto ao que ela deverá fazer. 4. Invista tempo para ampliar a comunhão com a pessoa. 5. Prepare-se para os possíveis erros. 6. Incentive regularmente. 7. Avalie constantemente. POR QUE ALGUNS NÃO DELEGAM? Alguns pensamentos prevalecem na mente daqueles que relutam em delegar. • A atividade não será executada conforme o meu desejo. • Será mais rápido eu realizar sozinho do que treinar uma pessoa. • Se eu delegar as pessoas perderão o respeito por mim. • Não adiantará delegar, as pessoas não tem compromisso. • Ganho para fazer e não para delegar. • Não confio nas pessoas. Will Varner declarou: “O bom líder não tem medo de delegar trabalho. Se não delega, ou é porque sofre da necessidade de agarrar ao poder, ou porque não consegue confiar nos outros. Dessa forma, as tarefas necessárias não são realizadas, e as pessoas que as poderiam ter feito ficam entediadas e se sentem inúteis”. VANTAGENS PARA QUEM DELEGA. Segundo Içami Tiba, “ninguém sente falta daquilo que não conhece”. Quando pensamos nas vantagens de uma delegação eficaz, lamentamos os ambientes onde as tarefas ficam restritas apenas a algumas pessoas. Se os líderes dessas organizações delegassem mais, experimentariam novos “ares” e todos sairiam ganhando. Desenvolver outras pessoas consome energia, tempo e planejamento cuidadoso. Mas sempre valerá a pena! São inúmeras as vantagens num ambiente onde lideres e liderados dominam a arte de delegar. • Cada membro da equipe poderá se dedicar com mais tempo as suas atividades principais. Haverá maior produtividade. • Haverá constantemente a revelação de novas pessoas com habilidades suprirão as necessidades do grupo. • Trabalharemos num ambiente de constante motivação. • Haverá a certeza de que a missão será cumprida independentemente de quem momentaneamente estará à frente. • Haverá mais tempo para que os líderes se preparem espiritualmente antes de executar as tarefas eclesiásticas. EXEMPLOS BÍBLICOS DE DELEGAÇÃO EFICAZ. Jesus Cristo – O nosso salvador sempre será o nosso maior exemplo em tudo. Ele delegou aos seus discípulos autoridade (Luc. 9.1,2) e a missão de ir e pregar em todas as nações (Mt 28.19). Ele investiu tempo treinando (Lc 10), encorajando (Jo 14), admoestando (Jo 6), alertando (Jo 15) e intercedendo (Jo 17). Seu exemplo de vida se constituiu numa aula constante aos que caminharam com ele. Ele servia aos seus liderados (Jo 13). Jetro (sogro de Moisés) – A lei de Jetro (Êx 18) tem ajudado muitos líderes a entender que sozinho não dá para caminhar de forma saudável. O trabalho solitário produz nos líderes a fadiga, nos liderados o desânimo e na organização menor produtividade. Aquele sábio homem orientou Moisés a delegar algumas tarefas para que ele pudesse tratar dos assuntos de maior importância. Era uma questão de sobrevivência para todos (V.23). Moisés foi humilde, reconheceu seus limites e fez conforme a orientação recebida (V.24). Escolheu homens capazes e delegou aos mesmos algumas tarefas. Moisés seguiu liderando com excelência. Igreja primitiva – Atos 6.1-7, narra mais um exemplo de delegação eficaz. Em meio ao crescimento da igreja os problemas começaram a surgir. Os apóstolos sobrecarregados não conseguiam dar conta de tantas tarefas. Algumas pessoas começaram a murmurar e com muita sabedoria os líderes optaram pela delegação eficaz. Priorizaram a oração e o ministério da palavra e escolheram homens espirituais para cuidar das outras necessidades. O resultado foi o retorno da harmonia e a continuidade do crescimento da igreja que prosperou agindo como corpo (V.7). Paulo – O apóstolo Paulo viveu delegando responsabilidades. Procurava sempre caminhar com alguém ao seu lado. Solicitou a presença de Timóteo e Marcos, pois só tinha Lucas ao seu lado (II Tim 4.9,11). Delegou a Tíquico a responsabilidade de informar as igrejas de Éfeso e Colossos os fatos ao seu respeito (Ef. 6.21; Col. 4-7). Foi beneficiado com a presença de Estéfanas, Fortunato e Acaico que foram a ele levando alívio num momento muito difícil de seu ministério (I Cor. 16.17). Ao jovem Timóteo, ele transferiu conhecimento e orientou para que ele fizesse o mesmo (II Tim 2.2). Ele também recomendou varias pessoas que trabalharam ao seu lado na obra de Deus (Rom 16). SOZINHO, NÃO! Pessoas e até mesmo igrejas solitárias adoecem. A Bíblia nos alerta em Provérbios 18.1: “Quem se isola busca interesses egoístas e se rebela contra a sensatez”. É triste ver pessoas que insistem em liderar a obra de Deus de forma solitária. Somos um corpo e carecemos uns dos outros (1Co 12.20). David Kornfield é um líder que em seu ministério tem incentivado outros líderes a uma caminhada coletiva. Ele afirmou: “Quanto o coração de Deus dói ao ver seus pastores e líderes tão solitários”. Na obra de Deus não há espaço para “voo solo”. CONCLUSÃO Neemias ao delegar correu riscos. Delegar sempre será sinônimo de riscos! Mas se sonhamos com maiores e melhores resultados no trabalho denominacional, da igreja local e em seus departamentos precisaremos pagar o preço delegando e abrindo espaço para que novas pessoas possam surgir e servir. Calvin Miller fez a seguinte observação: “Bons líderes nunca abrem mão de sua liderança. No entanto, eles compartilham as recompensas e as responsabilidades da liderança”. Quando o assunto é o ministério cristão, nós os batistas temos como princípio que: “A igreja e todos os seus membros estão no mundo, a fim de servir (...) Os que são chamados para o ministério (...) Devem exaltar suas responsabilidades, em vez de privilégios especiais. Suas funções distintas não visam a vanglória; antes, são meios de servir a Deus, à igreja e ao próximo”. Que o Senhor nos abençoe e nos faça entender que por traz da delegação eficaz estará as grandes descobertas que certamente nos impulsionará ao maior crescimento. Líderes ao delegar estarão fazendo um grande serviço em favor da continuidade da obra de Deus. PARA DISCUSSÃO EM CLASSE? 1) Porque Jesus Cristo não andava sozinho? 2) O que mais assusta um líder na hora de delegar? 3) Qual a participação dos liderados na decepção dos líderes que optaram pela delegação eficaz e se decepcionaram? MOMENTO DE ORAÇÃO 1) Ore para que surjam mais obreiros aptos para assumir os ministérios da igreja. 2) Ore pelos lideres que estão desanimado por alguma decepção no passado. LEITURA DIÁRIA: Segunda – 1Coríntios 12.12-31 Terça – 1Coríntios 13.1-13 Quarta – Atos 6.1-7 Quinta – Lucas 9.1-6 Sexta – Êxodo 18 Sábado – Provérbios 18.1 Domingo – 1Coríntios 12.1-11

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